Saiba como lidar com o acúmulo de dívidas de cabeça erguida
por: Claudia Midori
Como investir
31 de Janeiro de 2020
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Mais da metade dos brasileiros vive hoje com o acúmulo de dívidas e uma condição financeira apertada. São faturas do cartão atrasadas, contas da casa por pagar e prestações de carro que vão ter que ficar para o mês que vem.
Essa circunstância desagradável costuma gerar bastante constrangimento, mas não precisa ser assim. Como vimos na estatística acima, ter dívidas é mais comum do que você imagina.
O importante é saber como lidar com a situação, encará-la de frente e resolver o problema. Quer descobrir como fazer isso? Confira nossas 7 dicas abaixo!
Mantenha a calma para não piorar o cenário
O impacto emocional de quem se depara com o acúmulo de dívidas pode ser brutal. Segundo um levantamento do SPC Brasil, cerca de 65,6% dos brasileiros inadimplentes se sentem deprimidos e tristes com a dificuldade que atravessam.
A lista de sintomas das pessoas nessas situações inclui dor de cabeça, falta de apetite, insônia, cansaço permanente, queda de produtividade, entre outras coisas.
O problema é que os danos emocionais causados pelo estresse de ter uma dívida dificultam o processo de se livrar dela. Quanto mais cansado, deprimido e improdutivo estiver o indivíduo, mais propenso estará a continuar afundando.
Por isso, estabeleça uma rotina de técnicas para manter o controle da ansiedade. Confira algumas dicas para isso:
- evite uma alimentação pesada, com muita gordura e doces;
- pratique exercícios físicos regularmente;
- conserve um bom ambiente de sono, sem distrações, para ter uma noite tranquila e descansar bem.
Abra o jogo com a família
É imprescindível ter uma conversa franca com a família sobre a situação em que vocês se encontram. O ideal é explicar as possíveis mudanças no cotidiano e contar com o apoio de cada membro na missão de acabar com os débitos. Além disso, a vida financeira da casa afeta todos os seus moradores e é justo que eles saibam o que está acontecendo.
Infelizmente, nem todos seguem esse conselho. Segundo uma pesquisa, um em cada quatro americanos esconde as dívidas da casa da família, por exemplo. Esse tipo de atitude só dificulta o processo de quitação. Afinal, os filhos e cônjuges não sabem que é preciso economizar, o que aumenta a carga de estresse no endividado e piora seu estado emocional.
Faça um levantamento para avaliar o problema
Com a saúde emocional em dia e uma conversa franca com a família, é hora de agir e resolver a questão.
A primeira providência para solucionar qualquer adversidade é dar um passo para trás e fazer uma avaliação integral da situação. No nosso caso, estamos falando de um levantamento completo do orçamento familiar.
Abra uma planilha e anote todas as fontes estáveis de renda da casa. Isso inclui seu salário e o do seu cônjuge, retornos de investimentos e outros valores que entram mensalmente.
Depois, liste também todos os gastos básicos: aluguel, prestação da casa, custos do carro, escola das crianças, alimentação, contas de luz e água, enfim, qualquer valor mensal necessário para o estilo de vida da família.
Por fim, enumere também tudo que você está devendo. A ideia é ter um panorama detalhado do problema e compreender os recursos disponíveis para solucioná-lo. Com esse levantamento em mãos, é possível formular um plano para se livrar do acúmulo de dívidas. E é sobre isso que falaremos a seguir.
Trace um plano estratégico para lidar com as dívidas
Após fazer o levantamento do seu cenário financeiro, você terá 3 grandes opções para formular a sua estratégia de pagamento:
1. Vender ativos
Seu carro, possíveis joias ou mesmo alguns investimentos são importantes ativos que podem ser transformados em dinheiro nos momentos de dificuldade. Em alguns casos, se desfazer deles é uma solução eficaz para combater o acúmulo de dívidas.
A sua própria casa pode ser utilizada como um poderoso ativo a seu favor, sendo usada para levantar um crédito com garantia de imóvel, por exemplo.
2. Cortar gastos
Quando os gastos mensais do seu orçamento estão atrapalhando a situação econômica da família, o melhor é cortar nos supérfluos. Jantares e almoços fora de casa, idas ao cinema, gasolina e presentes caros são os primeiros itens de que devemos abrir mão nessas horas.
3. Pedir um empréstimo
Em muitas ocasiões, especialmente quando temos vários credores com taxas de juros diferentes, pode ser interessante pegar um empréstimo com uma taxa de juros fixa para pagar tudo de uma vez e ainda economizar no processo.
Tente renegociar com os credores
É comum percebermos que estamos em uma situação econômica delicada quando já é “tarde demais”. Ou seja: notamos o tamanho do problema quando os débitos já se acumularam, perdemos alguns pagamentos e os juros começaram a inflar o montante devido.
Um dos segredos para enfrentar o endividamento é evitar que esse cenário se torne uma bola de neve. Se demoramos para tomar uma atitude, a quantia vai crescendo e acaba ficando muito grande.
Por isso é importante tentar, desde cedo, renegociar os compromissos assumidos com seus credores. Isso é importante porque, depois de renegociada, a dívida deixa de ter incidência de juros de inadimplência e seu valor pode ser controlado.
Não deixe o estresse se tornar danoso
Depois de montar seu plano para lidar com o acúmulo de dívidas, você só precisa colocá-lo em prática. Infelizmente, essa parte costuma ser um pouco complicada.
Muitas pessoas têm dificuldades de administrar a tensão de renegociar, vender ativos, cortar gastos e economizar para conseguir honrar os compromissos. É verdade que essas circunstâncias são desgastantes, mas o devedor precisa manter seu nível de estresse controlado.
Como já vimos no começo do artigo, os danos causados por desequilíbrio emocional podem ser graves e até mesmo prejudicar a própria situação financeira da pessoa.
Portanto, lembre-se de buscar maneiras de eliminar a sobrecarga de ansiedade e encarar o momento como uma turbulência passageira em vez de um desastre completo.
Crie um sistema contra o acúmulo de dívidas no futuro
Segundo a Serasa Experian, o nível de reincidência no Brasil é de 42,5%. Isso significa que mais ou menoSegundo a Serasa Experians uma em cada duas pessoas volta a ter problemas financeiros depois de quitar seus débitos.
Você precisará criar um sistema para evitar entrar nessa estatística no futuro. Isso significa repensar seu estilo de vida, não assumir gastos maiores que os que pode cumprir e economizar um pouco todos os meses.
Especialistas recomendam tentar guardar cerca de 20% da sua renda mensal. Assim, é possível criar um fundo saudável para usar quando a situação se complicar. Fica mais fácil juntar dinheiro ao aplicá-lo em investimentos seguros e rentáveis. Hoje em dia, dá para começar a investir até com R$ 1, sabia?
Se você está lidando com o acúmulo de dívidas atualmente e este artigo foi útil, compartilhe-o nas redes sociais e marque seus amigos e familiares que estão na mesma condição. Assim, eles também vão conseguir superar esse desafio com mais tranquilidade!
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