O que é inflação e como é calculada
por: Sofisa Direto
o que significa inflação
30 de Setembro de 2022
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Ir ao supermercado não tem sido tarefa fácil, não é mesmo? O aumento contínuo dos preços dos itens básicos tem preocupado as pessoas e mexido com o orçamento familiar! A culpa é da inflação! Mas você sabe o que significa inflação?
Inflação é o nome dado ao aumento de preços dos bens e serviços que são consumidos em determinado período de tempo, reduzindo, assim, o poder de compra do consumidor.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), seriam necessários cerca de R$ 6.298,91, aproximadamente cinco salários mínimos, para conseguir atender às necessidades básicas das famílias brasileiras, dada a inflação vigente.
Neste guia, vamos esclarecer o significado da inflação, como ela pode afetar o seu bolso e, finalmente, como ela se comporta em outros países. Não perca nenhuma informação.
O que significa inflação?
Causas
Pressões de demanda
Pressões de custos
Inércia inflacionária
Expectativas de inflação
Consequências
Como ela é calculada?
Você sabia?
Como a inflação afeta o seu bolso
Inflação nos países vizinhos
Pega caderninho e caneta e vamos aprender tudo sobre inflação!
O que significa inflação?
Para continuar esta leitura, é preciso compreender o que significa inflação, suas causas, consequências e como ela é calculada!
A inflação é o aumento dos preços dos bens e serviços. Simples assim! Mas não se engane, pois é preciso compreender por que ela acontece e quais as principais consequências.
Causas
As causas da inflação podem ser de curto ou de longo prazo, internas ou externas. Conheça, agora, 4 dessas causas mais frequentes e que podem determinar a inflação de um período.
1.Pressões de demanda
Isso acontece quando determinados produtos e serviços são mais procurados pelas pessoas. Como mais pessoas querem o item, então, o preço tende a subir.
Um bom exemplo é o setor imobiliário. O setor de imóveis é bastante importante na formação do indicador da taxa de inflação.
Por exemplo, se, em uma determinada área, deu-se início à construção de um condomínio de luxo e as pessoas começaram a se interessar pelos lotes desse novo empreendimento imobiliário, os preços tenderão a subir.
Quanto mais pessoas buscarem adquirir imóveis nessa região, mais caros eles tenderão a ficar aumentando também, o preço dos imóveis vizinhos. A isso damos o nome de inflação.
2.Pressões de custos
Para fabricar a maioria dos produtos, as indústrias dependem dos insumos. E se elas percebem que as matérias-primas necessárias na produção estão encarecendo, então, automaticamente, elas aumentam os preços.
O consumidor, que está na ponta, acaba sentindo os efeitos desses aumentos nos custos de produção e nem sempre sabe o porquê. Mas quando o preço do adubo aumenta, o preço de mercadorias do setor agrícola também dispara.
Isso desenrola uma cadeia de aumento de preços, porque, se o preço dos fertilizantes e outros insumos agropecuários aumentam, consequentemente, aumenta-se o preço do gado, e, até mesmo do leite e seus derivados.
3.Inércia inflacionária
A inércia Inflacionária acontece quando ocorre um reajuste automático dos preços baseado na inflação passada, refletindo nos preços atuais. É como se a inflação não sofresse uma alteração real.
Um bom exemplo são os aluguéis e as mensalidades escolares cujos valores mensais e possíveis reajustes são definidos no início do contrato, baseados em um índice de inflação. A esse processo, damos o nome de indexação.
4.Expectativas de inflação
A expectativa de inflação acontece da seguinte forma: o Comitê de Política Monetária (COPOM), que é um setor dentro do Banco Central, define a política monetária que determina a queda da taxa de juros, as pessoas começam a criar expectativas baseadas nessa decisão.
Se os juros caem, a tendência é que haja um aumento no consumo, porque os bancos também reduzem as suas taxas para empréstimos. Se a demanda por bens de consumo sobe, o preço também sobe e a inflação é inevitável.
Consequências
Das principais consequências geradas pela inflação, estão as incertezas dos agentes econômicos, prejudicando o crescimento da economia do país. Como há frequentes alterações nos preços dos bens de consumo, é inevitável uma crise financeira nacional.
Em termos gerais, as variações da inflação também influenciam o custo da dívida pública, pois devem ser aplicadas taxas de juros sobre a dívida pública, capazes de compensar os efeitos da inflação, além de incluir um prêmio de risco para compensar as incertezas associadas à inflação mais alta.
Se você deseja investir, que tal buscar uma assessoria de investimentos? Ao contratar uma boa assessoria, você consegue utilizar sua reserva financeira da melhor forma, de acordo com seu momento de vida!
Como ela é calculada?
A inflação brasileira é medida pelos índices de preço, e o mais importante é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Por meio de uma metodologia específica é que sabemos a taxa de inflação de um período.
Funciona da seguinte forma: todos os meses, são estimados os valores de determinados itens de uma cesta de consumo das famílias brasileiras. Por exemplo, alimentos, vestuário, transporte, educação, entre outros.
Podemos, também, citar outro índice nacional de preços muito relevante, que é o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), que é medido pela variação nos preços dos aluguéis.
A variação mensal dos valores desses itens é o equivalente à taxa de inflação, que pode ser maior que a do mês anterior, iguais ao mês anterior ou abaixo do mês anterior. Quando há uma queda nos preços, chamamos esse evento de deflação.
Você sabia?
Que quando os preços dos itens caem muito, ou seja, acontece deflação, não é uma situação favorável à economia?
Isso porque pode causar prejuízos às empresas, que vendem um estoque com preços menores que os adquiridos, bem como influenciar nas decisões de compra dos consumidores.
Isso inclui adiar investimentos e aquisições, modificando, inclusive, a expectativa de preços e deprimindo a atividade econômica.
A variação de preço dos produtos no mercado é totalmente normal e pode ser prevista e analisada de acordo com as taxas e as informações disponíveis. Mas como isso afeta diretamente seu bolso? Vamos descobrir agora!
Como a inflação afeta o seu bolso
Se você nasceu antes da década de 1980, já ouviu falar no período de hiperinflação que aconteceu aqui, no Brasil, nos anos de 1990. Os preços subiram todos os dias, chegando até 81,3% de aumento!
Em agosto de 2022, verificou-se uma inflação que alcançou 8,73%, conforme o Instituto Brasilleiro de Geografia e Estatística (IBGE), e acompanhar esses números é essencial para compreender de que forma isso afeta o seu bolso, até mesmo nas maiores economias do mundo.
Em primeiro lugar, há um grande desestímulo ao investimento, pois, como não há segurança quanto aos preços relativos, é muito difícil determinar se o preço de algo está barato ou caro.
Então, ela não modifica apenas sua decisão de investimento, mas a instabilidade econômica pode afetar o modo como você mantém os gastos da sua família. Em um caso como esse, vale sempre a pena pensar em manter uma boa reserva de emergência.
Inflação nos países vizinhos
O Brasil não é o único país que sofre com a inflação. Nos países vizinhos, aqui na América Latina, a economia também passa por um momento instável e a situação da Argentina é preocupante.
Os vizinhos latinos estão em um momento de alta da inflação, e também é umas das causas para o aumento disparado dos preços em mais de 6 meses após a Guerra da Ucrânia, que tem causado uma crise energética e alimentar no mundo.
A zona do euro tem sofrido com taxas de inflação que superam outras marcas históricas. Em agosto de 2022, chegou a 9,1%, refletindo a disparada dos preços de energia, citada acima.
O Banco Central Europeu, tenta manter a inflação constante de 2%, com medidas de política monetária, aumentando suas principais taxas de juros em 50 pontos-base em julho de 2022, mantendo uma expectativa de reajustes.
Para entender como a inflação está sendo devastadora, a Argentina é sua maior vítima, com mais de 71% de inflação e com previsões de continuar aumentando até o fim deste ano.
A BBC fez um estudo para entender como a inflação tem se comportado em relação a alguns produtos, como óleo de cozinha, farinha e gasolina, produtos básicos de consumo desses países.
Saber sobre inflação é muito importante, e conhecer questões econômicas pode interferir nas escolhas do seu portfólio de aplicações financeiras. Para acertar de verdade, que tal contratar uma assessoria de investimentos?
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