Antes mesmo de começar a aplicar seu dinheiro pensando na sua casa própria ou na faculdade das crianças, é importante que você arranje tempo para sentar e formular um bom plano de investimento.
Sem estudo e planejamento, é muito fácil perder o norte no meio de uma aplicação e ficar com as mãos abanando sem atingir seu objetivo inicial.
Se você não sabe como fazer um plano desses e tem medo de falhar na hora de investir, este artigo é para você. Vamos aprender na prática como fazer um bom planejamento que mostrará o caminho para que você atinja qualquer objetivo. Acompanhe!
Se você precisar trocar a lâmpada na sala da sua casa, o que você faz? Podemos supor com segurança que vai recolher todos os materiais necessários (comprar uma lâmpada nova, pegar uma escada), depois vai desligar a corrente elétrica e fazer a troca, certo?
Em poucas palavras, você vai montar um plano para resolver o problema. Se você faz isso para coisas banais do dia a dia, por que não faria o mesmo com sua vida financeira?
Um plano de investimento é exatamente isso que seu nome indica: um planejamento que indica como e onde investir para alcançar determinado objetivo.
Com um documento desses em mãos, fica mais fácil realizar aquele sonho que antes parecia impossível, seja ele uma casa própria, a aposentadoria tranquila ou uma pós-graduação no exterior.
No exemplo da lâmpada, tivemos quatro características essenciais: um objetivo (trocar a lâmpada), um meio (uma escada), um risco (choque elétrico), um prazo (imediatamente) e uma capacidade (seu conhecimento em reparos domésticos).
Com um plano de investimento, você também vai ter que lidar com esses cinco elementos. Continue lendo para saber mais!
O sábio general chinês Sun Tzu disse que “se você conhece a si mesmo e ao seu inimigo, não precisará temer o resultado de 100 batalhas”.
Portanto, o primeiro passo do nosso plano de investimento é conhecer a nós mesmos financeiramente. Isso significa que você vai precisar colocar no papel todos os aspectos da sua vida financeira, como:
Com tudo isso estabelecido, você terá um panorama muito mais claro das suas finanças e também da sua capacidade de investimento.
Quando fazemos uma aplicação financeira, precisamos de um objetivo. Pode ser qualquer coisa: comprar uma casa, ter uma aposentadoria, ficar rico, fazer uma viagem com a família, comprar um carro novo ou mesmo um smartphone de última geração.
Seja qual for o seu objetivo, faça uma pesquisa completa para entender todos os custos atrelados a ele e saber qual é o valor exato para atingi-lo. Muitas vezes, existem gastos escondidos que nos pegam de surpresa (um carro ou uma casa, por exemplo, demandam manutenção).
Você diria que é moderado, conservador ou arrojado nos investimentos? Não sabe o que isso significa?
Um perfil de investidor diz como você lida com riscos. Se você prefere o mínimo risco possível, então você é conservador. Se prefere um pouco de risco para ter um ganho maior, é moderado.
Já se você aceita grandes riscos se o prêmio em retorno for compatível, então seu perfil de investidor é arrojado.
Se você já tem o objetivo da sua aplicação definida e o seu perfil como investidor, falta estabelecer o prazo para atingir essa meta. A duração de uma aplicação costuma ser conhecida como “horizonte de investimento” e pode variar dependendo da sua pressa.
Para uma aposentadoria, podemos pensar em um prazo de investimento de 360 meses (30 anos). Já para uma viagem no ano que vem, teríamos menos de um ano para juntar todo o dinheiro necessário.
Com todos os elementos do seu planejamento definidos (sua capacidade, seu objetivo, risco e duração), chegou a hora de estabelecer qual é o meio ideal para você. Ou seja, qual será o seu investimento.
É importante entender que todos os elementos anteriores vão influenciar uns aos outros. Por exemplo, se você tem um horizonte curto para atingir seu objetivo (como comprar um carro novo), então vai precisar explorar sua capacidade de investimento ao máximo.
Já se seu objetivo é criar um fundo para a faculdade do seu filho, o melhor é não arriscar e contar com o poder dos juros compostos durante esses 18 anos de aplicação.
Existem três bons investimentos que são versáteis, oferecendo boa rentabilidade a qualquer prazo e pouca dificuldade para investir: o CDB, a LCI e a LCA.
Com menos de R$ 1, dá para aplicar nessas opções para prazos longos (até cinco anos) ou prazos curtos (três meses ou com liquidez diária).
Depois de tanta teoria, vamos ver como um planejamento desses opera ao ser executado? Vamos lá!
Para exemplificar, vamos supor que nosso sonho seja passar férias com a família na Disney.
Como já vimos no levantamento feito no artigo linkado no parágrafo anterior, teríamos um custo de R$ 23 mil para quatro pessoas em Orlando durante quatro dias.
Agora vamos assumir que nós temos um salário confortável, de R$ 5 mil. Nossos custos mensais são de R$ 3.700, então sobram R$ 1.300 de capacidade de aplicação.
Não temos um prazo definido, então, pensando longe, vamos estabelecer uma janela de cinco anos para fazer as malas.
Considerando que é um sonho das crianças, não dá para cometer erros. Fica difícil investir em ações, por exemplo, e sofrer uma queda de valor sem tempo para recuperar nosso capital. O ideal é jogar seguro.
Além disso, precisamos de liquidez diária para retirar o dinheiro quando for conveniente para comprar nossa passagem e fazer reservas.
Assim, temos os seguintes elementos:
O melhor para o nosso plano é investir no CDB pós-fixado com liquidez diária. Rendendo 100% do CDI por mês, precisaríamos comprar 38 títulos de R$ 500 e deixá-los render por três anos cada para juntar os R$ 23 mil necessários.
Considerando que podemos comprar dois títulos por mês, levaríamos 19 meses (um ano e sete meses) para fazer todo esse investimento. Com o prazo de três anos para render o último título, terminaríamos na janela de cinco anos para viajar com a família.
Vale lembrar que esse valor é uma projeção. Por isso, é muito importante acompanhar mensalmente seu plano para conferir o rendimento obtido e fazer ajustes necessários.
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