Endividamento mensal: como mudar essa realidade de muitos
por: Sofisa Direto
Educação financeira
28 de Abril de 2022
ASSINE NOSSA NEWSLETTER
Você sabia que, em dezembro de 2021, o Brasil bateu o recorde no percentual de famílias com endividamento dos últimos 11 anos? Esse dado é da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Resumo do post:
- Breve cenário do endividamento no Brasil;
- A importância da organização financeira;
- Dicas para reestruturar a sua vida financeira.
Outro dado do Serasa reforça esse número no mapa de endividamento do Brasil dez/21. De acordo com o mapa, o Brasil apresentava, na época, 63,97 milhões de inadimplentes. Entre os tipos de dívidas, a maior causa do endividamento do brasileiro continua sendo os débitos de bancos e débitos relacionados ao cartão de crédito, cerca de 27,7% do número total.
Alarmante, não é? Embora muitas situações possam ocasionar esse aumento do endividamento, sabemos que a ausência de um planejamento e de organização financeira é uma realidade e pode ser um dos fatores determinantes entre a organização financeira e o endividamento. Ainda hoje, não é incomum pessoas não terem a certeza do valor total das despesas fixas da casa, por exemplo.
Se por algum motivo você se questionar sobre "o que é endividamento?", saiba que a definição de endividamento financeiro, é caracterizado por ter parcelas de compras ou de crédito vencidas sem pagamento. Nesse cenário, não é incomum encontrar pessoas que fazem parte desse número e que estejam devendo para mais de uma instituição (seja ela financeira ou não).
Quando falamos em grau de endividamento (para pessoa física), precisamos analisar o tempo que aquele débito está em aberto e quantos valores em aberto ela possui, afinal, embora dívida seja dívida, é bem diferente organizar uma dívida de R$ 100,00 e uma dívida de R$ 1 milhão. Não é verdade?
E a pergunta que fica é: como mudar a realidade do endividamento? Se você está nesse cenário e quer mudá-lo de uma vez por todas, confira as dicas que colocamos para você:
1. Conheça as suas finanças!
A primeira coisa para sair do ciclo de endividamento é entender como você chegou nesse ciclo e como estão as suas finanças na realidade.
Para isso, é importante que você entenda algumas coisas:
- Suas fontes de renda (valor total da sua casa);
- Suas despesas fixas (aluguel, contra controle, TV à cabo, pacote de internet…). São aqueles valores que não mudam mês a mês;
- Suas despesas variáveis (Transporte, alimentação, conta de água e luz). São aqueles valores que você sabe que tem, mas eles sofrem variações mensais;
- Tirando esses itens acima, quanto deveria "sobrar" do seu salário.
Esse diagnóstico é o ponto de partida para começar a sua organização financeira, sem isso, você, dificilmente, conseguirá se organizar financeiramente.
2. Quais são as suas dívidas?
Agora que você já conhece as suas despesas, vamos falar sobre as dívidas. Aqui é importante ter total sinceridade e colocar no papel (ou em uma planilha) quais são as suas dívidas reais:
- Para quem você deve: bancos, empresa de móveis, agência de viagem, financiamento etc.;
- Quanto você já está devendo. Não importa se é um cartão de crédito ou mais, não importa quantos valores em aberto você tem, discrimine todos!;
- O que você tem a vencer e já sabe que não vai conseguir pagar. Coloque o valor a vencer e o número de parcelas restantes.
Aqui, você terá um panorama geral dos valores reais das suas dívidas. Se você estiver devendo para apenas um lugar, esse é o montante final da sua dívida, se não, faça a soma de todos os itens e veja o montante final.
Veja também:
- 6 dicas de como economizar comprando produtos domésticos;
- Planejamento familiar: o que o descontrole pode causar;
- Despesas mensais: Entenda como otimizar seu dinheiro.
3. Comece o seu planejamento financeiro
Como? Lembra do valor que deveria "sobrar" do seu salário? Quanto você consegue disponibilizar com o intuito de pagar essas dívidas? Mantenha esse valor em mente.
Depois disso, caso você esteja devendo para mais de um credor, separe as dívidas por ordem de juros: do maior para o menor, essa é a lista de prioridade de pagamento.
Feito isso, ligue para cada instituição e tente negociar a sua dívida. Aliás, se você tiver mais de um produto em aberto em uma única instituição (exemplo: cartão de crédito e cheque especial no banco), verifique a viabilidade de unificar esses valores em apenas um, isso vai facilitar bastante o seu controle financeiro.
Se você não conseguir negociar todas as suas dívidas, é válido avaliar a possibilidade de pegar um único empréstimo para quitar as dívidas e ficar com apenas um valor a ser pago mensalmente. Nesse caso, analise bem as taxas de juros da aplicação e entenda o que é mais vantajoso.
Quando você tentar negociar esses valores em aberto, lembre-se sempre do limite que você tem para pagar, pois você também precisa seguir com as suas despesas mensais para não aumentar as suas dívidas, ok?
4. Controle os seus gastos e tenha foco
Depois de realizar esse passo a passo, vem o mais importante: manter o foco no seu objetivo – sair do círculo vicioso das dívidas.
De nada adianta ter um planejamento financeiro familiar todo voltado para esse objetivo e não colocá-lo em prática. Se você quer, realmente, mudar esse cenário, precisa rever as suas ações, aprender a falar “não” para alguns gastos, ter mais autocontrole na hora de gastar e evitar se colocar em situações em que você sabe que será mais difícil economizar.
Planeje os gastos maiores, evite gastar com coisas supérfluas, que irão trazer alegrias momentâneas, e tente se lembrar de que a vida será muito mais leve quando tudo isso passar!
5. Aprenda finanças
Uma das formas mais eficazes para você se controlar financeiramente é saber mais sobre finanças. E, hoje, isso está muito fácil! Com a internet à nossa disposição, podemos aprender muito, basta querer.
Saiba mais sobre planejamento financeiro, sobre investimentos, sobre como planejar o futuro com segurança financeira e aprenda como se preparar financeiramente para situações de emergência (como uma pandemia).
Aqui no Sofisa Direto, acreditamos que falar de finanças não precisa ser chato ou massivo, embora existam temas mais complexos, você pode começar pelo básico e ir evoluindo dia após dia!
Aliás, você pode começar com este post aqui: 4 dicas de como gastar seu dinheiro em tempos de crise. É um tema que faz muito sentido, tendo em vista o momento que vivemos nos últimos anos.
Esperamos ter ajudado você a entender que aprender a ter controle das suas finanças não é tão complexo quanto parece, só demanda comprometimento e dedicação! Até a próxima.
COMENTÁRIOS