Aproveite a nossa Carta Mensal, preparada pelo nosso estrategista-chefe Roberto Carline, que tem o objetivo de levar informações do mercado para apoiar a tomada de decisão na hora de investir, seja qual for o seu perfil de risco.
Confira o que o material traz este mês:
Boa leitura!
A elevação da Selic para 14,75% a.a. não trouxe surpresas para os agentes econômicos: nem pela variação de +0,50% p.p., pelo conteúdo do comunicado ou por causa da ata. O primeiro relatório de receitas e despesas da união para este ano acabou por trazer uma mensagem positiva, uma vez que seu anúncio também informou sobre a contenção de despesas no montante de R$ 31,3 bilhões em 2025 (valor que pode ser revisado), e mesmo o comunicado de medidas relacionadas à ampliação do IOF acabaram sendo tratadas de modo negocial e transparente depois da revisão de escopo que foi feita horas após a divulgação dessas informações. Ainda permanecem as preocupações relacionadas à inflação, que continua resiliente, a trajetória fiscal do país nos próximos anos e os potenciais impactos da instável reorganização geopolítica alimentada pelas idas e vindas na política tarifária norte-americana, mas a percepção de risco sobre nosso país passou por nova melhora e, com isso, o mês foi mais uma vez favorável para os ativos de risco e mais modestos os ganhos com renda fixa e exposição internacional. Nossa visão está se confirmando desde dezembro passado e gerando resultados positivos.
No ambiente internacional, os bancos centrais também não surpreenderam, e a economia norte-americana se mostrou, novamente, a fonte de oscilações mais relevante no contexto atual. Ainda que tenhamos visto uma nova recuperação de importantes índices de ações ao redor do mundo, a incerteza sobre as maiores áreas econômicas do globo (EUA, China e União Europeia) permanece um grande ponto de preocupação e isso tem levado à revisão de portfólios de investidores, assim como o planejamento estratégico de grande empresas globais. As questões tarifárias a partir dos EUA estão ligadas às expectativas mais elevadas de inflação e um sentimento cada vez menos favorável nas economias desenvolvidas, o que levou as taxas de juros de longo prazo a patamares que há muito não eram vistos para, por exemplo, a renda fixa norte-americana e japonesa. O Dólar norte-americano também permanece volátil e, mesmo após uma rápida recuperação, perdeu força e voltou aos níveis de abril último.
Momento complexo, sim, mas com geração de retorno adequada ao risco!
Melhora na percepção de risco local e ausência de surpresas alimentou novos ganhos, e estratégias ainda apresentam perspectivas atrativas (até 30 de maio de 2025):
Tabela 01: Rentabilidade Mensal e Acumulada por Perfil – Junho/2025.
Veja a comparação da rentabilidade simulada das carteiras recomendadas com o CDI, IHFA, Ibovespa e o CDB de liquidez diária (105% do CDI) do Sofisa Direto:
Gráfico 01: Comportamento dos Juros e Ibovespa – Junho/2025.
Sofisa LD: reflete o CDB de liquidez diária emitido pelo Banco Sofisa com taxa bruta equivalente a 105% do CDI. Conservador, Moderado, Arrojado, Agressivo: representam o retorno simulado para a carteira recomendada dos respectivos perfis dos investidores.
A reunião do COPOM, no dia 18 deste mês, nos apresenta um ponto de interrogação importante neste momento em que a Selic se encontra em 14,75% a.a. Se de um lado vemos a atividade econômica ainda forte e a inflação resiliente, além das incertezas com relação às nossas contas públicas e o ambiente internacional com múltiplos cenários apontarem para mais uma alta na Selic temos, em especial, com as medidas que tendem a onerar nossa economia via IOF, uma forte convicção dos agentes de mercado (66% de probabilidade) de que o ciclo de elevação da nossa taxa básica de juros teve fim na reunião de maio. Ainda que se tenha uma clara inclinação pela manutenção, o comunicado e a ata desta reunião tendem a ser alvo de muita especulação: quais serão os “gatilhos” para cortes?
Paralelo a isso, o ambiente do mês passado permanece virtualmente inalterado, ainda mais com o período de paralização do Congresso neste meio de ano. Continua o debate ao redor de contas públicas para 2025 e também em 2026. Mesmo sem nenhum grande destaque no momento, aspectos como a composição da dívida pública indexada ao CDI e eventuais gastos adicionais (exemplo: debate sobre o ressarcimento aos aposentados e pensionistas que sofreram perdas) atraem a atenção do mercado financeiro, ao mesmo tempo que ainda se avalia como os desdobramentos do novo ambiente internacional gerados a partir dos EUA podem ter impacto sobre o Brasil.
As próximas semanas podem carregar oscilações de curto prazo, mas que têm se apresentado benéficas em termos relativos ao Brasil: a consolidação da trajetória positiva da renda fixa prefixada atrelada à inflação e renda variável para quem tem apetite para risco e prazos mais dilatados.
Gráfico 02: Projeção da Taxa Selic – Atualização de Junho/2025.
Dentro de um ambiente de muitas incertezas e necessidade de construção de novos modelos geopolíticos, voltamos a ter ECBBanco Central Europeu, BoJ-Banco do Japão, Fed (EUA) e BoE-Banco da Inglaterra divulgando suas taxas de juros básicas. As expectativas dos agentes econômicos para as decisões são: nova redução, de 2,40% a.a. para 2,15% a.a. no ECB; manutenção em 0,50% a.a. pelo BoJ, ainda que existam algumas pressões no sentido de exigir níveis mais altos de taxa de juros; Fed mantendo em 4,25% a.a. - 4,50% a.a. suas taxas e o BoE tende a manter o nível em 4,25% a.a.
Sem alterações no ambiente econômico, as atenções nos EUA permanecem, além do pronunciamento de Jerome Powell, na sequência do anúncio do FOMC e continuam voltadas para os indicadores de inflação, tanto a expectativa como a realizada, sentimento econômico, confiança do consumidor e performance do mercado de trabalho. Todos esses elementos têm impacto relevante no processo de gestão monetária do Fed. Contudo, vale lembrar que o crescimento econômico e outros dados de atividade (exemplo: mercado imobiliário e investimentos das empresas) se somam ao ambiente fiscal e de comercio internacional (ambos deficitários há muitos anos) e nos permitir um melhor entendimento do impacto das medidas implementadas que são relacionadas ao arcabouço MAGA.
Continuamos destacando que, apesar das incertezas e momentos distintos nas diferentes economias nacionais, as oportunidades são mais prováveis fora da economia norte-americana e em moeda diferente do Dólar norte-americano. Um elemento que não deve ser perdido de perspectiva: a volatilidade tende a permanecer elevada nos mercados globais.
Gráfico 03: Expectativas de Juros pelo FED – Junho/2025.
A carteira recomendada para o perfil conservador é composta por diferentes produtos e estratégias de Renda Fixa, como ilustrado abaixo.
Confira o resultado simulado da carteira recomendada conservadora desde seu início.
Confira os resultados simulados da carteira recomendada em Maio/2025:
A carteira recomendada para o perfil moderado é composta pela combinação de estratégias de Renda Fixa e Multimercado, como ilustrado abaixo.
Confira o resultado simulado da carteira recomendada moderada desde seu início.
O gráfico ao lado apresenta o resultado da carteira recomendada ao longo do tempo, desde o dia 31 de outubro de 2023. Nele, é possível observar que a estratégia teria apresentado resultado superior ao IHFA – sua referência por incorporar risco de mercado.
Confira os resultados simulados da carteira recomendada em Maio/2025:
Agregando estratégia de Bolsa de Valores, a carteira recomendada para o perfil arrojado também é composta por estratégias de Renda Fixa e Multimercado, como ilustrado abaixo.
Confira o resultado simulado da carteira recomendada arrojada desde seu início.
Confira os resultados simulados da carteira recomendada em Maio/2025:
A carteira recomendada para o perfil agressivo é composta pela combinação de estratégias de Renda Fixa, Multimercado e Bolsa de Valores, assumindo mais risco que o perfil arrojado, como ilustrado abaixo.
Confira o resultado simulado da carteira recomendada agressiva desde seu início.
Confira os resultados simulados da carteira recomendada em Maio/2025:
Há incerteza sobre os caminhos para a reunião do COPOM deste mês, onde existem elementos que sustentam o ciclo de elevação da Selic e têm espaço para continuar de modo moderado em ao menos mais um movimento, ainda que as estatísticas das negociações apontem (66% de probabilidade) para a manutenção da taxa de juros básica brasileira em 14,75% a.a. Seja qual for o caminho, manutenção ou alta para 15,00% a.a., acreditamos que encontramos o patamar de estabilidade que o mercado de renda fixa vem buscando desde o início deste ano por meio da compressão de taxas.
A atenção sobre a qualidade de crédito privado permanece, mesmo com a melhora nas projeções do crescimento econômico de nosso país. O último dado disponível sobre a inadimplência de pessoa física no Brasil, divulgado pela Serasa, aponta que em abril de 2025, o número de inadimplentes chegou a 76,6 milhões – crescimento de 1,2% em relação ao dado anterior e que pode ter impacto nas empresas.
Longe de um ambiente óbvio, os multimercados continuam a difícil jornada que busca devolver consistência de retornos a essas estratégias de investimentos flexíveis. A própria necessidade de gestão de risco tem levado a posições com menor contribuição para o resultado das estratégias multimercado, mas isso não significa que não haja espaço para contribuir com os ganhos.
Desta forma, fortalecemos a importância de avaliar a função das estratégias que compõe os fundos, assim como o papel dos fundos nas estratégias de investimentos como um todo. Também não podemos perder de perspectiva dois aspectos:
Continuando uma trajetória positiva, que já acumula 21,12% de valorização desde o início de nosso processo de recomendação, o Ibovespa tende a continuar apresentado oportunidades ao longo do tempo para investidores que tenham tolerância e capacidade ao risco, além de horizonte de investimento no mínimo superior a 06 meses.
Com consistência de longo prazo e desde que começamos sua recomendação, em 31 de outubro de 2023, acumulando retorno de 35,53%, entendemos que as perspectiva de nossa estratégia permanecem favoráveis para horizontes de investimentos mais dilatados. Um dos elementos que reforçam essa visão, além da própria gestão ativa e estruturas de proteção, é a recomendação de expandir a exposição a renda variável brasileira que vem sendo dada por investidores profissionais no Brasil e no exterior.
Destaque também para o potencial de captura de retorno, com liquidez, por meio de Fundos Imobiliários, ETFs e BDRs que estão disponíveis por meio da Genial Investimentos, nossa Corretora parceira.
O quadro abaixo mostra a performance dos principais indicadores do mercado nos últimos anos, sendo o IMA-B, S&P 500 e IRF-M os que tiveram os melhores resultados acumulados nos últimos 11 anos. Essa oscilação reforça a importância de uma exposição em diversos tipos de ativos como forma de proteger e potencializar os resultados ao longo do tempo, uma vez que as classes de ativo se revezam nas primeiras posições ano após ano.
Obs: A valorização do S&P500 esta apresentada em dólar (US$), logo deve ser adicionada a valorização do dólar (US$) no período para converter para real (R$) - visão do investidor brasileiro.
1º lugar | 2º lugar | 3º lugar |
Esse material não deve servir como única fonte de informações no processo decisório do investidor que, antes de tomar qualquer decisão, deverá realizar uma avaliação minuciosa do produto e respectivos riscos, face aos seus objetivos pessoais e ao seu perfil de risco ("Suitability"). É importante ressaltar que rentabilidade passada não representa nenhuma garantia de desempenho futuro. Assim, não é possível prever o desempenho futuro de um investimento a partir da variação de seu valor de mercado no passado. O Banco Sofisa não assume que os investidores vão obter lucros, nem se responsabiliza pelas perdas. LEIA O FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES, LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS E O REGULAMENTO ANTES DE INVESTIR. RENTABILIDADE PASSADA NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA. FUNDOS DE INVESTIMENTO NÃO CONTAM COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR, DO GESTOR, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO – FGC.
Todas as informações, opiniões e valores eventualmente indicados estão sujeitos à alteração sem prévio aviso. Ressaltamos também, que as opiniões expressas neste material refletem a opinião do respectivo profissional que produziu este relatório e não necessariamente expressam a opinião do Banco Sofisa, não devendo ser tratadas como tal.