Confira o resultado do cenário econômico nacional e internacional de 5 a 11 de maio, além da
expectativa para a semana atual, por Roberto "Bob" Carline, estrategista-chefe do Banco
Sofisa. Boa leitura!
No Brasil, a semana foi intensa e marcada por um maior apetite ao risco, após a confirmação
da elevação da taxa Selic em 0,50 p.p., levando os juros ao patamar de 14,75% ao ano. O
comunicado do Banco Central não trouxe grandes novidades, mas foi bem recebido pelos
agentes econômicos. Além disso, em Brasília, foi instaurada uma comissão na Câmara dos
Deputados para tratar da reforma do Imposto de Renda. A equipe econômica trabalha para
buscar maior alinhamento com o Legislativo, sendo fundamental esclarecer as propostas de
compensação fiscal.
No ambiente internacional, o grande destaque foi a confirmação da manutenção das taxas de
juros americanas no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano. No comunicado, Powell ressaltou que
os impactos inflacionários das tarifas de importação ainda são incertos, motivo pelo qual o
Banco Central americano não tem pressa em iniciar o ciclo de cortes. No Reino Unido, conforme
amplamente esperado, houve redução de 0,25 p.p. na taxa de juros, para 4,25% ao ano. Já na
Ásia, as moedas locais se valorizaram de forma expressiva, com investidores da região
trocando ativos norte-americanos por mercados domésticos, sugerindo o início de uma
mudança estrutural nos fluxos financeiros globais.
Nossos resultados acumulados (de 31 de outubro de 2023 até 7 de maio de 2025)
apresentaram estabilidade na semana. Contudo, os dados estão distorcidos pelo fechamento
da cota simulada até quarta-feira, não refletindo a alta do Ibovespa e a queda nos níveis de
juros observadas nos dois últimos dias. Dessa forma, nossos resultados esperados neste início
de maio continuam ganhando tração, com destaque novamente para os perfis Arrojado e
Agressivo, beneficiados pelo maior apetite ao risco no mercado local.
Para a semana que se inicia em 12 de maio, no Brasil, o mercado entra em compasso de
espera pela ata da reunião do Copom, que será divulgada na terça-feira (13). A expectativa dos
agentes econômicos é que o documento traga maior detalhamento sobre os pontos abordados
no comunicado. No exterior, o foco estará voltado para a divulgação de importantes indicadores
econômicos nos EUA. Já no Reino Unido e na Zona do Euro, a agenda inclui dados de produção
industrial, balança comercial e PIB. Em meio a esse contexto, a volatilidade tende a permanecer
elevada nos mercados ao redor do mundo.
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