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Vamos lá!

Educar os filhos financeiramente é uma atividade que os pais devem priorizar. No entanto, nem sempre é fácil saber qual é a melhor atitude nesse momento. Uma prática interessante é a mesada educativa.

Essa é uma ferramenta eficiente para ensinar crianças e adolescentes a lidarem com o dinheiro. Além disso, permite que a família mantenha sua estabilidade e que todos percebam a importância da economia.

Para entender melhor como a mesada deve funcionar, este post vai dar dicas sobre como definir um valor adequado e de que modo apresentar essas questões aos filhos para que eles compreendam que a atitude é justa.

Gostou? Então, acompanhe!

O conceito de mesada educativa

Na fábula da cigarra e da formiga, a primeira fica cantando e dançando o verão todo, enquanto a segunda trabalha dia e noite. Durante o inverno, a situação se inverte.

A formiga deixa de trabalhar e aproveita os recursos que economizou. Já a cigarra tem que correr atrás do tempo perdido e pedir ajuda para sobreviver. O que isso demonstra? Que quem poupa sempre tem.

O ideal é que esse conceito seja repassado desde cedo para as crianças. Elas também devem aprender que o dinheiro precisa ser merecido e que a poupança exige a definição de objetivos.

Essa é a ideia da mesada voltada para fins educativos. A proposta é envolver todas as pessoas da família em torno da educação financeira e do consumo, a fim de que criar uma compreensão sobre o orçamento e o quanto deve ser economizado mensalmente.

Assim, os propósitos da mesada são:

  • mostrar que é preciso equilibrar as despesas para não faltar dinheiro durante a semana ou o mês;
  • indicar que é necessário economizar se quiser comprar algo mais caro;
  • ensinar como escolher um produto que tenha um bom custo-benefício.

A questão é: como definir um valor adequado? Confira abaixo algumas dicas que ajudam nesse processo.

Leve em conta a periodicidade da mesada educativa

A ideia aqui é delimitar se o dinheiro será entregue a cada semana, 15 dias ou 1 mês. O ideal é estabelecer um dia específico conforme a idade da criança. Veja o que fazer:

Aos 5 ou 6 anos

Esse é o momento em que a criança começa a ter contato com o dinheiro. O recomendado é fazer ela se acostumar à espera para receber o valor. A mesada não deve ultrapassar R$ 3 por semana e é melhor ser entregue em moedas, porque a quantidade passa a impressão de ser mais dinheiro.

Dos 7 aos 10 anos

Nessa fase, a criança já está acostumada com a mesada, mas continua recebendo semanalmente. Uma dica para definir o valor é dar R$ 1 a cada aniversário feito. Ou seja, se o seu filho tem 8 anos, receberá R$ 8. Aproveite e converse sobre economia e reserva financeira e incentive a criação de um projeto pessoal ou compra futura.

Dos 11 aos 18 anos

O dinheiro já é entregue mensalmente em um dia específico. Pode ser na data em que você recebe o salário para haver um compartilhamento de experiências financeiras durante o mês.

Estimule a economia entre 20% e 30% da mesada. O valor deve ser limitado a R$ 3 por semana multiplicado pela idade. Por exemplo: se o seu filho tem 12 anos, o recebimento é de R$ 36 por semana (3 × 12), ou R$ 144 por mês (36 × 4).

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Avalie a renda familiar mensal

A mesada deve ser condizente com o orçamento da sua família. De nada adianta definir uma quantia conforme as indicações que repassamos anteriormente se falta dinheiro para as contas do dia a dia.

Uma regra usada nos Estados Unidos e que pode dar certo no seu caso é o cálculo de R$ 1 por ano de vida por semana. Assim, uma criança de 12 anos receberia R$ 12 por semana, o que resultaria em R$ 36 por mês. No entanto, isso depende do seu orçamento.

Além disso, se você tem apenas um filho, pode dar uma mesada maior que uma família com 4 crianças. Como você pode perceber, não há uma fórmula mágica. Porém, uma regra deve ser seguida: se puder repassar R$ 100, entregue R$ 50. Tenha em mente que a escassez de dinheiro traz mais aprendizados que a abundância.

Analise o estilo de vida da criança 

O seu filho deve usar a mesada para comprar coisas de que gosta e economizar algum dinheiro. Dependendo da renda da sua família, ela já apresenta alguns hábitos e um estilo de vida próprio de crianças com aquelas condições financeiras.

Por isso, uma boa maneira de definir o valor da mesada é analisar quanto os filhos dos amigos recebem. Tente ficar na média, sem oferecer a quantia mais alta nem a mais baixa. 

Ajude também a delimitar quais itens serão adquiridos com o dinheiro da mesada e aqueles que você pagará para seu filho. Assim, ele consegue compreender que também tem responsabilidades.

Considere a necessidade de economia familiar

Sua família tem várias prioridades, por exemplo, pagar dívidas e contas domésticas, quitar um financiamento de carro ou imóvel, adquirir um novo bem etc. Envolva o seu filho nessas discussões e demonstre que todos precisam gerir bem o dinheiro para alcançarem o que desejam.

Além disso, faça reajustes somente se puder. Se não conseguir, explique o motivo e deixe claro que todos — inclusive a criança — devem contribuir para o bem comum.

Crie regras 

Uma ideia bem interessante é atrelar a mesada a regras de obediência e tarefas da casa. Por exemplo: reclamar de ir a um compromisso, faltar ou atrasar na escola ou no inglês exige um desconto de R$ 1. Já deixar a TV ligada sem ninguém assistindo representa menos R$0,50.

O que deve ficar claro é que a mesada, nesse caso, não serve como uma proposta de bonificação, mas sim de desconto de pequenas quantias conforme o que não foi realizado. A finalidade é ensinar que o dinheiro só é recebido a partir de uma rotina de compromissos.

Assim, fica muito mais fácil definir o valor da mesada educativa, não é mesmo? Aproveite e confira 7 dicas para engajar os filhos na economia familiar.

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