logo sofisa
logo sofisa

O Sofisa Direto quer te conhecer melhor

Vamos lá!

Sabe quando você precisa do dinheiro para pagar um boleto amanhã e bate aquele medo: “se eu resgatar hoje, será que cai a tempo?”

É exatamente aí que entender o que é D+1 (e D+0, D+2, etc.) deixa de ser “coisa de mercado financeiro” e vira algo muito prático para o seu dia a dia.

De forma simples, D+1 é um jeito de dizer em quantos dias úteis o dinheiro vai estar liberado depois de um evento: pedido de resgate, aplicação, venda de ações…

Se você não sabe ler esses prazos, corre o risco de ficar sem caixa bem na hora em que mais precisa.

Ao longo do texto, vou trazer exemplos bem pé no chão (CDB de liquidez diária, fundos, ações) e um checklist final para você decidir onde investir seu dinheiro sem cair na pegadinha dos prazos.

D+1 e prazos de resgate na prática

D+1 é o prazo em dias úteis entre o dia do evento (pedido de resgate, aplicação, venda de ações) e o dia em que o dinheiro cai de fato na sua conta. 

Neste conteúdo, você aprende a interpretar D+0, D+1, D+2 e outros prazos, entender como funcionam horários de corte, cotização e pagamento em CDBs, fundos e renda variável, e usar um checklist de liquidez para alinhar seus investimentos à data em que você realmente precisa do dinheiro, sem ficar sem caixa.

    • Entender a lógica de D+0, D+1, D+2 e a contagem em dias úteis, fins de semana e feriados.
    • Diferenciar cotização e pagamento em fundos para saber o prazo total de resgate.
    • Comparar CDBs, fundos e renda variável considerando liquidez, horário de corte, tributação e objetivos.
    • Aplicar o checklist de liquidez para conectar prazo real do gasto, D+ do produto e custo total (IR, IOF, taxas).

O que você vai ver nesse post?

Antes de entrar nos detalhes, vale alinhar o que este conteúdo vai te ajudar a resolver na prática:

Esses três pontos, juntos, ajudam você a evitar o erro clássico de achar que “pedi resgate, então o dinheiro já é meu hoje” – e descobrir só depois que o D+ era maior do que você imaginava.

O que é D+1 e como interpretar D+0, D+2, etc.

De forma direta: D+1 é o dia útil seguinte ao dia do evento (“D”).
Se o seu investimento diz “resgate em D+1”, quer dizer que um dia útil depois do pedido o dinheiro deve estar disponível, considerando também o horário de corte do produto.

  • D+0: acontece no mesmo dia útil do pedido.
  • D+1: um dia útil depois.
  • D+2: dois dias úteis depois, e assim por diante.

Esse padrão é usado em vários produtos: fundos, CDBs, ações, ETFs, etc. A ANBIMA, por exemplo, usa o “D+” justamente para indicar prazos de aplicação e resgate em fundos, quase sempre em dias úteis.

“D” do evento e dias úteis: como a contagem funciona

O “D” é sempre o dia do evento, que muda conforme o produto:

  • Em fundos de investimento, o “D” pode ser o dia em que você pediu o resgate (se estiver antes do horário de corte).
  • Em um CDB, normalmente é o dia em que você solicita o resgate no app.
  • Em ações e ETFs, o “D” é o dia em que o negócio é fechado na bolsa (o dia em que você vende).

Alguns pontos importantes:

  • Na imensa maioria dos produtos, o prazo é contado em dias úteis, não corridos.
  • Fins de semana e feriados não entram na conta.
  • Em alguns casos muito específicos (geralmente fora do varejo), podem existir prazos em dias corridos, mas isso sempre vem descrito no regulamento do produto.

Então, se você pedir um resgate D+1 na sexta-feira, antes do horário de corte, normalmente o dinheiro cai na segunda-feira (assumindo que não haja feriado no meio).

Resgate D+0: o que significa na prática

“Resgate D+0” é o queridinho de quem está montando reserva de emergência: significa que o dinheiro deve cair no mesmo dia útil em que você faz o pedido (de novo, respeitando o horário de corte).

Na prática, D+0 pode significar duas coisas diferentes, dependendo do produto:

  • Em muitos CDBs com liquidez diária, D+0 quer dizer que você pede o resgate e, em poucos minutos ou horas, o valor aparece na sua conta.
  • Em alguns fundos, D+0 pode se referir apenas à cotização (conversão de cotas em dinheiro dentro do fundo), e o pagamento pode ser D+1, D+2, etc.

Por isso, é muito comum o investidor achar que “D+0 = dinheiro na conta hoje” e se frustrar. Em fundos, quase sempre você precisa olhar dois prazos: cotização e liquidação/pagamento.

 

Horário de corte (cutoff): pedidos após o limite viram “próximo D”

Além do D+, existe um outro detalhe que muda tudo: o horário de corte.

Cada produto define um horário limite para considerar o seu pedido como se tivesse sido solicitado naquele dia. Depois desse horário, o pedido passa a valer como se fosse feito no próximo dia útil.

Exemplo:

  • Horário de corte: 14h.
  • Você pede resgate às 13h de um CDB D+1 → conta como hoje (D).
  • Você pede resgate às 16h → conta como próximo dia útil (D se torna amanhã).

Ou seja: dependendo do horário, um resgate que você achou que seria D+1 pode virar na prática D+2 (ou mais, se tiver fim de semana e feriado no caminho).

Antes de seguir, olha esse resumo em tabela para fixar, mas vale lembrar que  isso aqui é um modelo padrão de mercado. Sempre confira no regulamento ou ficha do produto, porque pode haver variações.

Tabela com resumo dos prazos D+0, D+1 e D+2 em dias úteis, indicando o significado de cada prazo e exemplos de quando o dinheiro do resgate de investimentos cai na conta, ajudando a entender o que é D+1 na prática.Tabela que mostra, de forma rápida, o que significam D+0, D+1 e D+2 em dias úteis e como esses prazos afetam o dia em que o dinheiro do resgate fica disponível.

Esse padrão de D+2, por exemplo, é o que a B3 usa hoje para liquidação de ações e ETFs negociados no mercado à vista.

Na prática, entender essa lógica é o primeiro passo para você não errar a data de pagamento de contas e boletos.

CDB com Liquidez Diária: como funciona na prática

O CDB com liquidez diária é um título de renda fixa emitido por bancos em que você pode resgatar o dinheiro todos os dias, sem esperar o vencimento. É muito usado para reserva de emergência porque costuma ter:

  • Baixa volatilidade;
  • Possibilidade de resgate frequente;
  • Proteção do FGC (até R$ 250 mil por CPF/CNPJ por instituição, limitado a R$ 1 milhão a cada 4 anos em garantias pagas).

No Sofisa Direto, por exemplo, existe CDB com liquidez diária que permite resgatar quando precisar, sem tarifa extra.

Quando cai D+0 vs D+1 (política do emissor e horário de corte)

Mesmo em CDB de liquidez diária, o que muda é quando o dinheiro aparece na sua conta:

  • Alguns bancos trabalham com resgate D+0 (dinheiro cai no mesmo dia útil do pedido).
  • Outros trabalham com resgate D+1 (cai no dia útil seguinte).

Quem decide isso é o emissor do CDB (o banco) e o horário de corte do produto. 

O Sofisa Direto, por exemplo, explica que na liquidez diária você pode sacar quando quiser, com o valor entrando na conta no mesmo dia ou no próximo dia útil, dependendo das condições do produto.

O que olhar na prática:

  • Se seu objetivo é caixa imediato, prefira CDB cujo regulamento fale em resgate D+0.
  • Se D+1 ainda resolve (por exemplo, pagar boleto que vence amanhã), CDB em D+1 pode ser suficiente.

Tributação e IOF no curtíssimo prazo

Aqui entra um ponto que muita gente ignora quando pensa “vou deixar só por alguns dias”:

  • Imposto de Renda (IR) segue a tabela regressiva da renda fixa:
    • até 180 dias: 22,5%;
    • 181–360 dias: 20%;
    • 361–720 dias: 17,5%;
    • acima de 720 dias: 15%.
  • IOF incide se você resgatar em menos de 30 dias, com uma alíquota que começa alta no primeiro dia e vai caindo até zerar no 30º.

Isso significa que, se você entra e sai do CDB em poucos dias, parte dos rendimentos vai embora em imposto. 

Ainda assim, mesmo com IR e IOF, muitos CDBs de liquidez diária conseguem ser mais vantajosos que a poupança, especialmente se pagarem perto de 100% do CDI ou mais.

Quando o CDB é melhor que a poupança no curto prazo

Na prática, o CDB costuma ser melhor que a poupança em três cenários:

1. Reserva de emergência

Quando você quer algo muito líquido, mas que renda mais que deixar parado na conta ou na poupança.

2. Dinheiro “encostado” no mês

Aquele saldo que você não vai gastar hoje, mas pode precisar ao longo do mês. Em vez de ficar parado, pode render diariamente num CDB de liquidez diária.

3. Objetivos de curto prazo (até 1 ano)

Compras planejadas, pequenas reformas, viagens de curto prazo: você não quer correr riscos de mercado nem travar o dinheiro em prazos muito longos.

O CDB com liquidez diária do Sofisa Direto é um exemplo de aplicação de renda fixa que combina liquidez, segurança (FGC) e rendimento atrelado ao CDI, sendo uma alternativa interessante à poupança para esses objetivos.

Fundos de Investimento: cotização x pagamento

Em fundos, a confusão é maior porque você tem dois D+ diferentes:

  1. Prazo de cotização: quando suas cotas são convertidas em dinheiro dentro do fundo.
  2. Prazo de pagamento (liquidação): quando o dinheiro efetivamente cai na sua conta na corretora/banco.

Se você olhar só um desses prazos, corre grande risco de achar que o resgate é mais rápido do que realmente é.

O que é cotização de resgate e por que não é o dinheiro na conta

Cotização de resgate é o momento em que o fundo pega as suas cotas, calcula o valor delas e transforma isso em um valor em reais, ainda dentro do próprio fundo. Não é, ainda, o dinheiro na sua conta.

  • Se o fundo é “D+0 para cotização”, quer dizer que, no mesmo dia do pedido, ele usa o valor da cota daquele dia para calcular quanto você vai receber.
  • Depois disso, vem o prazo de liquidação/pagamento, que é quando esse valor sai do fundo e vai para sua conta.

Ou seja: você pode ter cotização D+0 e pagamento D+2, por exemplo. Nesse caso, o prazo total de resgate é, na prática, D+2.

Exemplos: “D+0 para cotização / D+2 para pagamento”

Vamos a um exemplo concreto, porque é aqui que muita gente se confunde:

  • Fundo DI com: “Resgate: D+0 cotização / D+2 pagamento”
  • Você pede o resgate na segunda-feira, antes do horário de corte.

Linha do tempo:

  • Segunda (D): o fundo calcula a cota do dia e define o valor do seu resgate (cotização D+0).
  • Terça (D+1): parte burocrática / liquidação interna.
  • Quarta (D+2): o dinheiro cai de fato na sua conta (pagamento D+2).

Percebe? Na experiência do investidor, esse fundo se comporta como D+2, mesmo que o material de divulgação destaque “cotização D+0”.

Antes da tabela a seguir, vale reforçar: esses são exemplos comuns, não regras fixas. Cada fundo tem liberdade para definir seus prazos no regulamento.

Tabela que compara tipos de fundos de investimento, como fundo DI super líquido, fundo de renda fixa mais longo e fundo multimercado, mostrando para cada um o prazo de cotização, o prazo de pagamento e o D+ total percebido no resgate.Tabela que resume como cotização e pagamento se combinam para formar o D+ total em fundos DI, de renda fixa e multimercado, ajudando a planejar o resgate sem errar a data.

Depois de olhar essa tabela, o ponto-chave é: prazo de resgate de fundo = cotização + pagamento. Sempre verifique os dois.

Como planejar resgates para não perder vencimentos de contas

Aqui entra a parte “vida real”. Pense assim:

  • Boleto vence na quinta-feira.
  • Seu fundo tem cotização D+1 e pagamento D+2.

Se você pedir resgate na segunda antes do corte:

  • Cotização: terça (D+1).
  • Pagamento: quinta (D+2). → ok, cai no dia do vencimento.

Se você pedir resgate na terça:

  • Cotização: quarta.
  • Pagamento: sexta. → atrasou o boleto.

Por isso, uma boa prática é:

  • Para contas com data certa, planeje com margem de segurança de 1 dia útil a mais do que o D total.
  • Para emergências, use produtos com D+0 ou D+1 de pagamento, não só de cotização.

Qual a melhor aplicação financeira hoje para quem precisa de liquidez?

Não existe uma única resposta, mas dá para organizar a escolha usando prazo + objetivo. Em geral, quanto maior a liquidez (D+0/D+1), menor tende a ser a rentabilidade; quanto mais longo o prazo de resgate, mais o produto costuma pagar.

Curto prazo e reserva: D+0/D+1 (CDB diário, fundos DI com pagamento rápido)

Para reserva de emergência e gastos que podem surgir a qualquer momento, faz sentido priorizar:

  • CDB com liquidez diária, de preferência com pagamento D+0 ou D+1.
  • Fundos DI ou de renda fixa de curtíssimo prazo com prazos de resgate curtos (como D+0/D+1).

Nessa etapa, o foco é:

  • Segurança: produtos de renda fixa simples, com emissor sólido.
  • Liquidez real: olhar sempre o prazo de pagamento.
  • Previsibilidade: sem grandes oscilações de preço.

No Sofisa Direto, por exemplo, você encontra opções de renda fixa com liquidez diária e fundos de investimento que podem ser usados para reserva de emergência, sempre avaliando prazo, risco e rentabilidade.

Médio prazo: aceitar D+2/D+3 em troca de taxa melhor

Para objetivos de médio prazo (viagem daqui a 1–2 anos, entrada de um carro, reforma), você pode aceitar prazos um pouco maiores, como D+2 ou D+3, em troca de:

  • Taxas melhores em CDB com resgate no vencimento;
  • LCI/LCA (que costumam ter prazos maiores e isenção de IR);
  • Fundos de renda fixa ou multimercado com janelas de resgate mais longas.

Aqui a lógica é:

“Posso esperar um pouco mais pelo dinheiro? Então posso buscar uma taxa melhor.

Onde investir meu dinheiro quando não sei a data do gasto

Quando você não sabe quando vai precisar do dinheiro, uma estratégia equilibrada é:

  • Manter uma parte em produtos D+0/D+1 (CDB diário, fundo DI super líquido) para emergências.
  • Colocar outra parte em produtos com D+2/D+3 ou resgate no vencimento, para tentar melhorar a rentabilidade.

Depois da alocação, é muito importante revisar periodicamente os objetivos: o que era médio prazo pode virar curto prazo, e aí talvez faça sentido migrar recursos para aplicações mais líquidas.

VEJA TAMBÉM: 

E na Renda Variável? Prazos, liquidação e caixa tático

Quando a gente entra em renda variável (ações, ETFs, FIIs), o papo muda: além do prazo de liquidação, entra o fator volatilidade.

Hoje, na B3, a venda de ações e ETFs no mercado à vista líquida em D+2: dois dias úteis depois do dia da negociação, o dinheiro é liberado para o investidor.

A Bolsa, inclusive, estuda reduzir esse prazo para D+1 a partir de 2028, acompanhando mercados como EUA e Europa.

Venda de ações/ETFs: liquidação financeira (D+2, conforme mercado)

Quando você vende uma ação:

  • D (dia da venda): negócio é fechado na Bolsa, mas o dinheiro ainda não é seu.
  • D+2: ocorre a liquidação financeira, via clearing da B3, que faz parte da infraestrutura do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

Só depois da liquidação é que o saldo fica efetivamente disponível para saque ou reinvestimento. Até lá, o valor aparece como “a liquidar” na corretora.

Por que RV não serve para caixa imediato (volatilidade + prazo)

Mesmo que no futuro a liquidação passe a ser D+1, a renda variável continua tendo dois problemas para quem precisa de caixa imediato:

1. Volatilidade

No dia em que você precisa vender, o preço pode estar bem abaixo de quando você comprou, e você pode ser “forçado” a realizar prejuízo.

2. Prazo mínimo de liquidação

Não existe “resgate na hora” em ações: sempre há um tempo entre a venda e o dinheiro disponível.

Por isso, a orientação de mercado (e também das boas práticas de suitability que aparecem nas certificações CPA) é usar renda variável para objetivos de médio e longo prazo, não para reserva de emergência ou pagamento de boletos do mês.

VALE A PENA A LEITURA:

Checklist de Liquidez: como escolher o produto certo pelo D+

Agora, vamos organizar tudo em forma de passo a passo para você usar na prática antes de investir.

Passo 1: prazo real que você precisa (boleto/data)

Antes de olhar taxa, app bonito ou nome do produto, faça uma pergunta simples:

Em que dia eu realmente preciso desse dinheiro na minha conta?

Pode ser:

  • Data de vencimento de um boleto;
  • Data de uma viagem;
  • Previsão de um gasto médico;
  • “Dinheiro que posso precisar a qualquer momento” (reserva de emergência).

Escreva isso em algum lugar. Esse prazo real é o que vai guiar o restante da escolha.

Passo 2: verificar D de cotização e D de pagamento

Na sequência, olhe para cada produto que você está considerando e confira:

  • Para fundos:
    • D da cotização (quando suas cotas viram dinheiro dentro do fundo).
    • D do pagamento/liquidação (quando o dinheiro cai na conta).

  • Para CDBs, LCIs, LCAs:
    • se o resgate é antes ou só no vencimento;
    • se o prazo é D+0, D+1, D+2 etc.;
    • se há carência mínima (por exemplo, só permite resgatar após 90 dias).

Depois disso, compare com a data real que você levantou no passo 1.

Se o D total do produto (cotização + pagamento) passa da data em que você precisa, ele não é adequado para aquele objetivo específico.

Passo 3: custo total (IR, taxa, IOF) x benefício de liquidez

Por fim, coloque na balança:

  • Imposto de Renda pela tabela regressiva;
  • IOF, se você pretende resgatar em menos de 30 dias;
  • Taxas de administração e performance, no caso de fundos;
  • Diferença de rentabilidade entre um produto super líquido (D+0/D+1) e outro com prazo maior.

Antes de qualquer decisão, pergunte:

“Eu realmente preciso de liquidez máxima ou posso aceitar um D+2/D+3 para ganhar um pouco mais?”

Esse tipo de reflexão é exatamente o que as certificações profissionais cobram de quem oferece investimentos, para garantir que o produto esteja alinhado ao objetivo e ao perfil do investidor.

D+1 sem mistério: alinhe liquidez, prazo e objetivo para não ficar sem caixa

Chegando ao fim, vamos responder de forma bem direta algumas dúvidas clássicas sobre D+1 e liquidez.

D+1 é dia útil? Cai no sábado/domingo?

Na grande maioria dos casos, D+1 significa “um dia útil”, e sábados, domingos e feriados não entram na conta.

Exemplo:

  • Você pede resgate D+1 na sexta-feira (antes do corte).
  • O D+1 é na segunda-feira (se não tiver feriado).

Se alguém trabalhar com prazos em dias corridos, isso precisa estar bem claro nos documentos do produto, não é o padrão do mercado.

Pedi depois do horário: vira D+2?

Pode virar sim, e é mais comum do que parece.

  • Se o produto é D+1, mas você pede o resgate depois do horário de corte, o “D” passa a ser o próximo dia útil.
  • Então, na prática, o dinheiro pode acabar caindo em D+2 contados a partir do dia em que você clicou no resgate.

Por isso, se o prazo é crítico (boleto vencendo, cirurgia marcada, matrícula), tente fazer o pedido antes do horário de corte e com margem de segurança.

Fundo com cotização D+0 paga no mesmo dia?

Não necessariamente.

  • Cotização D+0 quer dizer que o valor das cotas é calculado usando a cota do próprio dia.
  • O pagamento pode ser D+1, D+2 ou mais.

Sempre olhe os dois prazos: “cotização” e “liquidação/pagamento”. O que importa para o seu caixa é o dia em que o dinheiro chega à conta, não apenas quando a cota é convertida.

CDB de liquidez diária sempre é D+0?

Também não.

Liquidez diária quer dizer que você pode pedir resgate todos os dias úteis, mas:

  • O crédito pode ser D+0 (mesmo dia) ou D+1;
  • Pode existir carência mínima (ex.: liquidez diária só depois de 90 dias de aplicação).

Em CDBs, a regra de ouro é: ler a ficha/prospecto e verificar prazo de resgate, carência e horário de corte.

Próximo passo: conecte o D+1 ao CDI e escolha melhor seus investimentos

Se você chegou até aqui, já deu um passo enorme: agora sabe ler D+0, D+1, D+2, entende a diferença entre cotização e pagamento e consegue evitar o erro clássico de contar com um dinheiro que ainda não caiu na conta.

O próximo movimento para deixar seus investimentos ainda mais inteligentes é juntar duas peças: prazo de resgate (D+) + rentabilidade atrelada ao CDI.

Na prática, quando você olha um CDB, fundo DI ou outros produtos de renda fixa, quase sempre vai ver algo como “x% do CDI”. Ou seja: além de saber quando o dinheiro cai, você precisa entender como está o CDI hoje para avaliar se aquela taxa faz sentido para você.

Se quiser dar esse próximo passo com segurança, vale muito a pena ler o conteúdo CDI hoje. Nele, você vê como o CDI impacta diretamente:

  • O quanto o seu CDB de liquidez diária pode render;
  • A atratividade de fundos DI e outros produtos de renda fixa;
  • A decisão entre “aceitar um D+ maior” em troca de uma taxa melhor.

Assim, você fecha o ciclo: não só evita ficar sem caixa por causa do D+, como também aprende a escolher produtos que rendem melhor, de acordo com o cenário de juros e com os seus objetivos.

Entenda o CDI hoje e descubra como ele impacta o rendimento dos seus investimentos

Perguntas frequentes sobre prazos D+1, D+0 e resgates de investimentos

O que é D+1 nos investimentos e o que ele indica sobre o prazo de resgate?

D+1 é a forma de indicar que o dinheiro ficará disponível um dia útil depois do “D”, que é o dia do evento (pedido de resgate, aplicação, venda de ações, etc.). Quando um investimento informa resgate em D+1, significa que, um dia útil após o pedido (respeitando o horário de corte), o valor deve cair na sua conta. Esse padrão é usado em produtos como CDBs, fundos, ações e ETFs, e ajuda você a planejar quando o dinheiro realmente estará liberado para pagar boletos, despesas e objetivos de curto prazo.

Qual a diferença entre D+0, D+1 e D+2 na prática?

D+0 significa que o dinheiro cai no mesmo dia útil do evento; D+1, um dia útil depois; D+2, dois dias úteis depois. Na prática: um resgate D+0 feito de manhã em um CDB de liquidez diária costuma cair ainda naquele dia; um resgate D+1 feito na quinta tende a cair na sexta; uma venda de ações em D (segunda) liquida em D+2 (quarta). Fins de semana e feriados não entram na conta, pois o padrão do mercado é trabalhar com dias úteis.

O que é o “D” do prazo D+1 e como funciona a contagem em dias úteis?

O “D” é sempre o dia do evento, e muda conforme o produto: no CDB, é o dia em que você solicita o resgate; em fundos, pode ser o dia do pedido de resgate (se estiver antes do horário de corte); em ações e ETFs, é o dia da venda na Bolsa. A partir daí, contam-se dias úteis: sábados, domingos e feriados ficam de fora. Assim, um resgate D+1 pedido na sexta, antes do horário de corte, normalmente resulta em crédito na segunda-feira, salvo feriado no meio do caminho.

O que significa resgate D+0 em CDB de liquidez diária?

Resgate D+0 em CDB de liquidez diária significa que, ao pedir o resgate em um dia útil e dentro do horário de corte, o dinheiro cai na sua conta no mesmo dia. Em muitos bancos, isso acontece em poucos minutos ou horas. Porém, liquidez diária não é sinônimo automático de D+0: alguns CDBs pagam em D+1, e pode haver carência mínima antes de liberar saques. Por isso, é essencial conferir na ficha do produto se o crédito é D+0 ou D+1 e se existe algum prazo mínimo antes de poder resgatar.

Como o horário de corte pode transformar um resgate D+1 em D+2?

O horário de corte é o limite diário para o pedido ser considerado “hoje”. Se o corte é às 14h e você pede o resgate às 13h de um CDB D+1, o D será o próprio dia e o dinheiro cai no próximo dia útil. Mas, se você pedir às 16h, o D passa a ser o próximo dia útil. Na prática, um resgate que você imaginava ser D+1 pode virar D+2, principalmente quando há finais de semana ou feriados entre o pedido e o crédito do dinheiro.

O que é cotização de resgate em fundos e qual a diferença para o pagamento?

Cotização de resgate em fundos é o momento em que suas cotas são convertidas em dinheiro dentro do próprio fundo, pelo valor da cota de um determinado dia. Não significa ainda dinheiro na conta. Depois da cotização, vem o prazo de pagamento ou liquidação, que é quando o valor sai do fundo e entra na sua conta na corretora ou banco. Assim, um fundo com “D+0 para cotização e D+2 para pagamento” tem, na prática, prazo total de resgate percebido como D+2 pelo investidor.

Como planejar resgates para não atrasar boletos e despesas?

Para não atrasar boletos, você precisa combinar a data real do gasto com o D total do produto (cotização + pagamento, no caso de fundos). Por exemplo, se um boleto vence na quinta e o fundo é D+1 de cotização e D+2 de pagamento, o pedido de resgate deve ser feito na segunda antes do horário de corte para o dinheiro cair na quinta. Se o pedido for feito na terça, o crédito só entra na sexta. Por isso, vale sempre colocar um dia útil de folga em relação ao prazo calculado.

Qual é o papel do CDB com liquidez diária na reserva de emergência?

O CDB com liquidez diária é muito usado para reserva de emergência porque permite resgates frequentes, tem baixa volatilidade e, em muitos casos, conta com proteção do FGC. Ele costuma ser adequado para: despesas imprevistas, dinheiro “encostado” no mês e objetivos de curto prazo de até um ano. No Sofisa Direto, por exemplo, há CDB com liquidez diária em que o valor entra no mesmo dia ou no dia útil seguinte, dependendo das condições do produto, oferecendo equilíbrio entre liquidez e rendimento atrelado ao CDI.

Como funcionam os prazos de resgate em fundos DI, renda fixa e multimercado?

Em fundos, é comum existir um prazo de cotização e outro de pagamento, que juntos formam o D total. Um fundo DI super líquido pode ter cotização D+0 e pagamento D+0 ou D+1; um fundo de renda fixa mais longo pode funcionar como D+1 para cotização e D+2 para pagamento, totalizando D+3; já um multimercado pode ter cotização D+30 e pagamento D+1 ou D+2, resultando em D+31 ou D+32. Por isso, é importante sempre olhar os dois prazos, não apenas o destaque “D+0”.

Por que renda variável (ações, ETFs) não é adequada para caixa imediato?

Renda variável não é adequada para caixa imediato por dois motivos principais: volatilidade e prazo mínimo de liquidação. Na B3, a venda de ações e ETFs no mercado à vista liquida em D+2, ou seja, dois dias úteis após a venda o dinheiro fica disponível para saque ou reinvestimento. Além disso, o preço pode estar desfavorável no dia em que você precisa vender, forçando você a realizar prejuízo. Por isso, o uso recomendado de ações e ETFs é para objetivos de médio e longo prazo, e não para pagar boletos do mês.

Como usar o checklist de liquidez para escolher o investimento certo pelo D+?

O checklist de liquidez começa definindo em que dia você realmente precisa do dinheiro. Depois, você compara essa data com os prazos de cada produto: D de cotização e D de pagamento (em fundos), D+0/D+1/D+2 em CDBs e demais títulos, além de carências. Em seguida, avalia o custo total, considerando IR, IOF em aplicações abaixo de 30 dias e taxas de administração ou performance. Com isso, você decide se precisa de liquidez máxima (D+0/D+1) ou se pode aceitar D+2/D+3 em troca de uma taxa melhor.

Entenda o CDI hoje e descubra como ele impacta o rendimento dos seus investimentos

*Os produtos de investimento distribuídos por instituições que são elegíveis à cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) seguem os limites estabelecidos pelo próprio fundo. A proteção é limitada a R$ 250.000,00 por CPF ou CNPJ, por instituição financeira ou conglomerado, com um teto global de R$ 1.000.000,00 a cada período de quatro anos. Esta garantia não representa isenção total de riscos. Recomendamos a leitura completa dos documentos dos produtos antes da contratação.

Comentários