Para começar a investir, é muito importante conhecer um pouco mais sobre economia e em especial, a política monetária do país. Afinal, é por meio dela que você vai entender as variações na taxa básica de juros e como isso influencia nos investimentos.
O mercado financeiro e o mercado cambial são diretamente impactados pelas variações da Selic e acompanhar essas variações é decisivo quanto à escolha das aplicações financeiras, assim como na rentabilidade das mesmas.
No post de hoje, você entenderá o que é política monetária, a importância do Banco Central na regulação da inflação, os instrumentos que o governo usa na promoção do equilíbrio econômico e como isso afeta o mercado financeiro!
O que você vai ver nesse post?
O que é política monetária?
Qual a função do Banco Central?
Quais os principais instrumentos de política monetária?
Mercado aberto
Redesconto
Recolhimento compulsório
Como a política monetária afeta os mercados financeiros?
Escolha dos investimentos
Rentabilidade dos investimentos
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A economia de um país, para que alcance um crescimento econômico sustentável, precisa estabelecer políticas fiscais e monetárias capazes de regular os instrumentos que mantêm a economia em pleno funcionamento.
A política monetária é a adoção de medidas que controlam basicamente a quantidade de moedas que circulam em um país. Para que isso aconteça, são utilizados recursos e metodologias que impactam antes em outros setores econômicos, como por exemplo, a taxa de juros e a liquidez no mercado monetário.
Ela pode ser contracionista ou expansionista, mas, o que isso quer dizer? Significa que quando há o aumento na taxa de juros, há o controle da inflação, contraindo desta forma o consumo, no caso de uma política contracionista.
Por outro lado, na política monetária expansionista, quando há a redução das taxas de juros, eleva-se automaticamente o consumo, elevando também a quantidade de moeda em circulação na economia.
O governo também utiliza outras ferramentas de controle, como é o caso da política cambial, visando realizar o controle das moedas entre países diferentes, em um cenário monetário internacional.
No Brasil, a instituição responsável por esta regulação é o Banco Central (BC), por meio da Comissão de Política Monetária (COPOM).
O Banco Central, possui uma comissão formada pelo presidente do Banco e alguns Diretores, o COPOM, designada para definir estratégias de regulação da economia. Uma de suas atividades mais constantes é a definição da taxa Selic, que é a taxa básica da economia, a cada 45 dias.
As decisões sobre essa taxa devem ser bem embasadas, com argumentos técnicos que visem não apenas o momento atual, mas também as perspectivas futuras, envolvendo a economia brasileira e mundial.
Além disso, as decisões do COPOM visam uma inflação medida pelo IPCA que se equipare com a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para manter tudo conforme estabelecido, alguns instrumentos de política monetária são utilizados.
Veja também:
Os principais instrumentos de política monetária utilizados pelo Banco Central para cumprir as metas de taxas de juros traçadas são: mercado aberto, redesconto e depósito compulsório.
Após a definição da Selic, o BC atua no mercado aberto vendendo e comprando títulos públicos com o intuito de manter a taxa próxima do estabelecido na reunião.
Como a compra é realizada diariamente, logo, os efeitos sobre a economia são rápidos e eficazes, mantendo assim o equilíbrio esperado.
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Um outro instrumento é o redesconto, que é quando o BC compra títulos de instituições financeiras, fazendo com que elas obtenham a liquidez de que precisam em determinado período.
No médio prazo, as operações de redesconto podem ser uma estratégia para ajudar na manutenção do equilíbrio no mercado.
O recolhimento compulsório equivale a uma parte do dinheiro dos correntistas que os bancos são obrigados a manter nos cofres do Banco Central.
Dessa forma, a moeda fica retida nos cofres públicos, causando o efeito de queda na liquidez, equilibrando a inflação e, consequentemente, regulando a economia.
Esses depósitos funcionam não só como reguladores da economia, como também podem funcionar como reservas de emergência para essas próprias instituições financeiras, sempre seguindo o critério estabelecido pelo BC.
Se a política monetária é estabelecida por meio de instrumentos que controlam a emissão de moedas e a taxa básica de juros do país, então ela vai atingir e influenciar diretamente nos mercados financeiros.
E se afeta o mercado financeiro, certamente os investidores serão atingidos, sejam eles iniciantes ou considerados profissionais, pois é com base nas decisões sobre a taxa de juros básica do país que as suas aplicações financeiras serão impactadas.
As variações na taxa de juros influenciam diretamente na escolha dos títulos de investimento. Então, quando a Selic está em alta, há uma preferência pelos títulos de Renda Fixa.
Por outro lado, quando a taxa básica de juros começa a entrar em queda, há a preferência por títulos de Renda Variável, como as ações, fundos imobiliários (FIIs), ETFs ou BDRs, considerados mais rentáveis, dadas as condições mencionadas.
As taxas de juros são as responsáveis pela remuneração dos investimentos e sua variação, implicando na rentabilidade dos investimentos, principalmente nos títulos de Renda Variável, que sofrem variações positivas ou negativas ao longo do tempo.
Para acompanhar as variações da taxa de juros e perder o mínimo possível com essas oscilações, afinal, elas são inevitáveis, a melhor saída é manter uma carteira de investimentos diversificada.
Montar uma carteira de investimentos depende muito do seu perfil investidor e da forma como você se relaciona com as finanças. Um outro fator muito importante é diversificar suas aplicações, pois isto amplia a sua rentabilidade!
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