Com a ajuda da tecnologia, transferências entre bancos são tarefas relativamente simples. Basta escolher se será presencial, em caixas eletrônicos ou via internet banking. Depois, é preciso saber o valor a ser transferido, o nome completo e CPF ou CNPJ do beneficiário, os dados do banco, agência e conta, informações do recebedor, o tipo de conta e, por fim, qual modelo de transferência é melhor. Bom, é nessa parte que algumas pessoas têm dúvidas.
Atualmente, existem duas maneiras de fazer transferências entre bancos: TED e DOC. As duas alternativas têm o mesmo objetivo, mas apresentam características distintas, que são vantajosas ou não dependendo do caso. As transferências podem ser feitas entre contas com o mesmo titular ou com diferente titularidade (isto é, entre contas com outro CPF ou CNPJ), facilitando as transações.
Quer saber qual é a diferença entre TED e DOC e qual dos dois escolher de acordo com cada situação? Confira o nosso artigo!
A sigla significa “Transferência Eletrônica Disponível”. Essa modalidade foi criada em 2002 pelo Banco Central do Brasil (BCB) para transferências superiores a R$ 5 milhões. A partir do lançamento esse valor foi reduzindo e desde 2016 não existe quantia mínima.
A operação só pode ser realizada com dinheiro na conta e em dias úteis, mas o valor chega para o destinatário no mesmo dia, desde que tenha sido enviado até o horário determinado pelo banco (normalmente até as 16h).
O prazo para que o dinheiro esteja na outra conta pode variar de acordo com o banco, e costuma ser dentro de 5 a 60 minutos. Isso acontece porque esse tipo de transferência não passa pelo Compe (Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis), sendo liquidada praticamente no mesmo instante. Portanto, se tudo estiver correto, a operação também não pode ser estornada.
O Documento de Ordem de Crédito é uma transferência para quantias inferiores a R$ 4.999,99. O valor fica disponível na conta do beneficiário no dia útil seguinte, se a operação for feita até as 21h59 do dia anterior (horário de Brasília). Após esse horário, o valor será creditado para o beneficiário no segundo dia útil.
Por exemplo, um DOC feito segunda-feira depois do horário estabelecido só será creditado para o destinatário a partir de quarta-feira.
O prazo, diferentemente da TED, é devido à compensação do documento, semelhante à compensação de cheques. O dinheiro é debitado da conta do emitente na mesma hora, porém só será creditado na conta do beneficiário após o prazo.
Basicamente, a diferença entre as duas modalidades é o prazo para a transferência e o limite de valor, além das tarifas cobradas por operação, que podem ou não estar inclusas no pacote contratado por mês.
O importante é avaliar, em conjunto com as características de cada um, a tarifa cobrada. O Banco Central não estipula uma quantia para as tarifas, fica a critério da instituição estabelecer o preço para os serviços.
Não há variações de tarifas entre o tipo de transferência (TED ou DOC). Entretanto, para cada tipo de operação (presencial, eletrônica ou online), é cobrada uma tarifa, que também muda de pessoa física para jurídica. O Banco Sofisa não cobra por esse tipo de operação. Mas de acordo com dados disponibilizados pelo Banco Central, a maioria dos bancos cobra por tais serviços e os valores para TED online.
Para todas as aplicações, incluindo as que demandam urgência e superam R$ 4.999,99, a TED é adequada. Já para quantias menores e sem tanta urgência, o DOC pode ser usado, mas não apresenta vantagem. Em termos gerais, a TED pode ser utilizada em qualquer situação, se tornando mais vantajosa e diminuindo o número de operações de DOC, fato que gera até especulações acerca do fim da operação (nada foi confirmado pelo Banco Central).
Fazer uma transferência financeira é sempre um momento de tensão e estresse. Afinal, estamos lidando com dinheiro (muitas vezes em grande quantidade) e qualquer erro pode resultar na perda dos valores envolvidos.
Além disso, todo cuidado é pouco a fim de evitar invasões nas barreiras de segurança e fraudes na sua conta. Portanto, é necessário tomar algumas precauções na hora de realizar um TED ou DOC para garantir que tudo vai ocorrer sem problemas.
Veja abaixo algumas dicas para fazer sua transferência com segurança!
Talvez a principal razão dos problemas com transferências bancárias esteja na hora de inserir os dados do beneficiário, ou seja, de quem vai receber o dinheiro enviado.
Como dinheiro é coisa séria, o sistema de transferência é muito preciso e não aceita nenhum tipo de dado incorreto. Um erro aqui pode virar um grande problema, especialmente no caso do TED, que não possibilita estornos. Ou seja: se enviar para a pessoa errada sem querer, não tem como recuperar.
É por isso que você deve conferir todos os dados do seu envio monetário mais de uma vez antes de confirmar a operação. Por sorte, não são tantas as informações importantes. Veja a seguir:
Em geral, esse é o dado mais negligenciado na hora de fazer um DOC ou um TED. Muitos sistemas de transferência permitem buscar pelo nome do banco e completar essa informação automaticamente, mas é sempre necessário conferir se você selecionou a instituição correta.
Por exemplo, alguns bancos (como o Itaú), têm variantes no sistema de transferência — nesse caso, o Itaú BBA ou o Itaú Unibanco SA. Por isso, sem a confirmação desse número, a transferência pode ir para o lugar errado.
Se for enviar dinheiro para alguém, a pessoa provavelmente informará esses números para você. A dificuldade fica na parte do preenchimento dos dados no sistema de transferência.
O padrão é que o número da agência bancária venha sem dígitos e o número da conta tenha dígitos.
No caso da conta, alguns sistemas pedem que você digite o número completo, com o dígito, em um campo só (por exemplo: "Conta: 12345-6"). Já outros pedirão pelo número em um campo e o dígito em outro (exemplo: "Conta: 12345; Dígito: 6"). Em alguns casos, o campo do dígito virá assinalado como “DV”, ou Dígito Verificador.
Esses são os dados de identificação pessoal de quem receberá a transferência. Você provavelmente precisará inseri-los no sistema ou confirmá-los na tela. Verifique todos os números mais de uma vez para garantir que não deixou passar nenhum deles sem querer.
Se algum desses dados estiver preenchido incorretamente, o valor transferido voltará para sua conta como um estorno e o sistema notificará o código do erro.
Porém, caso você acabe enviando o dinheiro para a pessoa errada, será difícil recuperá-lo, então tenha muita concentração durante todo o processo.
Muitos bancos têm aplicativos para computador ou celular nos quais os clientes podem acessar suas contas, fazer transferências e até investimentos.
Normalmente, esses apps são programados com tecnologia de ponta e são quase impenetráveis para hackers e pessoas mal-intencionadas. Porém, muitas vezes os criminosos conseguem driblar essas barreiras explorando a parte humana do processo: o próprio cliente.
Não são incomuns casos nos quais clientes são enganados e baixam aplicativos maliciosos para seus smartphones ou computadores. Esses programas podem roubar dados (como suas credenciais de acesso ou senhas) e fornecê-los aos criminosos por trás do seu desenvolvimento.
Por isso, tenha sempre um antivírus de qualidade instalado e atualizado no dispositivo que você usa para acessa a sua conta online.
Além disso, instale todos os dispositivos de segurança que os bancos fornecem, como um token, chave de segurança, cadastramento biométrico e qualquer outra medida sugerida. Quanto mais protegido, menor a possibilidade de fraude.
Como você lida com os comprovantes das suas transferências? Muitas pessoas simplesmente amassam e colocam no bolso, isso quando não jogam o papel fora.
Essa atitude é perigosa, pois o comprovante é a principal defesa que você tem contra algum erro no envio do seu dinheiro. Com ele, é possível entrar em contato com o banco e disponibilizar os dados essenciais para que a instituição financeira possa identificar a transação e entender o que aconteceu.
Por isso, guarde os seus comprovantes em um lugar seguro até ter total certeza que eles não serão necessários em nenhum momento. Não jogue-os dentro da mochila ou bolsa, com o risco de perdê-los ou torná-los ilegíveis.
Fazer um TED ou um DOC pode ser uma tarefa complicada às vezes. Os sistemas costumam facilitar ao máximo mas, mesmo assim, pode ser difícil cumprir a tarefa — especialmente quando tem uma fila de gente estressada atrás de nós no caixa eletrônico.
Por mais complicada que essa situação seja, nunca é recomendável que você peça a ajudar de estranhos para finalizar a transferência. Se alguém se voluntariar para ajudar, negue e tente alertar os seguranças ou trocar de caixa eletrônico.
Além disso, nunca confie os seus dados de acesso (como número da agência, conta e senha) para qualquer pessoa, nem mesmo alguém pelo telefone que diga ser um representante do seu banco. Nenhuma instituição solicita esses dados em uma ligação e, mesmo que peça, diga que só vai entregar se for até uma agência e falar com seu gerente. Assim você fica mais protegido de possíveis fraudes ou golpes.
Quando fizer um TED ou um DOC para alguém, em especial se for uma pessoa que você não conhece pessoalmente ou não faz parte do seu círculo social mais íntimo, mantenha a atenção no seu saldo bancário por um período.
Normalmente, o indicado é ficar de olho por cerca de uma semana, um bom período de “quarentena”, para garantir que o valor saiu da sua conta e se está tudo bem identificado no seu extrato.
Essa atitude ajuda a notar se algo deu errado com o preenchimento dos dados e sua transferência não foi realizada. Também permite que você perceba caso algum tipo de movimentação exterior aconteça na sua conta. Assim, você pode bloquear o dinheiro antes que um prejuízo muito grande ocorra.
Depois que fizer a transferência para alguém, tire uma foto do comprovante e envie para o beneficiário, pedindo uma confirmação de recebimento do valor enviado.
Hoje em dia, com aplicativos de mensagens instantâneas como o WhatsApp ou o Messenger, é bem fácil tirar uma foto do comprovante pelo celular e questionar se o dinheiro caiu na conta da pessoa.
Pode demorar um pouco para o valor chegar, por isso não se desespere. Como já dissemos, normalmente o TED é debitado no mesmo dia, mas se você fizer a transferência depois das 16h, o dinheiro só será recebido no próximo dia útil.
Com o DOC, esse prazo pode ser um pouco maior, por isso tenha paciência que logo você terá a confirmação de que sua transferência foi feita com sucesso.
Um dos grandes perigos de acessar a sua conta pelo celular é fazer isso por meio de uma conexão não segura.
Pessoas mal-intencionadas podem interceptar a conexão e roubar seus dados se ela não estiver protegida no momento do envio.
Sendo assim, evite entrar na sua conta bancária em redes Wi-Fi públicas, como conexões no aeroporto, restaurantes ou no transporte coletivo. Essas redes não são tão protegidas quanto as privadas.
Pode parecer paranoia, mas não é. Segundo o experimento de uma empresa de segurança digital britânica, uma menina de 7 anos foi capaz de se infiltrar em uma rede pública em menos de 11 minutos, incluindo o tempo que ela teve que pesquisar tutoriais na internet para descobrir como fazer.
Portanto, quando for entrar na sua conta para enviar um dinheiro pelo seu celular ou computador, faça na sua casa, utilizando a sua conexão protegida por vários protocolos de acesso.
Seguindo esses passos, você conseguirá saber exatamente se deve fazer um TED ou DOC para enviar um dinheiro para aquele conhecido ou pagar por algum serviço e ainda vai fazer essa transferência sem correr nenhum risco.
Se você quer se aprofundar na questão da sua proteção digital, conheça nossas 6 dicas para garantir sua segurança online!