Confira o resultado do cenário econômico nacional e internacional da semana de 23 a 29 de setembro de 2024, além da expectativa para a semana atual, por Roberto "Bob" Carline, estrategista-chefe do Banco Sofisa.
Brasil
A semana no Brasil acabou por confirmar que os riscos relacionados ao orçamento do país têm uma trajetória preocupante e que é muito provável que o Banco Central precise elevar a Selic para um nível até maior que os 12,00% a.a. já estimados por alguns agentes econômicos. O impacto foi uma piora na percepção de risco, que refletiu em rentabilidades negativas nos mercados de renda fixa e ações, e a busca por um novo nível de taxas e preços (ações, por exemplo) dos instrumentos financeiros.
Mundo
A semana no exterior continuou comprovando a força da economia norte-americana, a retomada do crescimento no Reino Unido e União Europeia, e o movimento positivo de ajustes que está sendo conduzido na Ásia. Como esperado, o dólar norte-americano se manteve enfraquecido e mesmo o agravamento de tensões geopolíticas não mostram impacto econômico-financeiro nos mercados internacionais – especialmente com o petróleo oscilando ao redor do mesmo patamar desde dezembro de 2022. Outro recorde foi atingido pelo índice de ações S&P 500: 5.764 pontos no dia 27 deste mês.
Resultados
Os nossos resultados acumulados (de 31 de outubro de 2023 até 25 de setembro de 2024) estão acima do IHFA, referência para investimentos com volatilidade, e do CDI comprovando a importância da diversificação na busca por retornos e gestão de riscos. Contudo, a forte mudança de expectativas sobre os próximos meses e a busca por novos patamares nos mercados de renda fixa e ações entre os dias 19 e 25 de setembro, geraram redução no nível de rentabilidade de nossas estratégias – que permanecem eficientes.
Tabela 1: Simulação CDI 31 de outubro de 2023 até 18 de setembro 2024.
Tabela 1: Simulação CDI 31 de outubro de 2023 até 25 de setembro 2024.
A semana que começa em 30 de setembro nos trará elementos para melhor calibrar as expectativas sobre os próximos movimentos de Bancos Centrais sobre o ambiente de juros globais e também as projeções que os agentes econômicos têm sobre o Brasil. Dessa forma, devemos manter no nosso radar a evolução dos indicadores de dívida pública brasileira, a variação do emprego privado nos EUA, além do acompanhamento da evolução econômica no Reino Unido e na União Europeia.
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