Se você acompanha pelo menos um pouco as notícias sobre a economia do país, com certeza já ouviu falar na Taxa Selic. Certo?
Hoje nós vamos falar sobre ela! Vamos explicar um pouco melhor sobre o que é esta taxa, como ela funciona e a importância dela para a economia brasileira. Vamos lá?
Resumo do post
Considerada a taxa básica de juros da economia, a Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é um dos principais índices emitidos pelo governo. Com base na Selic, bancos e as demais instituições financeiras do país definem as próprias taxas de juros dos seus produtos (empréstimos e investimentos, por exemplo).
Ela também é o principal instrumento de política monetária usado pelo BC (Banco Central) no controle da inflação.
Aqui vale a pena já te explicar o motivo pelo qual a Selic é tão importante no controle da inflação:
Quando a Selic está em alta, consequentemente, os produtos relacionados a crédito, tornam-se mais caros também, o que isso significa? Que fica mais caro contratar financiamentos e empréstimos, fazendo com que muitos desistam de "gastar" esse dinheiro.
Esse número de pessoas injetando menos dinheiro na economia, automaticamente faz com que os preços caiam, levando a inflação (aumento dos preços de bens e serviços) a recuar.
Em contrapartida, quando a inflação está sob controle, o governo tende a reduzir a Selic para aumentar a quantidade de dinheiro circulando e por consequência, estimulará a economia.
Conseguiu entender como essa taxa afeta tão diretamente a nossa economia (e os nossos hábitos de consumo?). Ela é a taxa que influencia praticamente todas as outras taxas existentes no nosso país.
Ah, uma curiosidade: a Selic tem o nome "Selic" devido ao Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, sistema este que é administrado pelo BC, onde são negociados títulos públicos federais.
A média da taxa registrada nessas operações diárias de curtíssimo prazo (vencimento de 24h) entre as instituições financeiras é equivalente à taxa Selic.
Se ela é tão importante assim, como ela é definida?
Bom, como calcular a taxa Selic é uma pergunta muito comum, mas a Selic é determinada pelo Comitê de Política Monetária, o Copom.
Este órgão pertence ao Banco Central do Brasil e a cada 45 dias, seus respectivos participantes são reunidos para definir a taxa básica de juros.
De acordo com o próprio BC, durantes estes encontros, são levados em consideração alguns pontos como as perspectivas da economia nacional e mundial, além de também considerar a liquidez e comportamento dos mercados.
Se você gosta de assuntos relacionados à economia e quer aprender mais sobre isso, vamos dar uma dica: até seis dias após a reunião do Copom, é disponibilizada ao público a ata dessa reunião.
E você pode pensar: "mas para que eu quero ler a ata se eu já vou saber se a Selic subiu ou caiu?". É uma pergunta justa. Mas veja só: na ata do Copom, conseguimos ter ciência de todos os itens que foram discutidos e que levaram ao aumento ou à baixa da taxa.
Essa troca de informações nos ajuda a ter uma visão mais ampla do mercado como um todo e até mesmo a gerar expectativas para os próximos meses. Essa ata costuma ser bem completa e conter uma análise de tudo o que foi discutido bem como um panorama econômico daquele período e até algumas perspectivas para o futuro.
Veja também:
Se a Selic impacta tanto na atividade econômica do nosso país, inevitavelmente ela impacta também nos investimentos.
Uma coisa boa é que o impacto da Selic pode ser positivo em alguns cenários para determinados tipos de investimentos.
Via de regra, a Selic tem maior benefício nos investimentos de renda fixa, visto que eles não dependem da oscilação do mercado. Mas existe um ponto de atenção aqui: ao escolher um investimento em renda fixa, acompanhe a tendência da Selic antes de escolher o investimento propriamente dito.
Porque os bancos sempre irão seguir a tendência do mercado, então, se a Selic tende a cair, os bancos "antecipam" isso e alteram as taxas oferecidas. Tempos de Selic em alta tendem a oferecer maior rentabilidade, o oposto também é verdadeiro.
Já quando falamos nos investimentos pós-fixados ou atrelados a índices como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), vai depender muito da oscilação da taxa.
Tendo em vista essas nuances e impacto nos investimentos, é muito importante analisar as perspectivas da taxa para o prazo do seu investimento (principalmente se o investimento for em renda variável).
Mas não só para a renda variável, como nós já falamos, embora a renda fixa não sofra alterações durante o período de vigência do investimento, começar a investir em um período de baixa da Selic pode te trazer menor rendimento.
Embora a Poupança não seja um tipo de aplicação com o melhor rendimento, é um exemplo bem prático para te ajudar a entender melhor a relação da Selic com um investimento em renda fixa.
Ah, é importante que você saiba que, em 2012, o governo instituiu uma regra com relação à Poupança e à Selic, que é a seguinte:
Válido destacar que essa regra é válida somente para a Poupança, ok?
Bom, a tendência deste ano (2022), por hora, é que a Selic aumente cada vez mais. Não sabemos por quanto tempo, mas por enquanto, vamos trabalhar com a perspectiva de um cenário de alta.
Dito isso, quais seriam os melhores tipos de investimentos? Bom, como já falamos, a Selic beneficia particularmente os investimentos em renda fixa, porém, é importante que você também olhe para os investimentos em renda variável, uma vez que a diversificação de carteira é essencial para todo e qualquer investidor.
Os títulos de renda fixa atrelados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) são boas opções, visto que esse tipo de investimento irá proteger o seu investimento da inflação. A remuneração desses títulos depende de alguns fatores, como o tipo escolhido.
No Sofisa Direto, você pode investir no CDB atrelado ao IPCA ou no CDB prefixado, ambos excelentes opções para este momento.
No caso do CDB prefixado, desde o momento da aplicação, você investidor já sabe previamente a quantia exata que resgatará na data do vencimento. Com as taxas de juros fixas, o rendimento não sofre variações e é possível identificar exatamente quanto o seu dinheiro é valorizado.
Já o CDB atrelado ao IPCA, diferente do anterior, é composto por duas partes: os juros prefixados e uma taxa de rentabilidade variável. Ou seja, se você tem uma aplicação, nesse caso ela renderá de acordo com o variação do IPCA mais uma taxa de juros fixa.
Agora, se você já tem uma visão mais ampla sobre os pontos que abordamos aqui, é válido ver um pouco mais a fundo os fundos de investimentos. Investir em fundos de gestoras com rendimentos atrelados à Selic pode funcionar bem em tempos de alta.
Hoje em dia, existe uma gama muito grande de investimentos digitais, que podem ser bem aproveitados. No próprio aplicativo do Sofisa Direto, você pode encontrar diversas opções e ainda contar com a ajuda do nosso robô de investimentos para escolher a melhor opção de investimento de acordo com a sua necessidade!
Inclusive, se você quiser aprender mais sobre o universo dos investimentos e conhecer melhor o Sofisa Direto, aproveite para visitar o nosso site: Sofisa Direto.
Até a próxima!