Um dos assuntos em alta no mercado financeiro atualmente é a chegada do Open Banking, um sistema que deve possibilitar mais opções de produtos e serviços financeiros, com menos custos e mais transparência aos clientes finais, o que garante para esses, também, mais autonomia sobre sua vida financeira. Mas você sabe como funciona o Open Banking?
Nesse artigo, vamos explicar com detalhes um pouco mais sobre esse novo sistema e as possibilidades que ele apresenta para o mercado e clientes. Prepare-se e boa leitura!
Basicamente, o Open Banking é um conjunto de tecnologias e regras que vai possibilitar o compartilhamento de dados e serviços dos clientes entre as instituições financeiras por meio de seus sistemas integrados.
A base do funcionamento do Open Banking é o consentimento do usuário, ou seja, uma instituição financeira deve, obrigatoriamente, fazer o compartilhamento de dados do cliente solicitante (tanto pessoas físicas quanto jurídicas) com outra instituição mediante sua autorização. A solicitação de compartilhamento não será feita por um novo aplicativo criado especificamente para esse fim e sim pelos próprios aplicativos já existentes das instituições financeiras.
O Open Banking não é uma exclusividade brasileira. O Reino Unido e países como Austrália e Índia já adotaram esse sistema e outros países como Estados Unidos, Canadá e Rússia estudam formas de implementá-lo em seus sistemas financeiros.
No Brasil, o compartilhamento de dados deve referir-se aos dados cadastrais que são utilizados para abrir uma conta em banco, por exemplo, ou dados que permitam contratar um serviço ou realizar um pagamento, como o PIX.
Esses dados são, geralmente: dados pessoais - como nome, CPF/CNPJ, telefone, endereço e outros -; dados transacionais - como informações de renda, faturamento (no caso de empresas), perfil de consumo, capacidade de compra, conta-corrente e outros -; e dados sobre produtos e serviços utilizados pelo cliente - como informações sobre empréstimos pessoais, financiamentos, entre outros. O compartilhamento de dados deve ser sempre autorizado pelo usuário e terá duração máxima de 12 meses, devendo ser dado um novo consentimento após esse prazo.
A liberação de dados pelo Open Banking deve ocorrer gradualmente durante o ano de 2021 e o princípio de reciprocidade é a característica principal para a participação das instituições financeiras. Ou seja, para que uma instituição financeira possa aderir ao sistema e receber as informações dos usuários, deve, também, compartilhar os dados de sua base, quando os clientes consentirem com esse compartilhamento de dados.
Caso o cliente queira que seu banco compartilhe seus dados com uma outra instituição ele precisa iniciar o processo de solicitação na instituição que vai receber os dados. Em seguida, essa instituição vai avisar o banco atual sobre a solicitação desses dados.
No próximo momento, o banco do cliente deve confirmar com o mesmo se houve a solicitação de compartilhamento de dados e, caso seja confirmado pelo cliente, o banco deverá compartilhar os dados com a outra instituição.
Atenção! Vale lembrar que esse deve ser o padrão de fluxo de consentimento, mas ainda não é possível saber como cada instituição financeira implementará o fluxo de forma mais detalhada.
O sistema de Open Banking parte do princípio que os dados do cliente são de sua propriedade e não de seu banco. Dessa forma, é possível entender que o Open Banking funciona como se o cliente pudesse “criar seu próprio banco”, escolhendo os serviços mais vantajosos para si independentemente da instituição financeira aos quais pertençam. É claro que, para que esses serviços estejam disponíveis para o cliente, as instituições devem estabelecer parcerias entre si.
O sistema de Open Banking pretende, então, reduzir as barreiras de entrada no mercado financeiro, democratizando empréstimos e diversos outros serviços e produtos financeiros. Assim, fica mais fácil para o cliente abrir contas e consumir produtos e serviços em diferentes instituições ao mesmo tempo, o que deve movimentar o mercado financeiro.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre o Open Banking, que tal ver mais conteúdos informativos sobre investimentos e sobre o mercado financeiro? No blog Sofisa Direto você pode esclarecer dúvidas e encontrar as melhores dicas de investimentos de acordo com seu perfil.