Confira o resultado do cenário econômico nacional e internacional de 24 a 30 de março, além da expectativa para a semana atual, por Roberto "Bob" Carline, estrategista-chefe do Banco Sofisa.
Brasil
A semana no Brasil começou com a repercussão da ata do COPOM, que reforçou a cautela e o comprometimento do Banco Central com a meta de inflação, elevando a confiança dos agentes econômicos na condução da política monetária. Além disso, os indicadores de confiança do consumidor, investimento estrangeiro direto, transações correntes e a inflação IPCA-15 surpreenderam positivamente, favorecendo um maior apetite ao risco. No entanto, os apontamentos do relatório trimestral de inflação, os dados do Caged e a forte demanda por crédito consignado mantêm as preocupações com o equilíbrio entre as políticas monetária e fiscal.
Mundo
No ambiente internacional, o movimento de "risk on", impulsionado pelas expectativas de cortes de juros nos EUA ainda este ano, não se sustentou. Os ruídos políticos do arcabouço MAGA e a divulgação de indicadores econômicos pressionaram os mercados, trazendo volatilidade e intensificando as preocupações com o crescimento global.
Resultados
Nossos resultados acumulados (de 31 de outubro de 2023 até 26 de março de 2025) apresentaram estabilidade, com uma leve retração nos perfis arrojado e agressivo. Esse movimento reflete a maior exposição a risco via Fundo de ações Az Quest Top Long Biased, que sofreu especialmente na primeira quinzena do mês, devido ao impacto da parcela internacional da carteira após o agravamento das incertezas com a nova política econômica americana. Ainda assim, no acumulado desde o início, o ativo segue sendo destaque com 25,04% de rentabilidade, frente a 17,76% do Ibovespa e 16,14% do CDI.
A semana que se inicia em 31 de março no Brasil será marcada pela evolução dos indicadores fiscais, pela divulgação de dados de atividade e inflação, e pelo avanço das discussões sobre o orçamento de 2025. No exterior, as atenções estarão voltadas para os dados de emprego nos EUA, enquanto na Zona do Euro cresce a expectativa sobre possíveis retaliações, caso as tarifas recíprocas americanas de fato entrem em vigor a partir de 2 de abril. Já na Ásia, a China deve continuar desempenhando um papel estratégico, impulsionando a liquidez global por meio de estímulos fiscais e uma recuperação gradual da demanda doméstica.
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Atenção ao novo horário de funcionamento da Bolsa de Valores. Confira os novos horários para negociação:
- Mercado à vista (Ações, Fundos de Investimentos Imobiliários e BDRs): 10h às 17h55;
- ETFs de Renda Variável: 10h às 17h55.
Para negociação de contratos futuros listados abaixo, os horários seguem sendo os mesmos:
- Futuro e Futuro Mini de Ibovespa: 09h às 18h25;
- Futuro e Futuro Mini de Reais e Dólar Comercial: 09h às 18h30.
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