Economizar para alcançar um objetivo, realizar um sonho ou simplesmente equilibrar um orçamento que anda apertado inclui cortar gastos supérfluos. Isso você já sabe, não é mesmo? Se fizer as contas do que desembolsa com pequenas despesas, vai se surpreender com a quantia que escapa pelo ralo — e que poderia gerar lucros em um bom investimento.
Ou seja: cortar gastos supérfluos faz uma enorme diferença no bolso. Mas como escolher o que pode e deve ser eliminado do orçamento? Foi para ajudar na sua escolha que preparamos este artigo. Fique conosco e descubra!
Para saber o que cortar do orçamento, você precisa estar ciente do que entra e do que sai da conta bancária. É preciso anotar tudo, nos mínimos detalhes.
Use uma planilha do Excel ou então uma simples folha de papel dividida em duas colunas: receitas e despesas. De um lado, registre todas as fontes de renda da família; do outro, tudo que vocês desembolsam. Não se esqueça de incluir os pequenos gastos que passam despercebidos: o cafezinho, o sorvete depois da escola, a revista de moda, a pipoca no cinema etc.
Depois de anotar tudo, é hora de classificar os custos: quais deles são fixos? E variáveis? Quais podem ser reduzidos ou eliminados? Que despesas conseguimos substituir por outras mais baratas?
O custo que você vê como supérfluo pode ser essencial para outro membro da família. Por isso, em nome de uma convivência harmoniosa, a decisão sobre o que vai ser eliminado do orçamento deve ser tomada em conjunto.
Por meio de um diálogo aberto, você coloca a família a par da situação e explica que a economia gerada ao cortar gastos pode ser revertida para o benefício de todos. Apresente a planilha de orçamento mensal, mostre as despesas que não são essenciais e decidam, em conjunto, o que será cortado.
Seja hábil na negociação e proponha substituições. As crianças gostam de passar horas nos brinquedos eletrônicos do shopping center? Leve-as ao parque e mostre como as brincadeiras ao ar livre podem ser muito mais divertidas e saudáveis.
Veja também:
Faça uma análise criteriosa das dívidas da família, para entender por que foram contraídas.
Aquele empréstimo que você ainda está pagando foi mesmo necessário?
É possível quitar integralmente o saldo devedor e economizar o dinheiro da prestação mensal?
Por que você pagou só o valor mínimo da fatura do cartão de crédito?
O que te levou a estourar o limite do cheque especial?
Estar pagando uma ou duas prestações por mês não é tão sério, mas é preciso ter clareza da situação, para que as dívidas não fujam do controle. Estude meios de quitar pelo menos o empréstimo com juros mais altos, para aliviar o orçamento.
Outro cuidado importante é pagar suas contas e encargos sempre em dia. As multas por atraso e os juros de mora também são gastos que podem ser cortados, se você for mais disciplinado e organizado financeiramente.
A planilha de orçamento vai mostrar quais são suas despesas básicas, aquelas de fato imprescindíveis. Depois disso, é hora de analisar os outros gastos e distinguir os itens necessários dos que você simplesmente deseja.
Por exemplo: uma ida ao cinema não é uma necessidade, e sim um desejo. Roupas são necessárias, mas comprar mais uma calça jeans se já tem 2 ou 3 no armário é algo que você quer, mas não precisa.
Um bom exercício a fazer é este: anote o custo dos itens necessários para viver, como moradia, luz, água, comida etc. Agora, liste as dívidas e prestações que não podem deixar de ser pagas. Depois de somar os gastos essenciais, calcule quanto dinheiro sobrou. A partir daí, você poderá decidir quais “desejos” cabem no orçamento e quais devem ser cortados.
Abrir mão do que dá prazer não é tarefa fácil, mas considere que será uma situação temporária. Quando as contas estiverem equilibradas novamente, a família vai poder voltar ao padrão original.
Outra possibilidade é vocês se adaptarem a um estilo de vida simples, com menos estresse gerado por preocupações financeiras. Acostumar-se a viver com menos, para economizar mais e investir em novos projetos, é saudável e pode ser muito prazeroso.
Você precisa mesmo trocar o smartphone ou o carro pelo modelo mais novo só porque todos no seu círculo de amizade estão trocando? Faz sentido onerar o orçamento só para “fazer bonito” aos olhos dos outros?
Se você convive com pessoas que valorizam mais o “ter” do que o “ser”, talvez seja a hora de rever suas amizades. Você não é obrigado a ostentar um estilo de vida que está além de suas posses só para agradar a quem julga pelas aparências.
Quantas vezes você já adquiriu itens que só foram usados uma vez e depois ficaram esquecidos em algum canto, entulhando os armários?
Veja exemplos de coisas que só são usadas de vez em quando:
ferramentas, como furadeiras, serrotes etc.;
barracas e artigos para camping;
roupas para festas de casamento, formatura e outros eventos sofisticados;
carrinhos de bebê e cadeiras infantis para carro;
malas para viagem;
rolos e pincéis para pintar paredes.
Então, em vez de comprar itens como os que citamos acima, abrace o conceito de economia colaborativa: peça emprestado, alugue ou proponha trocas entre amigos e vizinhos.
Para concluir, vivemos em uma sociedade capitalista e sabemos como é difícil resistir ao apelo de consumir sempre mais. No entanto, em períodos de insegurança, a saída é fazer sacrifícios e diminuir os custos. A recompensa virá em forma de tranquilidade, estabilidade financeira e menos estresse. E, consequentemente, mais qualidade de vida.
Aproveite agora. O início do ano é a época ideal para unir e engajar a família em torno do objetivo de cortar gastos supérfluos e construir uma vida financeira saudável.
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