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Vamos lá!

Quando o assunto é investimento, parece que sempre existe algo novo a aprender, ainda mais para quem começou a investir há pouco ou está dando os primeiros passos. Nessa fase, várias dúvidas aparecem e é normal que o investidor queira saber como as mudanças na economia afetam seus investimentos.

Uma dessas mudanças é a variação do dólar. Para quem investe em moeda estrangeira, por exemplo, a relação entre a oscilação do dólar e a rentabilidade dos investimentos é um pouco mais óbvia.

Mas como essas variações influenciam a maior parte dos investidores, isto é, aqueles que estão iniciando ou aplicam boa parte do seu dinheiro em Renda Fixa? Ou até mesmo aqueles que optam pela bolsa de valores?

É isso que vamos mostrar neste artigo. Portanto, continue acompanhando para compreender como a variação do dólar pode impactar suas aplicações.

Por que ocorre a variação do dólar?

A regra geral é a conhecida oferta e demanda. Quando há muito dólar disponível em determinado país, a moeda americana fica desvalorizada. Por outro lado, quando a oferta é baixa, o dólar se valoriza.

Entretanto, existem muitos fatores que influenciam a oferta e a demanda de dólares, causando o sobe e desce da moeda. Conheça alguns dos principais:

Taxas de juros

As taxas de juros (tanto as do Brasil como as internacionais) influenciam bastante na variação cambial. Quer um exemplo? Quando as taxas de juros no Brasil sobem, um investidor pode optar por investir aqui em vez de nos Estados Unidos (já que seu dinheiro vai render mais). Com isso, cresce a presença do dólar no nosso país, derrubando as cotações da moeda.

Balança comercial

Trata-se do total de importações e exportações. Quanto mais positivo for o saldo da balança comercial, mais dólares terão entrado no Brasil, o que também afeta a cotação da moeda.

Preços de commodities

Commodities são artigos comercializados sem alterações, como frutas, minérios, petróleo, energia e madeira. Como esses produtos passam constantemente por importações e exportações, seu preço também impacta o câmbio.

Risco-país

O risco-país representa o grau de instabilidade de uma nação. Quanto mais baixo for o índice, mais investidores serão atraídos, aumentando a circulação de dólares no mercado e causando variações no câmbio.

Intervenção do Banco Central

O Banco Central do Brasil (Bacen) também atua na tentativa de controlar a inflação, as taxas de juros e a variação cambial. Para isso, o Bacen pode "injetar" mais dólares no mercado ou retirá-los.

Algumas das alternativas mais comuns nesse sentido são a compra e venda de dólares, a redução ou aumento de impostos, a venda de títulos públicos em dólares e o aumento ou diminuição da taxa básica de juros (taxa Selic).

Como a variação do dólar afeta a economia como um todo?

Em economia internacional, o dólar é usado como moeda de referência. Por isso, as variações da moeda americana afetam facilmente as relações entre quaisquer países, mesmo que não incluam os Estados Unidos.

Além disso, a taxa de câmbio acaba influenciando muito além das transações internacionais. Ela interfere na inflação e nos preços dentro da economia nacional.

Se engana quem pensa que só os produtos importados sobem de preço. Na verdade, mesmo produtores rurais e bens de consumo produzidos dentro do Brasil sofrem consequências. Isso porque muitas das matérias-primas e máquinas têm preços cotados em dólar.

Um exemplo é o tradicional pão francês. Como 20% do trigo usado no Brasil é importado, o produto oscila de preço conforme a variação do dólar. O mesmo ocorre com o adubo e a ração usados na agropecuária, com os cosméticos e produtos de beleza, com remédios e assim por diante.

A indústria também é largamente afetada pela variação do câmbio. Quando o dólar sobe, os produtos nacionais ficam mais baratos e os importados ficam mais caros, o que fortalece a indústria nacional. Porém, o contrário também ocorre.

Como a variação do dólar pode afetar os investimentos?

A Poupança, investimento mais popular, não sofre consequências diretas com a variação do dólar. Mas isso não quer dizer que ela seja uma boa aplicação para quem pretende lucrar com o dinheiro investido. Pelo contrário, uma vez que seus rendimentos são mínimos.

Já quem investe em fundos cambiais, por exemplo, é afetado diretamente. Esse tipo de investimento geralmente tem rendimento prefixado, somado à variação cambial. Isso significa que quando o dólar cai, o fundo tende a perder rentabilidade.

A Renda Fixa também é impactada, mesmo que esse impacto não seja direto. Quando o dólar está mais baixo, por exemplo, a inflação tende a ficar mais controlada. Com isso, a expectativa de juros cai, afetando negativamente a rentabilidade de aplicações como CDB, Tesouro Selic, Tesouro IPCA+, LCI, LCA, entre outros.

Porém, o contrário ocorre com os ativos prefixados, como o Tesouro Prefixado ou mesmo CDBs prefixados. Essas aplicações continuam pagando sempre o mesmo rendimento, mesmo que o dólar caia. Por outro lado, deixam de se beneficiar da subida do dólar e das taxas de juros.

E quem investe na bolsa de valores, como fica? Os investidores que negociam ações também percebem o impacto da variação do dólar. Porém, as consequências nem sempre são óbvias.

De modo geral, quando o dólar cai e a economia brasileira ganha força, há uma certa tendência de que os papéis das empresas nacionais apresentem melhor desempenho. Porém, isso não é regra. As companhias exportadoras, por exemplo, costumam sofrer nesses momentos de queda da moeda americana. Por outro lado, empresas importadoras tendem a se beneficiar da queda do dólar e sofrer com as altas.

Já os fundos multimercados muitas vezes são procurados pelos investidores que querem se proteger nos diversos cenários. Esses fundos possuem uma variedade grande de ações, títulos públicos, moedas e commodities. Seu objetivo é render mais que a Renda Fixa e sofrer menos com a variação do cenário econômico, incluindo a variação do dólar.

Como você viu, a variação do dólar pode afetar seus investimentos a partir de vários fatores diferentes. O importante é que, como investidor, você acompanhe o mercado para ficar por dentro do que acontece e procure investir com segurança, reduzindo os riscos na medida do possível sem que isso comprometa sua rentabilidade.

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