Alcançar estabilidade no orçamento da casa exige um bom nível de comprometimento de todos que dividem o mesmo teto. Por isso, é muito importante que os pais aprendam como engajar os filhos na economia familiar desde cedo.
Pode parecer difícil conseguir colocar as crianças para participar da economia da casa. Afinal, orçamentos, gastos, contas e poupanças não são o assunto preferido da criançada, não é mesmo?
Porém, é possível sim conquistar a participação e o compromisso dos filhos na vida financeira da família sem grandes dificuldades. Nós separamos 7 dicas excelentes para ajudar você nessa missão. Confira abaixo!
O sucesso do engajamento dos filhos na economia familiar começa na hora de planejar o orçamento da casa. Se a ideia é criar um planejamento coletivo para a família, então todos devem participar e ser ouvidos.
Quando apenas os pais decidem como a economia da casa será dividida e quanto será gasto em cada área, os filhos se sentem apenas cumprindo ordens e não conseguem se engajar nesse exercício.
É muito mais produtivo inserir as crianças na hora do planejamento, ouvir suas necessidades e colocá-las como parte importante do orçamento. Assim, elas se sentem mais comprometidas e engajadas com a economia familiar.
Crianças não possuem as mesmas informações que os adultos e nem conhecem algumas particularidades sobre o mundo onde vivem. É comum ver pais contando histórias de como os filhos acreditam que é “só passar o cartão” para poder comprar algo, sem entender que é preciso possuir crédito ou dinheiro no banco para isso.
Portanto, é normal que seus filhos não tenham um esquema de prioridades para cada gasto. Eles não sabem, por exemplo, que precisamos pagar a água que consumimos em casa ou toda a energia elétrica para o computador funcionar ou jogar videogame.
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Planejamento financeiro familiar: como garantir o futuro dos filhos?
É por isso que é útil sentar e conversar com seus filhos e explicar que existem gastos essenciais para a família (aluguel, água, luz, gás, comida), gastos importantes (prestação do carro, gasolina, escola, cursinho, roupas) e gastos complementares (mesada, lanche, videogame, cinema, jantar fora) — confira mais sobre cada tipo de gasto aqui.
Assim eles podem entender a prioridade de cada parte do orçamento e compreender por que não é possível gastar tudo em videogame, por exemplo.
Tanto adultos quanto crianças precisam de metas simples e objetivas para engajar em algo como um orçamento familiar.
É muito difícil para qualquer pessoa manter a disciplina, especialmente crianças, sem uma ideia de que existe uma “linha de chegada”, um objetivo mensurável e alcançável que justifica os esforços ou sacrifícios necessários da jornada.
Por isso, estabeleça de cara quais serão os objetivos coletivos da economia familiar. A ideia é limpar todas as dívidas da família? Juntar dinheiro para uma viagem de férias para a Disney? Alcançar a estabilidade financeira?
Após definir as metas da família, prossiga deixando que cada pessoa estabeleça metas pessoais para ajudar na meta coletiva. Se a família precisa juntar X valor para ir até a Disney, por exemplo, talvez seu filho possa ajudar ao vender alguns games que ele não joga mais ou sua filha possa decidir economizar 30% da mesada para a meta.
Assim, as crianças se sentem mais colaborativas e participativas na economia familiar.
Reforços positivos são essenciais para manter uma criança engajada com alguma tarefa, especialmente quando o senso de responsabilidade ou comprometimento ainda não está muito desenvolvido.
Para ajudar a mantê-las comprometidas com a economia familiar, ofereça recompensas para cada meta cumprida dentro de casa. E essas recompensas não precisam ser financeiras!
Por exemplo, se seus filhos toparam contribuir com os afazeres domésticos em casa para economizar na faxina, deixe que eles durmam na casa de um colega no fim do mês. Se todos contribuíram para a diminuição da conta de luz, deixe que as crianças escolham o sabor da pizza no fim de semana.
Uma das maneiras mais eficazes de ensinar economia familiar e o valor do dinheiro para as crianças é por meio de uma mesada. Com esse recurso, elas passam a entender que não dá para gastar tudo de uma vez e aprendem na prática a prioridade de cada gasto.
Para ajudá-las nesse processo educacional, ofereça orientação no uso da mesada. Sente-se com seus filhos e ouça que tipo de necessidades eles possuem durante o mês para utilizar a mesada.
Pode ser que um dos seus filhos gaste boa parte da mesada com um salgado na cantina da escola, quando ele poderia comprar uma fruta para levar e juntar dinheiro para um cinema com os amigos no fim de semana ou um jogo novo no fim do mês.
Esse processo de orientação ajudará as crianças a entender como gerenciar melhor o próprio dinheiro e como contribuir para a economia da casa.
A gamificação — a ideia de transformar processos da vida cotidiana em jogos — é uma das grandes tendências do nosso século. Várias empresas e instituições de ensino estão utilizando esses conceitos para aumentar a produtividade dos funcionários ou a aprendizagem dos seus estudantes.
Você também pode usar a gamificação em casa para engajar seus filhos na economia familiar. Afinal, crianças e adolescentes são ótimos em jogos e tudo fica mais simples nesse formato!
O segredo para transformar a economia familiar em um jogo é criar mecânicas que incentivem a boa conduta no orçamento da casa. Por exemplo, quem conseguir cumprir as metas de poupança do mês ganha 15 pontos ou quem descobrir uma forma de economizar na conta de luz ganha mais 30 pontos.
Depois, cada pessoa pode usar seus pontos para ganhar uma recompensa especial. 20 pontos podem ser trocados por escolher o filme que a família vai assistir no fim de semana ou 55 pontos valem para ficar acordado até mais tarde.
Todas essas dicas são importantes para engajar as crianças na economia familiar, mas elas serão inúteis se os chefes da casa não liderarem pelo exemplo.
Seus filhos não terão nenhum incentivo ou ânimo para continuar participando das economias da família se você não conseguir cumprir suas metas. Se eles fazem sacrifícios, mas os pais acabam gastando mais ou não participam das regras do orçamento da casa, então eles se sentirão injustiçados e isso vai quebrar o compromisso que assumiram com a economia familiar.
Portanto, lembre-se de que você é o líder moral dessa jornada e que seus filhos estarão sempre de olho no seu exemplo.
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