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O Sofisa Direto quer te conhecer melhor

Vamos lá!

CDB ou Tesouro Direto não é só uma disputa de “quem rende mais”.

Por trás dessa pergunta, geralmente tem outra:

“como eu faço meu dinheiro trabalhar sem correr um risco que me tire o sono, e sem travar meu dinheiro quando eu mais preciso?”

Se você se reconhece nisso – olhando para o app do banco vendo CDB de 110% do CDI, Tesouro Selic, Tesouro IPCA+, fundos DI, LCI, LCA e até a velha poupança, e pensando “o que eu faço agora?”, este guia é pra você.

A ideia aqui é bem direta:

  • Mostrar quando CDB ou Tesouro rende mais de verdade (e não só na propaganda);
  • Explicar como comparar taxas, liquidez, risco (FGC x governo) e impostos;
  • Fechar com checklists práticos por objetivo e prazo, tipo: reserva, objetivos táticos e longo prazo.

Não existe um vencedor absoluto, mas é possível definir uma estratégia clara para cada cenário. É isso que você vai aprender neste guia.

O que você vai ver nesse post?

Ao longo do texto, sempre que aparecer lista ou tabela, vou te contextualizar antes e depois, pra você não ficar com números soltos na cabeça.

Qual a diferença entre CDB e Tesouro Direto

Quando alguém pergunta “CDB ou Tesouro, qual rende mais?”, o primeiro passo é entender que estamos falando de dois tipos de dívida diferentes:

  • CDB é um empréstimo para o banco – título privado, com risco de crédito da instituição, mas com cobertura do FGC dentro dos limites.
  • Tesouro Direto é a forma de investir em títulos públicos federais, ou seja, você está emprestando para o governo, considerado o risco mais baixo da economia (risco soberano).

No fim, ambos são renda fixa, com regras claras de remuneração, vencimento e tributação – mas com diferenças importantes de garantia, liquidez, custos e volatilidade.

Como cada um rende e como você recebe (pré, pós, híbrido)

Tanto CDB quanto Tesouro Direto podem ter três “sabores” de taxa de rentabilidade:

  • Pós-fixados: rendem um percentual sobre um índice que varia com a economia:
    • CDB pós-fixado: costuma pagar % do CDI (ex.: 100% do CDI, 110% do CDI).
    • Tesouro Selic: rende próximo à taxa Selic (taxa básica de juros da economia).
  • Prefixados: você sabe a taxa de antemão (ex.: 11% ao ano), tanto em CDB prefixado quanto em Tesouro Prefixado.
  • Híbridos (IPCA + juros):
    • Tesouro IPCA+: paga IPCA + taxa fixa (ex.: IPCA + 6% ao ano), protegendo o poder de compra.
    • CDB atrelado ao IPCA também existe, mas é bem menos comum no varejo.

A forma de recebimento pode ser:

  • Apenas no vencimento (mais comum em CDBs e Tesouro Selic / Tesouro IPCA+ “principal”);
  • Juros semestrais (caso de Tesouro Prefixado com Juros Semestrais e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), que antecipam parte dos rendimentos.

Em resumo:

CDB e Tesouro Direto rendem de forma muito parecida em estrutura (pré, pós, híbrido). O que muda é quem te deve, quais taxas você paga e como é a liquidez.

Custos, IR e taxas: o que afeta a taxa de rentabilidade

Aqui está um ponto que costuma distorcer a percepção de “quem rende mais”: a rentabilidade anunciada pelos bancos e corretoras é quase sempre BRUTA, sem descontar:

  • Imposto de Renda (IR) – tabela regressiva de renda fixa, igual para CDBs e Tesouro:
    • até 180 dias: 22,5%
    • 181 a 360 dias: 20%
    • 361 a 720 dias: 17,5%
    • acima de 720 dias: 15%
  • IOF – só se você resgatar antes de 30 dias (em CDB, Tesouro e fundos de renda fixa).
  • Taxa de custódia da B3 no Tesouro Direto:
    • 0,20% ao ano sobre o valor investido;
    • O Tesouro Selic tem isenção de até R$ 10.000 por CPF, cobrando sobre o excedente.
  • Taxa de administração da corretora:

Antes de ver a primeira tabela, vale ter isso em mente: a taxa que aparece no app não é a taxa líquida no seu bolso. O jogo real é:

Taxa bruta – IR – taxas (custódia, administração) = rentabilidade líquida.

Vamos resumir essas diferenças em uma tabela para organizar as ideias. Depois dela, eu explico como usar isso nas suas escolhas:

Tabela comparativa mostrando as diferenças entre CDB e Tesouro Direto em critérios como emissor, tipo de risco, garantia, formas de rentabilidade, liquidez, custos adicionais, ticket mínimo e para que tipo de investidor cada um é mais adequado.Tabela que resume as principais diferenças entre CDB e Tesouro Direto em termos de risco, garantia, liquidez, custos e perfil de uso para o investidor.

Como usar a tabela acima?

Ela serve como mapa rápido: se sua prioridade é segurança máxima e liquidez, o Tesouro Selic tende a ser o padrão.

Se o seu objetivo é ter um pouco mais de rentabilidade em bancos sólidos, os CDBs podem pagar mais, especialmente quando passam de 100% do CDI.

VEJA TAMBÉM:

Tesouro Selic ou CDB de Liquidez Diária: qual escolher para reserva?

Essa é a dúvida clássica da reserva de emergência:

  • Você quer algo seguro,
  • com resgate rápido (D+0 ou D+1),
  • e sem grandes oscilações no meio do caminho.

Aqui entram três candidatos principais: Tesouro Selic, CDB de liquidez diária e fundos DI.

Tesouro Selic: quando preferir o soberano

O Tesouro Selic é o título público pós-fixado que rende a taxa Selic diária. Quando você lê “qual a taxa Selic hoje?”, estamos falando exatamente da referência de rendimento desse título.

Na data de hoje, a Taxa Selic hoje está em 15% ao ano, o que dá algo próximo de 1,17% ao mês em termos nominais.

Por que o Tesouro Selic costuma ser uma boa escolha para reserva?

  • Risco baixíssimo: é dívida do governo – se ele não pagar, basicamente nada no país funciona.
  • Liquidez diária: você pode vender nos dias úteis e receber em D+1, com recompra garantida pelo Tesouro.
  • Pouca volatilidade: diferente de prefixados ou IPCA+, o Tesouro Selic tem variação de preço bem pequena no curto prazo.

Quando o Tesouro Selic ganha do CDB liquidez diária?

  • Quando os CDBs disponíveis pagam menos de 100% do CDI;
  • Quando você não quer se preocupar com risco de banco menor, mesmo com FGC;
  • Quando você está começando com valores menores e não quer quebrar a cabeça: Tesouro Selic + isenção da taxa de custódia até R$ 10 mil ajuda muito na simplicidade.

CDB liquidez diária: quando a taxa supera o Tesouro

Muitos bancos digitais, como o Banco Sofisa Direto, oferecem CDB de liquidez diária que rende acima de 100% do CDI. 

Hoje, por exemplo, o CDB de liquidez diária do Sofisa Direto rende 110% do CDI, com resgate quando quiser e sem custo de taxa de administração.

Lembrando:

  • CDI está em torno de 14,9% ao ano, muito próximo da Selic de 15%.
  • 110% do CDI dá algo como 16,39% ao ano, antes de impostos.

Quando um CDB de liquidez diária pode ser melhor que o Tesouro Selic para reserva?

  • Quando a taxa oferecida é bem acima de 100% do CDI (como 110%, 115%);
  • Quando o emissor é um banco em que você confia e dentro do limite de FGC (R$ 250 mil por instituição, até R$ 1 milhão em 4 anos por CPF).
  • Quando você quer algo D+0 (alguns CDBs já permitem resgate no mesmo dia) e a corretora/banco oferece isso de forma prática no app.

Mini-simulação: R$ 10 mil em 1 ano – Tesouro Selic x CDB 110% CDI x Poupança

Vamos colocar tudo em números para deixar essa discussão mais concreta.
Suponha:

  • Selic = 15% ao ano;
  • CDI ≈ 14,9% ao ano;
  • CDB liquidez diária = 110% do CDI ≈ 16,39% ao ano;
  • Poupança, com Selic acima de 8,5% ao ano, rende 0,5% ao mês + TR. Com TR próxima de 0,17% ao mês, isso dá algo perto de 0,67% ao mês, algo como 8,3% ao ano.

Agora, R$ 10.000 investidos por 1 ano:

  • Tesouro Selic (100% Selic, isento de custódia até R$ 10 mil)
    • Rentabilidade bruta: R$ 10.000 × 15% = R$ 1.500
    • IR (17,5% para prazo > 360 dias): R$ 262,50
    • Rentabilidade líquida: R$ 1.237,50
    • Saldo final aproximado: R$ 11.237,50
  • CDB liquidez diária 110% CDI
    • Rentabilidade bruta: R$ 10.000 × 16,39% ≈ R$ 1.639
    • IR (17,5%): ~R$ 286,83
    • Rentabilidade líquida: ~R$ 1.352,17
    • Saldo final aproximado: R$ 11.352,17
  • Poupança
    • Rentabilidade líquida (isenta de IR): ~8,3% ao ano
    • R$ 10.000 × 8,34% ≈ R$ 834
    • Saldo final aproximado: R$ 10.834

O que tirar daqui?

Na prática, CDB de liquidez diária que paga bem (110% do CDI, por exemplo) tende a render mais que o Tesouro Selic e muito mais que a poupança, desde que você respeite os limites do FGC e escolha bem o banco.

Agora, vamos consolidar as opções de reserva em um quadro antes de seguir para fundos DI.

Tabela comparando Tesouro Selic, CDB de liquidez diária e fundos DI quanto ao indexador ou taxa, principal risco, liquidez típica, custos e impostos e para que tipo de investidor cada opção de reserva de emergência faz mais sentido.Tabela que compara Tesouro Selic, CDB de liquidez diária e fundos DI em indexador, risco, liquidez e custos para escolher a melhor opção de reserva de emergência.

Depois dessa comparação, é possível ajustar a expectativa:

  • Reserva enxuta, até R$ 10k–20k: Tesouro Selic ou CDB top de banco sólido.
  • Reservas maiores, acima do limite do FGC em um banco só: dividir entre Tesouro Selic e CDBs de diferentes bancos faz mais sentido.
  • Quem prefere delegar tudo: um fundo DI ou renda fixa simples com taxa baixa pode ser alternativa – mas normalmente rende menos que um bom CDB ou Tesouro, em razão da taxa de administração e do come-cotas.

Fundos DI: prós, contras e para quem servem

Fundos DI (ou fundos de renda fixa referenciados DI / simples) investem majoritariamente em títulos públicos e CDBs de baixo risco, tentando acompanhar um benchmark como CDI ou Selic.

Prós:

  • Você não precisa escolher CDB por CDB, nem título por título;
  • Diversificação automática entre emissores;
  • Boa opção para empresas ou pessoas que querem gestão profissional.

Contras:

  • Cobram taxa de administração (mesmo fundos simples);
  • Sofrem come-cotas, antecipando IR duas vezes por ano e reduzindo o efeito dos juros compostos;
  • Muitos fundos DI de bancos grandes rendem menos que 100% do CDI.

Em linguagem bem direta: para reserva de emergência de pessoa física, um bom CDB de liquidez diária ou Tesouro Selic geralmente ganha de fundos DI, a não ser que o fundo tenha taxa muito baixa e alto volume.

Prazo e Cenário: quando cada um pode render mais

Agora vamos sair da reserva e falar de objetivos com prazo: 1, 3, 5, 10 anos. Aqui entra forte a pergunta: “qual a taxa Selic hoje” e para onde ela pode ir?

Selic e pós-fixados: impacto de “qual a taxa Selic hoje”

A Selic é a taxa básica de juros e guia:

  • A rentabilidade do Tesouro Selic;
  • O comportamento do CDI, que serve de base para CDBs pós-fixados;

Com Selic em 15% ao ano, pós-fixados (Tesouro Selic, CDB 100% ou 110% CDI) estão em “modo turbo”.

Mas o que importa para prazos maiores não é só a Selic de hoje, e sim:

  • Se o mercado acredita que a Selic vai cair ou subir nos próximos anos;
  • Como isso afeta os títulos prefixados e IPCA+, que travam taxas futuras.

Em resumo:

  • Se a Selic está muito alta e tende a cair, prefixados e IPCA+ ganham relevância.
  • Se a Selic está baixa e pode subir, pós-fixados (Tesouro Selic, CDB pós CDI) costumam ser mais seguros.

Tesouro Prefixado ou IPCA+: quando podem vencer CDBs

Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+ brilham em prazos maiores (3, 5, 10 anos) quando oferecem taxas que superam a expectativa de CDI/Selic futura.

Tesouro Prefixado tende a ser interessante quando:

  • As taxas oferecidas estão historicamente altas (ex.: prefixados acima de 10–12% a.a. em um cenário em que mercado espera queda da Selic);
  • Você tem um horizonte claro até o vencimento (não pretende resgatar no meio);
  • Quer saber “quanto vou ter lá na frente” com mais previsibilidade.

Tesouro IPCA+ ganha força quando:

  • Você está olhando para prazos longos (5, 10 anos ou mais);
  • A taxa real (a parte “+X%”) está atrativa – por exemplo, IPCA + 5% ou 6% ao ano;
  • A sua preocupação não é só quanto rende em reais, mas garantir poder de compra no tempo.

Quando o Tesouro Prefixado ou IPCA+ podem render mais que CDBs?

  • Quando o CDB do mesmo prazo está pagando CDI “apertado” (ex.: 100% CDI) e o Tesouro oferece:
    • Prefixado com taxa maior que a Selic/CDI futura esperada, ou
    • IPCA+ com taxa real robusta (acima de 5% a.a.), garantindo ganho real consistente.

O risco aqui é a marcação a mercado:

  • Se a taxa de juros sobe depois que você compra um prefixado, o preço do seu título cai no mercado – você só garante o ganho prometido se for até o vencimento.

CDBs prefixados e pós CDI: como comparar com o Tesouro

CDBs também podem ser:

  • Pós CDI – ex.: 110% do CDI por 2 anos;
  • Prefixados – ex.: 12% ao ano por 3 anos.

Como comparar com Tesouro?

  1. Compare prazos semelhantes
    • Não faz sentido comparar CDB 2 anos com Tesouro IPCA+ 30 anos.
  2. Traga tudo para uma base comum
    • CDB 110% CDI (com CDI perto da Selic) x Tesouro Prefixado com taxa fixa;
    • CDB IPCA+ (se existir) x Tesouro IPCA+.
  3. Considere custos e impostos
    • Ambos pagam IR pela tabela regressiva;
    • Tesouro tem taxa de custódia (pequena, mas existe); CDB não.
  4. Olhe a garantia
    • CDB até R$ 250 mil por banco tem FGC; Tesouro tem risco soberano, mas sem limite de cobertura.

No fim:

Para prazos médios e longos, Tesouro IPCA+ e Prefixado costumam ser a referência do mercado, e os CDBs competem oferecendo taxas melhores para compensar o risco de crédito maior.

Risco e Proteção: FGC x Risco Soberano

Quando você está comparando CDB com Tesouro, além da taxa, existe um peso emocional grande:

“E se o banco quebrar?”
“E se o governo não pagar?”

Vamos organizar isso.

Fundo Garantidor de Créditos: limites e coberturas

O FGC (Fundo Garantidor de Créditos) é uma entidade privada mantida pelos próprios bancos, que protege parte dos depósitos e investimentos se a instituição for liquidada.

Regras principais (simplificando):

  • Cobertura de até R$ 250.000 por CPF/CNPJ, por instituição ou conglomerado financeiro, somando todos os produtos cobertos (conta corrente, poupança, CDB, LCI, LCA etc.);
  • Limite global de R$ 1 milhão a cada 4 anos por CPF/CNPJ;
  • Produtos como CDB, LCI, LCA, poupança e alguns outros são cobertos; Tesouro Direto não é.

É importante trazer um ponto de maturidade que aparece nos materiais de certificação CPA:

O FGC é um ótimo recurso de emergência, mas não deve ser o único pilar da sua estratégia de segurança. Ele já funcionou em vários casos, mas não é infalível em qualquer cenário extremo.

Emissores, risco de crédito e diversificação por bancos

CDB é um título privado – logo, tem risco de crédito do banco emissor.

Isso significa que:

  • CDB de banco menor tende a pagar mais exatamente porque o mercado exige prêmio de risco maior;
  • Se você concentra tudo em um único banco, mesmo com FGC, fica mais exposto a eventuais problemas operacionais e práticos em uma eventual liquidação.

Estratégias práticas para mitigar o risco:

  • Dividir seus CDBs entre diferentes bancos dentro dos limites do FGC;
  • Combinar CDBs + Tesouro Direto: parte com risco soberano, parte com risco bancário coberto pelo FGC;
  • Usar bancos e plataformas com histórico, transparência e regulação forte, como o Banco Sofisa Direto, que oferece portfólio de renda fixa diversificado (CDB, LCI, LCA) com acesso simples pelo app.

Em outras palavras:

Se você é mais conservador, talvez faça sentido pagar um pouquinho de “seguro” na taxa (abrir mão de parte da rentabilidade) para dormir tranquilo dividindo entre Tesouro e CDB de bancos sólidos.

Comparativo com LCI/LCA e Poupança

CDB e Tesouro não vivem sozinhos na prateleira. Para ser justo, precisamos olhar também para LCI/LCA e poupança, que costumam aparecer como alternativas “sem IR”.

LCI/LCA: isenção de IR, prazos e quando valem mais

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) são títulos de renda fixa emitidos por bancos para financiar, respectivamente, o setor imobiliário e o agronegócio.

Principais características:

  • Isentas de IR para pessoa física, o que é um grande diferencial;
  • Têm lastro em operações de crédito imobiliário ou do agronegócio, além de contarem com garantia do FGC dentro dos mesmos limites de R$ 250 mil / R$ 1 milhão em 4 anos;
  • Costumam ter prazos mínimos (LCI: 12 meses ou mais; LCA: 9 meses ou mais, dependendo do indexador);
  • Podem ser pós CDI, prefixadas ou atreladas a índice de preços.

Quando LCI/LCA podem render mais que CDB ou Tesouro?

  • Quando a taxa oferecida em LCI/LCA é um pouco menor que um CDB equivalente, mas isenta de IR, a rentabilidade líquida pode ser maior;
  • Para prazos a partir de 1 ano, LCI/LCA boas podem superar:
    • CDBs tributados com taxa parecida;
    • Tesouro Selic e mesmo alguns prefixados, dependendo da taxa real e cenários futuros.

Na prática, muitos clientes acabam combinando CDBs para reserva de liquidez com LCI/LCA para objetivos de médio prazo, justamente porque a isenção de IR compensa bastante.

CONTINUE APRENDENDO:

Quanto a poupança rende hoje e por que perde para alternativas

A poupança segue a regra:

  • Selic > 8,5% ao ano → 0,5% ao mês + TR;
  • Selic ≤ 8,5% ao ano → 70% da Selic ao ano, mensalizada + TR.

Com a Selic em 15% ao ano, estamos na primeira regra. TR está em torno de 0,16–0,17% ao mês em 2025, o que faz a poupança render cerca de 0,67% ao mês, ou algo perto de 8,3% ao ano.

O problema é que:

  • Isso costuma ser bem menos que o CDI / Tesouro Selic;
  • Historicamente, a poupança perde para a inflação em vários períodos, reduzindo o poder de compra no longo prazo.

Para completar, a própria certificação CPA lembra que a poupança nem é considerada “título de renda fixa”, mas depósito à vista com remuneração – ou seja, é simples, mas limitada.

Se você ainda tem uma graninha esquecida na poupança, é o típico caso em que migrar para um CDB de boa taxa, Tesouro Selic ou LCI/LCA pode trazer ganho tangível sem aumentar muito o risco.

Passo a passo para decidir onde investir meu dinheiro

Até aqui, falamos de conceitos, taxas e tabelas. Agora é a hora de transformar tudo em roteiro prático, para você conseguir responder sozinho a pergunta “onde eu coloco esse dinheiro?”.

Objetivo e prazo → escolher indexador (Selic, CDI, IPCA)

Antes de qualquer coisa, vem a pergunta que quase ninguém gosta de responder, mas que muda tudo:

Esse dinheiro é para quê e para quando?

Com isso claro, você pode ligar objetivo + prazo ao indexador:

  • Curto prazo / reserva (D+0/D+1)
    • Indexador mais natural: Selic/CDI (Tesouro Selic, CDB pós CDI, fundos DI).
  • Objetivos táticos de 1 a 3 anos (viagem, carro, curso)
    • Podem usar pós CDI ou prefixados (se as taxas estiverem muito boas);
  • Objetivos de longo prazo (5, 10 anos ou mais)
    • IPCA+ é forte candidato (Tesouro IPCA+, eventualmente CDB IPCA+ raro), porque protege o poder de compra.

Liquidez necessária (D+0/D+1) e custos

Depois de objetivo e prazo, pense em quanto você precisa de liquidez:

  • Reserva de emergênciaD+0 ou D+1 obrigatório;
  • Objetivos de médio/longo prazo → você pode abrir mão de liquidez no meio do caminho em troca de taxas melhores.

Sempre pergunte:

  • Esse investimento tem carência?
  • Qual é o prazo de liquidação do resgate (D+0, D+1, D+2)?
  • taxa de custódia (como no Tesouro)?
  • taxa de administração (fundos DI, por exemplo)?

Isso vale tanto para o app do seu banco quanto para simuladores como o Simulador Sofisa Direto, que permite comparar CDB Pré, CDB Pós, LCI/LCA e poupança.

Simular e comparar ofertas: CDB vs Tesouro por emissor/corretora

Por fim, entre duas ofertas de CDB ou Tesouro, tente seguir sempre o mesmo ritual:

Antes da comparação numérica, vale explicar o porquê: simular tira tudo do campo do “parece” para o campo do “eu vi no número”, o que reduz muito a ansiedade de errar.

Passos práticos:

  • Liste as opções (ex.: Tesouro Selic, CDB 110% CDI, LCI 95% CDI isenta).
  • Simule o mesmo valor (ex.: R$ 10 mil) e o mesmo prazo (ex.: 12 ou 36 meses).
  • Compare:
    • Rentabilidade líquida estimada;
    • Liquidez;
    • Risco (FGC x governo);
    • Necessidade de resgatar no meio.

Depois da simulação, você sai com uma resposta mais madura:

“Eu não escolhi só pela taxa chamativa. Eu escolhi considerando o risco, prazo, liquidez e impostos.”

CDB ou Tesouro: resposta por cenário, prazo e perfil — não só pela taxa

Agora sim, vamos encarar a pergunta central de frente:

“Afinal, CDB ou Tesouro: qual rende mais na prática?”

A resposta honesta é: depende do cenário de juros, do prazo e do seu perfil de risco. Mas dá pra organizar em alguns casos bem claros.

CDB ou Tesouro Selic: qual rende mais na prática?

Para reserva de emergência e caixa de curto prazo:

  • Se o CDB de liquidez diária estiver pagando menos de 100% do CDI, Tesouro Selic tende a ser mais interessante (especialmente até R$ 10 mil pela isenção de taxa de custódia);
  • Se você tiver acesso a CDB de banco sólido pagando 110% do CDI ou mais, como o CDB com liquidez diária do Banco Sofisa Direto, a tendência é que o CDB entregue mais rentabilidade líquida que o Tesouro Selic, desde que você respeite os limites do FGC.

Em termos de perfil:

  • Mais conservador e avesso a banco menor → Tesouro Selic;
  • Busca a melhor taxa e está confortável com FGC → CDB de liquidez diária com boa taxa.

Prefixado ou IPCA+ para 3, 5 e 10 anos?

Para prazos de 3 a 10 anos, a disputa desloca para:

  • Tesouro Prefixado x CDBs prefixados/pós CDI;
  • Tesouro IPCA+ x LCI/LCA x CDB (quando atrelados à inflação).

Em linhas gerais:

  • 3 anos:
    • Se você acredita em queda forte da Selic, prefixados podem ser boas apostas;
    • Tesouro Prefixado tende a ser o parâmetro; CDBs prefixados devem pagar mais para compensar o risco de crédito.
  • 5 anos:
    • Tesouro IPCA+ começa a se destacar, garantindo ganho real;
    • CDB pós CDI continua forte, mas sem blindagem de inflação.
  • 10 anos:
    • Tesouro IPCA+ quase sempre é o protagonista para proteção de longo prazo;
    • CDBs muito longos são menos comuns e, quando existem, exigem confiança forte no emissor.

Aqui vale um detalhe: se você não tem certeza que consegue segurar o título até o vencimento, talvez seja melhor continuar em pós-fixados e ir ajustando no caminho.

LCI/LCA podem render mais que CDB ou Tesouro?

Sim, podem – especialmente em:

  • Prazos de 1 a 3 anos, com taxas competitivas e isenção de IR;
  • Para perfis que não precisam de liquidez diária e podem aguardar até o vencimento.

Exemplo típico:

  • CDB pagando 100% do CDI (com IR);
  • LCI pagando 90–95% do CDI, sem IR.

Na comparação líquida, a LCI muitas vezes ganha. Por isso, muita estratégia prática fica assim:

  • Reserva → CDB LIQ DI / Tesouro Selic;
  • Metas de 1–3 anos → LCI/LCA boas, CDBs prefixados ou pós CDI com taxas altas;
  • Metas longas (5+ anos) → Tesouro IPCA+.

Fundos DI são melhores que CDB/Tesouro para reserva?

Na maioria dos casos de pessoa física, não.

Fundos DI:

  • Sofrem come-cotas, antecipando IR;
  • Têm taxa de administração (às vezes 0,3%, 0,5% ou mais ao ano);
  • Muitas vezes entregam algo como 90–98% do CDI, enquanto CDBs e Tesouro chegam mais perto de 100% ou acima.

Eles ainda fazem sentido para:

  • Empresas, carteiras maiores ou investidores que preferem delegar a gestão;
  • Quem tem conta em instituição que só oferece fundos bem estruturados, sem acesso fácil a CDB e Tesouro com boas condições.

Próximo passo: como escolher um banco realmente seguro para investir

Depois de entender qual investimento faz mais sentido para cada objetivo – se é CDB, Tesouro Selic, prefixado, IPCA+, LCI/LCA ou até fundos DI – costuma surgir uma pergunta bem prática:

“Tá, mas em qual banco eu posso confiar para deixar esse dinheiro todo?”

Não é detalhe. De nada adianta escolher bem o produto se você ainda fica com aquele frio na barriga sobre a solidez da instituição, como ela é supervisionada pelo Banco Central e quais mecanismos existem para proteger o seu dinheiro em caso de problema.

Se esse é o seu próximo passo, vale muito a pena ler o conteúdo sobre banco seguro para investir. Nele, você vê na prática como avaliar a segurança de um banco, entender o papel do FGC, da regulação e dos órgãos supervisores – e conecta tudo isso com as escolhas de CDB, Tesouro e outros investimentos que você acabou de conhecer aqui.

Antes de investir, descubra se o seu banco é realmente seguro

Perguntas frequentes sobre CDB ou Tesouro Direto

O que é melhor: CDB ou Tesouro Direto para começar a investir?

Não existe um vencedor absoluto entre CDB e Tesouro Direto; o melhor investimento depende do seu objetivo, prazo, perfil de risco e necessidade de liquidez. O CDB é um empréstimo para o banco, com risco de crédito privado, mas protegido pelo FGC dentro de limites definidos. Já o Tesouro Direto é um empréstimo ao governo federal, considerado o risco mais baixo da economia (risco soberano), com recompra diária em dias úteis. Na prática, você pode usar CDBs (especialmente de liquidez diária) para buscar taxas mais altas dentro do limite do FGC e Tesouro Selic, Prefixado ou IPCA+ para equilibrar segurança, liquidez e proteção de longo prazo.

Como funciona a rentabilidade de CDB e Tesouro Direto (pré, pós e IPCA+)?

CDB e Tesouro Direto podem ter três formatos principais de rentabilidade: pós-fixados, prefixados e híbridos indexados à inflação. Nos pós-fixados, o CDB costuma pagar um percentual do CDI (como 100% ou 110% do CDI) e o Tesouro Selic acompanha a taxa Selic diária. Nos prefixados, tanto CDB quanto Tesouro Prefixado oferecem uma taxa fixa de juros ao ano. Já os híbridos combinam IPCA + uma taxa fixa, como no Tesouro IPCA+, protegendo o poder de compra ao longo do tempo. O pagamento pode ser concentrado no vencimento ou em juros semestrais, dependendo do título escolhido.

Como impostos, IOF e taxas afetam o rendimento de CDB e Tesouro Direto?

A rentabilidade anunciada em CDB e Tesouro Direto quase sempre é bruta, antes de impostos e taxas. Tanto CDB quanto Tesouro seguem a mesma tabela regressiva de IR da renda fixa, com alíquotas de 22,5% a 15% conforme o prazo, além de IOF se o resgate ocorrer em menos de 30 dias. No Tesouro Direto, há ainda a taxa de custódia da B3 de 0,20% ao ano, com isenção até R$ 10.000 no Tesouro Selic por CPF. Já CDBs normalmente não têm taxa de custódia, e muitas corretoras e bancos digitais praticam taxa de administração zero, ganhando no spread da operação.

CDB de liquidez diária ou Tesouro Selic: qual rende mais para reserva de emergência?

Para reserva de emergência, tanto CDB de liquidez diária quanto Tesouro Selic são opções seguras, com resgate rápido e baixa oscilação de preço. Em muitos casos, um CDB de liquidez diária que paga acima de 100% do CDI, como 110% do CDI em bancos digitais sólidos, tende a render mais que o Tesouro Selic, desde que respeitados os limites do FGC. Por outro lado, o Tesouro Selic oferece risco soberano, liquidez diária com D+1 e isenção de taxa de custódia até R$ 10 mil, o que simplifica para quem está começando ou é mais conservador com risco de banco.

Quando Tesouro Prefixado ou Tesouro IPCA+ podem render mais do que CDBs pós-fixados?

Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+ costumam se destacar em prazos de 3, 5 ou 10 anos quando oferecem taxas atrativas em relação à expectativa futura de Selic e CDI. Eles podem render mais do que CDBs pós-fixados quando o mercado espera queda dos juros, mas ainda assim os títulos públicos oferecem taxas prefixadas altas ou IPCA+ com taxa real robusta, como IPCA + 5% ou 6% ao ano. Nesses casos, o investidor trava um ganho real ou nominal interessante até o vencimento. O ponto de atenção é a marcação a mercado: oscilações de juros podem gerar perdas se o resgate for antecipado.

Quais são os riscos de CDB em comparação com o Tesouro Direto e como o FGC atua?

O CDB carrega o risco de crédito do banco emissor, por isso bancos menores costumam oferecer taxas mais altas para compensar o prêmio de risco. O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) protege até R$ 250.000 por CPF ou CNPJ por instituição, com limite global de R$ 1.000.000 a cada 4 anos, cobrindo produtos como CDB, LCI, LCA e poupança. Já o Tesouro Direto não tem FGC, mas possui a garantia do Tesouro Nacional, considerada risco soberano. Uma estratégia prática é diversificar CDBs entre bancos dentro dos limites do FGC e combinar isso com Tesouro Direto para equilibrar segurança e rentabilidade.

LCI e LCA podem render mais do que CDB ou Tesouro Direto?

LCI e LCA podem sim render mais que CDB ou Tesouro Direto em termos líquidos, principalmente por serem isentas de Imposto de Renda para pessoa física. Elas são emitidas por bancos, têm lastro em crédito imobiliário (LCI) ou do agronegócio (LCA) e contam com a mesma cobertura do FGC. Em prazos a partir de 9 ou 12 meses, uma LCI/LCA com taxa um pouco menor que a de um CDB equivalente pode oferecer rentabilidade líquida superior por não sofrer IR. Por isso, muitos investidores combinam CDBs para liquidez e LCI/LCA para objetivos de médio prazo.

Por que a poupança costuma render menos do que CDB e Tesouro Selic?

Com a Selic em 15% ao ano, a poupança segue a regra de 0,5% ao mês mais TR, que gira em torno de 0,16–0,17% ao mês, resultando em algo próximo de 0,67% ao mês ou cerca de 8,3% ao ano. Esse rendimento geralmente é bem menor que o CDI e o Tesouro Selic, que acompanham juros básicos mais altos. Além disso, historicamente a poupança perde para a inflação em vários períodos, reduzindo o poder de compra no longo prazo. Por isso, migrar recursos da poupança para CDB, Tesouro Selic ou LCI/LCA costuma trazer ganho real sem elevar significativamente o risco.

Fundos DI são melhores do que CDB ou Tesouro Direto para reserva de emergência?

Na maioria dos casos de pessoa física, fundos DI não são a melhor opção para reserva de emergência quando comparados a um bom CDB de liquidez diária ou ao Tesouro Selic. Eles cobram taxa de administração e sofrem come-cotas, antecipando o IR duas vezes por ano, o que reduz o efeito dos juros compostos. Muitos fundos DI de grandes bancos acabam entregando desempenho abaixo de 100% do CDI. Eles ainda podem fazer sentido para quem prefere delegar a gestão ou para empresas, mas, para reserva pessoal, CDBs de boa taxa e Tesouro Selic geralmente oferecem melhor combinação de simplicidade e rentabilidade.

Como decidir entre CDB, Tesouro, LCI, LCA e fundos DI para cada objetivo e prazo?

O primeiro passo é definir para que e para quando é o dinheiro, ligando objetivo e prazo ao tipo de indexador. Para reserva e curto prazo com liquidez diária, CDB pós-fixado ao CDI, Tesouro Selic e eventualmente fundos DI são os candidatos naturais. Para metas de 1 a 3 anos, entram CDBs prefixados, CDBs pós CDI mais agressivos e boas LCI/LCA isentas. Já em prazos de 5 a 10 anos ou mais, Tesouro IPCA+ ganha importância para proteger o poder de compra. Depois disso, avalie liquidez (D+0, D+1), custos, impostos e risco (FGC x governo) e simule cenários para comparar.

Antes de investir, descubra se o seu banco é realmente seguro

*Os produtos de investimento distribuídos por instituições que são elegíveis à cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) seguem os limites estabelecidos pelo próprio fundo. A proteção é limitada a R$ 250.000,00 por CPF ou CNPJ, por instituição financeira ou conglomerado, com um teto global de R$ 1.000.000,00 a cada período de quatro anos. Esta garantia não representa isenção total de riscos. Recomendamos a leitura completa dos documentos dos produtos antes da contratação.

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