Se você está negativado há algum tempo, é possível que já tenha ouvido algum amigo dizer que deveria fazer empréstimo para pagar as dívidas. Afinal, essa é uma dica comum que vemos na TV ou lemos no jornal.
Mas essa alternativa é a melhor para o seu caso? Será que você realmente fará um bom negócio para as suas contas? Em muitas circunstâncias, um crédito pode ajudar a resolver uma situação financeira complicada, mas essa não é uma solução adequada para qualquer crise no seu orçamento doméstico.
Se você quer saber se pegar um empréstimo é uma boa ideia para pagar suas obrigações, este texto pode ajudá-lo. Vamos listar os 4 casos em que esse recurso é vantajoso. Veja abaixo!
Um dos grandes problemas de estar endividado é lidar com as tarifas decorrentes desse débito. Dependendo do imposto, saldos negativos de R$ 5 mil podem se transformar em R$ 10 mil ou mais em um intervalo relativamente curto.
Por isso, você deve comparar sempre as taxas de juros do seu endividamento atual com as de possíveis empréstimos, para ver qual cenário é o mais vantajoso. Confuso? Vamos explicar melhor com um exemplo.
Imagine que você tenha uma dívida de R$ 48 mil com uma tarifa mensal de 6% e outra de R$ 12 mil com taxa de 12% ao mês. Em um ano, seu encargo crescerá de R$ 60 mil para R$ 143.337,08 por causa dos juros compostos.
Explicando: em 12 meses, o primeiro débito subiria para R$ 96.585,37, enquanto o segundo iria para R$ 46.751,71.
Em compensação, um Empréstimo com Garantia de Imóvel no valor da dívida inicial, de R$ 60 mil, poderia ser pago em 36 parcelas de R$ 2.196,45 (dependendo da variação do IPCA), como mostra nosso simulador. Ou seja: nesse exemplo, seria possível pagar algo em torno de R$ 79.072,20 (45% a menos!) para limpar o seu nome, e em um prazo 3 vezes maior.
Nesse caso, vale a pena pegar empréstimo para pagar as dívidas, já que você gastaria menos e teria um prazo mais longo para quitar o débito.
Até 2017, era possível adiar as dívidas no cartão de crédito com o seu rotativo, pagando sempre o mínimo de 15% em cada fatura e, assim, financiar o valor automaticamente.
Dessa forma, era muito mais vantajoso pegar um empréstimo para quitar o montante devido de uma vez do que usar essa estratégia de bola de neve, que inflava a dívida.
Agora, com as novas regras do rotativo estipuladas pelo Banco Central, ficou difícil aumentar o valor do saldo negativo, mas ainda é mais vantajoso quitar o débito com um empréstimo.
Pela regulamentação atual, o cliente só pode pagar o mínimo de 15% da fatura do cartão de crédito por 1 mês. Se na conta seguinte não for possível quitar o débito, o banco emissor do cartão deve propor uma linha de financiamento para que a dívida seja resolvida.
De certa forma, isso é bom para o cliente: em vez de juros enormes cobrados todos os meses sobre 85% do valor devido, agora você pode financiar o débito já no segundo mês, antes que ele cresça muito.
Porém, os juros médios oferecidos pelos bancos para esses financiamentos ainda são altos. Alguns chegam a 9,99% ao mês (213,5% ao ano!). Por isso, é mais vantajoso pegar um empréstimo com taxas menores e quitar a dívida facilmente.
Imagine que surge uma excelente oportunidade para comprar sua casa própria, trocar de carro ou fazer uma viagem. Porém, por causa de uma dívida, você pode não conseguir aproveitar essa chance.
Quando se está negativado no SPC ou Serasa, pode levar algum tempo para sair da lista. Entre a negociação com o credor, o estabelecimento de um novo acordo e o pagamento da primeira parcela, podem passar algumas semanas.
Quando é preciso limpar o nome, é mais vantajoso fazer um empréstimo. Isso porque uma operação dessas não consta como dívida, ou seja, você pode quitar o valor negativo, limpar seu nome e pagar as parcelas do crédito normalmente.
Apesar de ser difícil conseguir um empréstimo com restrições no nome, não é algo impossível, especialmente em modalidades como o consignado ou com garantia de imóvel. Uma vez que existem precauções nessas duas categorias, é mais fácil que as instituições financeiras aceitem o negócio, mesmo quando o cliente está negativado.
Com essa estratégia, você consegue limpar seu nome em pouco tempo e aproveitar as oportunidades que aparecerem. A duração do processo pode ser calculada somando o prazo para a liberação do empréstimo mais 5 dias úteis para remover seu CPF do banco de dados.
Anualmente, o Serasa realiza o Feirão Limpa Nome, um evento especial em que credores e devedores podem sentar e negociar descontos para quitar os débitos existentes no país. Nessa ocasião, a dívida pode ser reduzida em até 90%, dependendo do caso.
Além desse feirão, ainda existem outras ocasiões em que é possível negociar o abatimento do saldo negativo, muitas vezes em conversas diretas com o credor.
Uma condição normal desses contratos é que o montante seja pago de uma vez, sem parcelas. É o acordo: o credor prefere diminuir o débito para garantir que receberá algo naquele momento.
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Nessas ocasiões, um empréstimo pode ser muito vantajoso para aproveitar o desconto e limpar seu nome, diminuindo muito o valor devido e quitando as parcelas posteriormente.
Como deu para ver, existem algumas condições em que vale a pena pegar empréstimo para pagar dívidas, como quando os juros são menores ou o seu nome precisa ser retirado do SPC. Esse recurso também é interessante para fugir do rotativo do cartão de crédito e conseguir descontos ao pagar o débito todo de uma vez.
Se você está em uma dessas situações, entre em contato conosco para saber quais soluções temos a oferecer para quitar suas dívidas!