Curiosidades e fatos inusitados do mercado financeiro
por: Sofisa Direto
investimentos
14 de Novembro de 2024
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Descubra os fatos mais curiosos do mercado financeiro! Já imaginou como começaram as primeiras transações financeiras ou por que os esportes podem influenciar as ações? O universo financeiro vai muito além de números e gráficos, ele é repleto de histórias surpreendentes e inovações que mudaram o rumo da economia global.
Neste artigo, conheça desde a origem das primeiras bolsas de valores até a análise gráfica desenvolvida no Japão, e descubra curiosidades que vão desde o impacto de times de futebol no mercado até estratégias de investimento que rendem mesmo em tempos de queda.
Prepare-se para descobrir cinco fatos fascinantes e algumas das maiores curiosidades sobre o mercado financeiro e de capitais!
O que você vai ver nesse post?
Qual a história do mercado financeiro?
A análise gráfica de preços surgiu no Japão
5 fatos inusitados sobre o mercado financeiro
1. Empresas da Bolsa equivalem a 90,5% do PIB
3. Os esportes interferem no mercado de ações
4. Isaac Newton foi um investidor
5. É possível ter lucro com a queda das ações
Você sabia? As maiores curiosidades sobre o mercado financeiro do Brasil
Boa leitura!
Qual a história do mercado financeiro?
Conhecer a história do mercado financeiro já traz em si uma curiosidade, afinal, como eram feitas as transações em um mundo sem tecnologias? Essa história tem suas origens nas antigas civilizações, mas apenas durante a Idade Média e o Renascimento é que surgiram os primeiros bancos e casas de câmbio.
O primeiro banco que se tem notícia foi fundado na Itália no ano de 1407, e se chamava Banco di San Giorgio. Entretanto, não se sabe o lugar exato e a data em que o mercado financeiro teve suas primeiras negociações, mas é bem provável que tenha acontecido não somente na Itália, mas em diversos lugares do mundo ao mesmo tempo.
Diferentemente da origem do mercado financeiro, sabe-se que a primeira bolsa de valores oficial foi criada em 1531, na Bélgica, com o intuito de negociar empréstimos e produtos de diversos lugares do mundo, servindo de inspiração para a criação de outras bolsas, como a bolsa da Inglaterra, em 1571, e a da Holanda, em 1602.
Veja também:
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A bolsa de valores holandesa
A partir de 1500, a Holanda começou a desenvolver tecnologias como moinhos para bombear água e canalização para drenagem, se transformando em uma das potências econômicas da época.
Em 1602, o governo holandês fundou a Companhia Holandesa das Índias Orientais (VOC), considerada a primeira empresa a negociar ações no mundo. Inicialmente, precisou de investidores para financiar suas rotas comerciais e a exploração de especiarias, diferente da abertura de mercado hoje.
A análise gráfica de preços surgiu no Japão
Após o surgimento das primeiras bolsas de valores pelo mundo, o Japão fez a primeira análise gráfica de preços. Criou uma técnica de análise de preços, desenvolvida por Munehisa Homma, um homem que negociava contratos de arroz na cidade de Sakata.
Sua técnica se baseava na observação dos padrões de comportamento dos preços e, a partir das anotações que fazia, enviava mensagens para a cidade de Osaka com as sugestões de negociações.
A técnica utilizada por Homma se popularizou com o nome de gráfico de candlestick no Ocidente a partir dos anos 1980, graças a Steve Nison, que compartilhou a "arte japonesa de negociar" no mercado financeiro global, muito utilizada pelos operadores.
Muito legal, não é mesmo? Agora que você já conhece um pouco da história, conheça cinco fatos inusitados sobre o mercado financeiro que vão lhe surpreender!
5 fatos inusitados sobre o mercado financeiro
1. Empresas da Bolsa equivalem a 90,5% do PIB
Atualmente, a bolsa de valores brasileira, B3, tem listada mais de 400 empresas nos diversos setores e subsetores da economia. Além de negociar, de maneira indireta, as ações de mais de 100 empresas estrangeiras.
As empresas listadas na B3, mencionadas acima, representam 90,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e têm um papel fundamental no desenvolvimento econômico do país, pois estão relacionadas com obras de infraestrutura, recursos e no desenvolvimento da produção e da inovação.
2. Existem pregões de 2 horas
Antes de falar das horas de funcionamento de um pregão, você sabe o que é um pregão da bolsa de valores? O pregão se refere ao horário de funcionamento do ambiente de negociação dos papéis, onde cada bolsa de valores estabelece suas próprias regras.
Um caso curioso é o da China, conhecida por ter longas jornadas de trabalho. Entretanto, quando o assunto é o pregão da Bolsa de Valores de Xangai (SSE), o seu horário é bem diferente, somando apenas quatro horas de duração.
Geralmente, as negociações são interrompidas às 11h para que os operadores possam almoçar. Ao reduzir as horas de funcionamento no pregão, é um incentivo para aumentar o volume de negociação.
Algumas outras bolsas de valores espalhadas pelo mundo, como a da Turquia e de Singapura, adotaram essa prática. Na Jordânia, os operadores saem para almoçar e não precisam retornar, já que o horário de pregão da bolsa de Amã é apenas das 10h às 12h!
Para você ter uma ideia do quanto esses horários diferem do horário de funcionamento da bolsa de valores brasileira, na B3, o pregão acontece geralmente das 10h às 17h55, em dias úteis, e os ativos são negociados pela cotação do momento em que acontece a operação. Para outros tipos de mercado financeiro, entretanto, as regras são diferentes, como já foi dito anteriormente.
3. Os esportes interferem no mercado de ações
Este fato é realmente inusitado! Você sabia que diversos times do futebol europeu estão listados na bolsa de valores? E mais, que as ações desses times podem subir ou cair a depender das contratações, ou demissões de jogadores?
Por exemplo, quando a Juventus fez a aquisição de Cristiano Ronaldo no ano de 2009, o clube teve uma valorização de 200 milhões de euros na bolsa de Milão em questão de semanas.
Você sabe quem é o dono do clube inglês Manchester City? O Sheik Mansour chamou a atenção do mundo todo quando fez essa aquisição. Ele faz parte do City Football Group onde administra outros times, como o New York City e até o time brasileiro Esporte Clube Bahia!
E o interessante é que você não precisa ser um bilionário para investir em um time de futebol. Você pode ser um dos donos de um time, comprando suas ações na Bolsa de Valores! Já imaginou ser um dos donos da Juventus (ITA)?
A relação do esporte com as bolsas de valores é tão relevante que, na Índia, o críquete, esporte muito popular no país e os movimentos da bolsa passam pelo desempenho da seleção nacional, assim, quando a equipe ganha, a bolsa quase não reage, mas quando é derrotada, os índices indianos podem cair até 0,231%.
Legenda: Críquete: esporte popular da Índia e no mercado financeiro
4. Isaac Newton foi um investidor
Você certamente já ouviu falar sobre Isaac Newton, o grande responsável pelas leis fundamentais da física. Ele, além de ser um dos maiores cientistas da história, ainda encontrou um espaço na agenda para investir!
Ele adquiriu ações do setor de mineração, mais especificamente relacionadas à extração de ouro na América do Sul, que, durante muito tempo, gerou bons rendimentos, chegando até a dobrar o valor investido no início.
Infelizmente, seus investimentos não obtiveram o sucesso esperado, porque depois de um tempo, a mineração do ouro na América do Sul entrou em queda, prejudicando as aplicações neste ramo e, consequentemente, seus investidores.
Se até o Isaac Newton investiu no mercado financeiro, por que você ainda não começou? Abra sua conta agora mesmo no Banco Sofisa Direto e comece a investir! Descubra seu perfil de investidor e escolha os produtos que mais combinam com você!
5. É possível ter lucro com a queda das ações
Por mais estranho que possa parecer, muitas pessoas conseguem obter bons resultados na bolsa com a queda das ações. Para tanto, elas adotam uma estratégia que visa obter lucros nos momentos de baixa do ativo.
Uma das estratégias para ter lucro com a queda do ativo é conhecida como venda a descoberto, que funciona da seguinte maneira: você aluga uma ação de algum outro investidor que já possui o ativo, em que a parte locatária dos papéis receberá um aluguel independente do seu desempenho (esse empréstimo temporário geralmente tem um custo baixo - entre 1% a 3% ao ano).
Com a posse do ativo, você realiza a venda com a intenção de recomprar a um preço mais baixo após determinado período e devolvê-la ao seu ''dono''. Veja abaixo como funciona na prática:
- Após um estudo detalhado, você identifica um cenário de queda para um ativo financeiro;
- Você aluga e imediatamente vende um lote de 200 ações, em que cada papel vale R$24,50;
- Depois de algumas horas, você percebe que o mercado começou a negociar essas mesmas ações por R$23,50;
- Nesse momento, você compra 200 ações da mesma empresa que vendeu anteriormente e devolve ao locatário (doador), encerrando assim sua operação;
- Após esse movimento, considerando um custo do empréstimo de R$0,38 no lote de 200 ações, você conseguiu um lucro bruto próximo de R$1,00 por ação. Olhando para a quantidade de ações que você negociou, a operação de venda a descoberto renderia aproximadamente R$200 - R$0,38 = R$199,62.
Importante: operações de venda a descoberto podem exigir margem de garantia a ser depositada na B3 (Bolsa), além de incidência de imposto de renda sobre eventual lucro, a depender do volume transacionado.
Maiores curiosidades sobre o mercado financeiro do Brasil
Se você gostou desses fatos inusitados sobre o mercado financeiro, certamente irá ficar animado com essas curiosidades sobre o mercado financeiro do Brasil.
1. O Brasil já teve várias Bolsas de Valores
Atualmente, há apenas 1 bolsa de valores no Brasil, a B3. Entretanto, já existiram várias Bolsas de Valores no país, localizadas em diversos estados. Ao longo dos anos, elas foram sendo fundidas, até chegar na Bovespa, a Bolsa de Valores de São Paulo.
A Bovespa foi fundada em outubro de 1917, e por meio dela foram introduzidas as operações de compra e venda de ações em uma data futura e por um preço já estabelecido. Apenas em 1986, iniciou-se os pregões da Bolsa Mercantil & de Futuros (BM&F).
Depois de quase 100 anos, em março de 2017, a BM&F Bovespa passou a operar sob o nome de B3, como é conhecida atualmente por meio da Cetip SA – Mercados Organizados.
2. As maiores altas da bolsa
A bolsa brasileira teve seus pontos altos e um desses momentos foi em 4 de fevereiro de 1991, quando houve um registro de 36,05% em um único dia, durante o período do Plano Collor 2. A valorização aconteceu em razão da expectativa do mercado sobre um controle da hiperinflação que havia no Brasil.
Outro evento que ocasionou esta alta do índice foi a abertura de mercado financeiro para investidores estrangeiros, gerando um grande fluxo de capital externo.
A última alta surpreendente ocorreu em 13 de março de 2020, quando os índices financeiros atingiram 13,9% por conta das fortes quedas provocadas pela pandemia da Covid-19, período no qual a bolsa ficou muito desvalorizada.
3. Aumento da participação feminina na bolsa
Um fato muito curioso sobre o mercado financeiro brasileiro é que, apesar dos homens serem presença majoritária no mercado e na Bolsa de Valores, esse quadro tem mudado, visto que muitas mulheres têm se tornado investidoras.
Atualmente, as mulheres representam 25% dos investidores na B3, e os homens 75%. O número de investidoras passou de 137 mil para 1,4 milhão nos últimos 10 anos, se mantendo estável no período.
No ano de 2020, a taxa de crescimento do público feminino na B3 foi de 118%, representando 26,2% dos 3,2 milhões de investidores pessoa física. Esses números são um reflexo do aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, bem como do avanço nos esforços direcionados à educação financeira.
Uma informação bem curiosa, é que o perfil feminino é bem mais focado em seus objetivos e propósitos do que na rentabilidade das aplicações. A rentabilidade é um fator muito importante, mas também é necessário saber fazer boas escolhas quando o assunto é mercado financeiro. Saiba como escolher melhor seus investimentos!
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