O mês de julho proporcionou uma visão mais nítida dos cenários político e econômico no Brasil e no exterior, servindo de apoio para correções positivas no mercado, especialmente para Renda Fixa, e impulsionando um novo ciclo de valorização das nossas recomendações.
A Carta Mensal de agosto, assinada por Roberto Carline, estrategista-chefe do Banco Sofisa Direto, apresenta análises essenciais para investidores e destaca as principais oportunidades e riscos no cenário atual. Confira mais neste post.
Acesse a Carta Mensal para orientações informadas que não se limitam apenas a cálculos de inflação e outros índices, mas que oferecem insights detalhados sobre investimentos alinhados aos seus objetivos financeiros!
No Brasil, o anúncio de R$ 15 bi em cortes orçamentários pelo Executivo no dia 18 de julho não foi recebido de maneira uniforme pelo mercado. Os investidores aguardam mais negociações e alinhamentos no Congresso para que o tema da desoneração avance com a retomada dos trabalhos agora em agosto.
O Senado, por meio da Instituição Fiscal Independente (IFI), destacou a necessidade de cortes adicionais, que variam entre R$ 13,9 bi (para alcançar uma economia de R$ 28,9 bi) e R$ 42,7 bi (para atingir a meta de R$ 57,7 bi). Até o momento, o saldo foi positivo, mas o governo federal precisará de mais esforço para garantir maior credibilidade na gestão fiscal, reduzir a percepção de risco e melhorar a trajetória do endividamento.
No cenário global, a manutenção das taxas de juros pelo COPOM e pelo Fed, a decisão do Banco Central Europeu (ECB) de cortar taxas e o aumento das taxas pelo Banco do Japão (BoJ) colocam em foco a política dos EUA. A troca de Joe Biden por Kamala Harris na candidatura presidencial reabriu a corrida eleitoral, estimulando o mercado financeiro.
As notícias políticas na França com a rejeição de Marine Le Pen, e no Reino Unido com a ascensão do novo primeiro-ministro Keir Starmer e retorno do Partido Trabalhista, também foram bem recebidas.
A percepção de risco-país melhorou levemente, e o S&P 500 alcançou novos recordes, no entanto, a crescente dispersão das expectativas econômicas globais é uma preocupação para a segunda quinzena do mês. A diversificação e o equilíbrio entre rentabilidade, liquidez e risco permanecem essenciais para as estratégias de investimento.
Conforme alertado no início de julho, a melhora nas perspectivas de curto prazo não deve ser vista como uma superação das fragilidades econômicas do Brasil. Estas fragilidades continuam a exigir serenidade, diálogos e ações que busquem aproximar ainda mais as contas públicas de um ponto de equilíbrio sustentável.
O Senado, através da IFI, apontou a necessidade de cortes no orçamento, enquanto o aumento dos gastos com as eleições municipais e a dificuldade em aumentar receitas exigem mais energia do governo para alcançar credibilidade e melhorar a gestão fiscal.
As perspectivas estão divididas entre dois cenários: um de novas revisões orçamentárias e cortes que poderiam reduzir o déficit e melhorar a percepção de risco, ou uma acomodação que pode levar a uma piora inflacionária e ao aumento do risco.
Nossa visão é que o primeiro cenário prevalecerá, com uma melhora na percepção de risco. Mantemos a recomendação de resiliência, especialmente em estratégias de Renda Fixa prefixada e vinculada à inflação, para aproveitar as oportunidades geradas pela diversificação.
A expectativa é que o Banco Central do Reino Unido reduza sua taxa de juros para 5% devido à inflação de 2%, e que agosto esteja focado na política dos EUA e nos dados econômicos, para refinar as projeções sobre o início do ciclo de cortes de juros pelo Fed.
Embora haja expectativas de estímulos chineses e movimentos adversos no mercado de câmbio, a atenção principal estará na disputa presidencial americana e no possível "pouso suave" da economia dos EUA.
Portanto, a percepção de risco global tende a oscilar, impactando a volatilidade dos mercados internacionais e, possivelmente, influenciando o mercado brasileiro, especialmente a Bolsa de Valores e o câmbio.
Com a manutenção da taxa Selic em 10,50%, e com as recentes oscilações na Renda Fixa, as suas alternativas prefixadas e também vinculadas à inflação (IPCA) continuam a oferecer oportunidades. As taxas elevadas e a correção das distorções de mercado criam um ambiente favorável para esses investimentos.
No campo dos multimercados, julho confirmou a expectativa de um desempenho positivo, com o IHFA alcançando 166% do CDI, e a nossa estratégia continua a mostrar consistência.
O Índice Bovespa enfrenta desafios para superar 135 mil pontos devido ao risco-país, embora ainda existam oportunidades no mercado de ações. Mantemos a estratégia de alocação em Bolsa com foco em proteção, recomendando a combinação de estratégias long-baised e long-short para maximizar retornos enquanto se protege contra possíveis quedas.
Roberto Carline traz uma visão abrangente do cenário macroeconômico, oportunidades de mercado e tendências de investimentos, tanto no mercado financeiro brasileiro quanto global.
Bob, como é conhecido, é uma referência no mundo financeiro e, mensalmente, compartilha análises sobre as dinâmicas econômicas atuais, oferecendo orientações para guiar decisões estratégicas de investimento. Seu conhecimento proporciona uma compreensão das influências que moldam os mercados e revela oportunidades para maximizar retornos e mitigar riscos.
Aqui, no Banco Sofisa Direto, ao investir a partir de R$50 mil, você conta com uma assessoria financeira especializada e todo o suporte necessário para a tomada de decisões alinhadas aos seus objetivos e perfil de investidor.
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