Quem já ficou devendo sabe como essa situação é desconfortável, chegando ao ponto de tirar o sono. Por mais desolador que seja o cenário, é preciso manter a calma e encarar o problema. É possível, sim, quitar dívidas sem prejudicar a estabilidade da família.
No texto de hoje, mostramos um caminho de 9 passos que pode ser usado para resolver essa questão. Você vai precisar se reunir com seus familiares para discutir o assunto, levantar o quanto deve, saber o que priorizar e ajustar as despesas. Será necessário se esforçar para controlar os gastos e abrir mão de alguns confortos, mas recuperar a tranquilidade não tem preço.
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A primeira etapa é reunir a família e ter uma conversa franca com todos, expondo o problema e pedindo o comprometimento de cada um dos membros para sair dessa situação. Se você, seu cônjuge e seus filhos estiverem empenhados e trabalhando com um mesmo objetivo, fica mais fácil vencer as dificuldades.
Muitas vezes, o endividamento é tão grande que se perde a noção do valor total das dívidas. Por isso, é preciso fazer um levantamento de todas as dívidas, das maiores até as menores.
Coloque tudo: cartões de crédito, saldo devedor no cheque especial, crédito pessoal no banco, dinheiro emprestado por amigos e outros familiares, financiamentos.
Também é importante saber qual a taxa de juros praticada em cada modalidade. Um valor em débito no cartão ou no cheque especial, por exemplo, pode dobrar em poucos meses. Por isso, essas dívidas devem ter prioridade sobre outras prestações, como financiamentos imobiliários e créditos consignados.
Agora que você sabe o quanto deve, é hora de descobrir quanto a família recebe todo mês e como esse dinheiro é gasto. A melhor forma de obter essas informações é com um orçamento.
Primeiro, anote todas as fontes de renda. Depois, registre todos os gastos e classifique-os. Você pode levar em conta a natureza (alimentação, transporte, saúde, lazer, entre outros) ou a prioridade no orçamento (essencial, necessário, supérfluo). Dá para fazer isso usando planilhas, aplicativos para celular ou mesmo um caderno. O importante é que a ferramenta escolhida seja de fácil uso para todos na casa.
Depois, é hora de analisar esse levantamento e saber o que pode ser ajustado como forma de liberar recursos para quitar as dívidas. O ideal é que pelo menos 20% da renda sejam direcionados para esse objetivo.
Não há nenhuma mágica para quitar dívidas: é preciso conseguir dinheiro e direcioná-lo para o pagamento dos débitos. Uma das melhores formas para isso é cortar gastos supérfluos. Pequenos luxos podem pesar bastante no orçamento e é perfeitamente possível viver sem eles. Veja algumas ideias:
Reduzir pequenos gastos pode não ser suficiente para gerar uma economia relevante. Se as despesas da família estão superando os salários, talvez seja hora de tomar alguma postura mais radical e atacar o que mais pesa no orçamento.
O aluguel, por exemplo, costuma ser um dos principais gastos. Se esse for o seu caso, procure uma casa menor ou mais afastada do centro como forma de economizar.
Outra sugestão é trocar de carro por um modelo menor e mais econômico, ou mesmo abrir mão do veículo e passar a usar o transporte público.
O dinheiro para pagar dívidas não precisa vir apenas da economia e do enxugamento de gastos. Também há a possibilidade de complementar a renda usando habilidades que vocês têm.
É possível, por exemplo, usar o tempo livre para dar aulas particulares, fazer doces para vender e executar pequenos reparos domésticos para amigos.
Outra boa sugestão é praticar o desapego e vender itens que estão encostados, sem uso, como eletrodomésticos, eletrônicos, CDs, DVDs, livros, instrumentos musicais, etc.
Da mesma forma que vocês desejam pagar as dívidas, os credores anseiam por receber o dinheiro. Uma boa solução é procurá-los e tentar renegociar a dívida, seja para obter um abatimento no valor total, seja para tentar estender o prazo e aliviar o orçamento doméstico.
Nem todas as modalidades de crédito praticam os juros altíssimos do cartão e do cheque especial. Em algumas, é possível encontrar boas condições de pagamento, taxas reduzidas e parcelamento em prazos longos. É o caso, por exemplo, do Empréstimo com Garantia de Imóvel.
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Nesse tipo de crédito, você oferece um imóvel (casa, apartamento ou terreno) como garantia de pagamento. Com essa segurança, a instituição financeira pode exercer juros baixos e prazos de pagamento que chegam a 15 anos.
Você pode recorrer a esse tipo de crédito para quitar todas as dívidas. Assim, as parcelas ficam menores e cabem no orçamento, facilitando a vida financeira de toda a família.
Depois de reorganizar a vida financeira e quitar as dívidas, é preciso criar condições para não se endividar novamente.
Para isso, é essencial ter uma reserva de emergência, dinheiro que deve ficar guardado para uma hora de aperto ou um fato inesperado. Assim, vocês não precisarão mais recorrer ao cheque especial ou ao cartão de crédito em situações extremas.
A reserva deve ser suficiente para sustentar a casa por 12 meses. É recomendável que ela fique em um investimento seguro, no qual o dinheiro sempre renda um pouco e nunca perca seu valor.
Essa aplicação também deve permitir o resgate a qualquer momento, pois nunca se sabe quando será necessário recorrer àquela quantia. Um CDB com liquidez diária, por exemplo, cumpre esses 2 requisitos.
Depois disso, você retomará o controle da situação e poderá se planejar melhor para atingir objetivos como bens, viagens e aposentadoria. Esperamos que nossas recomendações possam ajudá-lo.