Conforme temos destacado, o período em que vivemos apresenta oportunidades ajustadas ao risco e, apesar da continuidade das incertezas, estamos capturando resultados relevantes — especialmente no mercado de renda variável.
A ação dos bancos centrais, como a elevação da Selic de 14,75% a.a. para 15,00% a.a. e a manutenção da taxa de juros dos EUA pelo Fed em 4,50% a.a., além do apresentado por parte do ECB-Banco Central Europeu, BoJ-Banco do Japão, e BoE-Banco da Inglaterra, mostrou-se adequada no contexto presente e nas perspectivas que temos para os próximos meses. Com exceção do Brasil, que apresentou leve melhora, a percepção de risco global não sofreu impactos importantes na trajetória nos últimos 12 meses, com indicadores importantes tais como o preço do ouro e o índice VIX (ou “índice do medo”) refletindo um movimento gradual de aversão ao risco.
A troca de fogo entre Israel e Irã, assim como a continuidade do conflito na Faixa de Gaza, não deixou impacto duradouro no ambiente econômico global em que a reorganização geopolítica se confirmou semana após semana.
Em nosso país, tivemos uma melhora nos indicadores da inflação, porém ainda há uma importante distância em relação ao teto da meta estabelecida pelo CMN; os níveis de renda, emprego e atividade econômica permanecem robustos ao mesmo tempo que, tanto no Brasil como por meio de organismos multilaterais e no Banco Mundial, se torna mais recorrente e necessária a implementação de medidas estruturais que fortaleçam nossa economia (ex.: reforma administrativa e previdenciária). No ambiente internacional, destacamos a confirmação do bom posicionamento de China, Japão e países como Índia, entre outros nesse processo de enfraquecimento relativo dos EUA, cuja moeda perdeu -11,87 frente ao Real e -11,12% em relação à cesta de moedas DXY neste 1º semestre, sendo que o país com maior PIB do mundo continua apresentando perspectivas de inflação (PCE) distante da meta e se afastando dessa em perspectiva, assim como dificuldades para alinhavar a mudança tarifária proposta pelo “Arcabouço MAGA” e lidar com seu déficit fiscal.
Nova melhora na percepção de risco local e ausência de surpresas continuou alimentando ganhos, e estratégias propostas continuam com perspectivas atrativas (até 30 de junho de 2025):
Tabela 01: Rentabilidade por perfil de investidor em junho de 2025: conservador, moderado, arrojado e agressivo (% e CDI).
Gráfico 01: Gráfico mostra variação percentual de investimentos por perfil, Sofisa LD, CDI, IHFA e Ibovespa em três períodos distintos.
A combinação da ata da última reunião do COPOM associada às perspectivas de economia robusta junto à pressão que a alta da energia elétrica pode produzir sobre a inflação medida pelo IPCA devem confirmar que Banco Central anunciará a manutenção da Selic em 15,00% a.a. Dentro desse ambiente, e em linha com o que o próprio Banco Central aponta, não devemos nos surpreender com algum movimento adicional de queda nas taxas de juros praticadas pelo mercado financeiro e uma gradual redução no volume de novas emissões bancárias.
Apesar do recesso parlamentar de meio de ano, previsto para 18 a 31 deste mês, temos a expectativa de que debates envolvendo orçamento, contas públicas, tributação e necessidade de reformas estruturais tendem a permanecer em pauta e, junto com eventos do ambiente internacional, gerar impacto nos mercados de renda fixa prefixada e vinculada ao IPCA assim como no de renda variável — até porque esses três referenciais apresentaram valorizações importantes ao longo do 1º semestre do ano e correções técnicas já se mostram necessárias e saudáveis.
Também merece destaque, porém não contido ao mês de julho deste ano e sim sob uma perspectiva estratégica, a expectativa de que a B3, que registrou uma entrada líquida de investimentos estrangeiros de aproximadamente US$ 4,8 bilhões este ano até o final de junho, continue recebendo recursos de investidores internacionais. Isso aponta para dois impactos em potencial: redução de eventuais pressões de desvalorização do Real frente ao Dólar e fluxo de recursos para manter as perspectivas de valorização de Bolsa de Valores e leve compressão de juros.
Em mais uma rodada de decisões dos Bancos Centrais, ECB-Banco Central Europeu, BoJ-Banco do Japão e Fed (EUA) divulgam suas definições relativas às respectivas taxas de juros básicas nos últimos dias deste mês. As expectativas dos agentes econômicos para as decisões são serenas e apontam para manutenção em 2,15% a.a. pelo ECB; alguma incerteza entre continuidade em 0,50% a.a. (o mais provável em nosso entendimento) e alta para 0,75% a.a. pelo BoJ e, ainda que existam algumas pressões no sentido de exigir níveis mais baixos, o Fed deve manter em 4,25% a.a. - 4,50% a.a. suas taxas.
Contudo essas decisões tendem a provocar menos debates e movimentos de mercado do que a evolução da política fiscal e tarifária nos EUA. A muito provável aprovação da BBB – Big Beautiful Bill, conjunto de medidas sobre arrecadação de impostos e incentivos fiscais, é vista com muita preocupação pelos agentes financeiros, uma vez que seu potencial de piorar o agudo déficit fiscal norte-americano é grande e pode ter impactos relevante no mercado de renda fixa — e Bolsa de Valores — dos EUA; assim como as incertezas sobre os níveis de tarifas comerciais que serão praticadas nas relações com outros países geram dúvidas importantes sobre inflação, crescimento e valor do Dólar (que tende a continuar), e podem causar oscilações no mercado.
Reforçamos que, apesar das incertezas, as oportunidades são mais prováveis fora da economia estadunidense e em moeda diferente do Dólar norte-americano. Um elemento que não deve ser perdido de perspectiva: a volatilidade tende a permanecer elevada nos mercados globais.
A carteira recomendada para o perfil conservador é composta por diferentes produtos e estratégias de Renda Fixa, como ilustrado abaixo.
Confira o resultado simulado da carteira recomendada conservadora desde seu início.
O gráfico ao lado apresenta o resultado da carteira recomendada ao longo do tempo, desde o dia 31 de outubro de 2023. Nele, é possível observar que a estratégia teria apresentado retorno acumulado de forma consistente ao longo do período.
A carteira recomendada para o perfil moderado é composta pela combinação de estratégias de Renda Fixa e Multimercado, como ilustrado abaixo.
Gráficos 06: Carteira recomendada de julho/2025 alcança 115% do CDI com diversificação em renda fixa e multimercados, e volatilidade de 1,2%.
Confira o resultado simulado da carteira recomendada moderada desde seu início.
O gráfico ao lado apresenta o resultado da carteira recomendada ao longo do tempo, desde o dia 31 de outubro de 2023. Nele, é possível observar que a estratégia teria apresentado resultado superior ao IHFA – sua referência por incorporar risco de mercado.
CARTEIRA RECOMENDADA: PERFIL ARROJADO
Agregando estratégia de Bolsa de Valores, a carteira recomendada para o perfil arrojado também é composta por estratégias de Renda Fixa e Multimercado, como ilustrado abaixo.
Confira o resultado simulado da carteira recomendada arrojada desde seu início.
O gráfico ao lado apresenta o resultado da carteira recomendada ao longo do tempo, desde o dia 31 de outubro de 2023. Nele, é possível observar que a estratégia teria apresentado resultado superior ao IHFA – sua referência por incorporar risco de mercado.
A carteira recomendada para o perfil agressivo é composta pela combinação de estratégias de Renda Fixa, Multimercado e Bolsa de Valores, assumindo mais risco que o perfil arrojado, como ilustrado abaixo.
Confira o resultado simulado da carteira recomendada agressiva desde seu início.
Depois de visões de mercado divididas em relação à decisão do COPOM, realizado em junho, temos a convicção de que a Selic será mantida em 15,00% a.a. por um período longo; assim, não temos a expectativa de cortes no juro básico do Brasil em 2025 e a probabilidade de outra elevação este ano nos parece bastante baixa, uma vez que o próprio Banco Central considera o atual patamar como restritivo e há expectativa real de pressão sobre a inflação medida pelo IPCA com o reajuste da energia elétrica.
Paralelo a isso, e depois de quatro meses de busca por um nível de equilíbrio abaixo dos níveis de taxas praticadas ao final de 2024, há pouco espaço para ganhos adicionais. Contudo, o patamar atual de taxas prefixadas e aquelas atreladas a inflação (IPCA+) permanecem atrativos em termos históricos, podendo ser obtidos por diversos tipos de instrumentos de renda fixa diferentes, tanto com liquidez como sem liquidez – dependendo do perfil e objetivo.
Longe de um ambiente óbvio, os multimercados continuam a difícil jornada que busca devolver consistência de retornos a essas estratégias de investimentos flexíveis. A própria necessidade de gestão de risco tem levado a posições com menor contribuição no resultado das estratégias multimercado, mas isso não significa que não há espaço para melhorar os ganhos.
Desta forma, fortalecemos a importância de avaliar o papel das estratégias que compõe os fundos, assim como a função dos fundos nas estratégias de investimentos como um todo. Também não podemos perder de perspectiva dois aspectos:
Com 15,5% de valorização no 1º semestre deste ano, o Ibovespa se destaca entre as alternativas de investimentos em 2025. Esse movimento de valorização também está sendo capturado por nossa estratégia, que desde o início da recomendação (31 de outubro de 2023) até o final de junho acumulou alta de 40,65% frente a 22,73% no Ibovespa em igual período.
Permanecemos com uma visão favorável para as estratégias de renda variável, ainda que a possibilidade de uma correção técnica cresça no curto prazo e as oscilações do dia a dia seja fontes potenciais de resultados negativos. Acreditamos que fluxo de capital externo e a qualidade das empresas brasileiras, assim como expectativas harmonizadas sobre nosso país, levem a novas valorizações.
Destaque também para o potencial de retorno com liquidez, por meio de Fundos Imobiliários, ETFs e BDRs que estão disponíveis por meio da Genial Investimentos, nossa Corretora parceira.
O quadro abaixo mostra a performance dos principais indicadores do mercado nos últimos anos, sendo o IMA-B, S&P 500 e IRF-M os que tiveram os melhores resultados acumulados nos últimos 11 anos. Essa oscilação reforça a importância de uma exposição em diversos tipos de ativos como forma de proteger e potencializar os resultados ao longo do tempo, uma vez que as classes de ativo se revezam nas primeiras posições ano após ano.
Obs: A valorização do S&P500 esta apresentada em dólar (US$), logo deve ser adicionada a valorização do dólar (US$) no período para converter para real (R$) - visão do investidor brasileiro.
1º lugar | 2º lugar | 3º lugar |
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