Confira o resultado do cenário econômico nacional e internacional de 7 a 13 de abril, além da expectativa para a semana atual, por Roberto "Bob" Carline, estrategista-chefe do Banco Sofisa.
A semana no Brasil contou com a divulgação de indicadores importantes, entre os quais chamaram a atenção o avanço de 0,40% no IBC-Br e a alta de 0,80% do setor de serviços, enquanto os dados fiscais e o IPCA vieram em linha com as expectativas. Contudo, o grande destaque ficou por conta do inevitável contágio no ambiente doméstico gerado pela disputa tarifária global. A intensa volatilidade repercutiu no câmbio, renda fixa e variável, capitaneada especialmente pela escalada nas retaliações entre EUA e China. Seguimos entendendo que o ambiente permanece incerto, exigindo cautela, enquanto os agentes econômicos ajustam expectativas e buscam um novo patamar de acomodação.
No ambiente internacional, a semana foi novamente marcada por volatilidade e incerteza nos mercados globais, à medida que as tarifas de importação americanas passaram a vigorar oficialmente. Em especial, a escalada comercial entre EUA e China ganhou um novo capítulo, com retaliações e provocações crescentes, intensificando as preocupações dos agentes econômicos com um cenário de recessão global. Os reflexos foram intensos nas bolsas de valores e nas curvas de juros ao redor do mundo, com variações intradiárias atingindo níveis raros.
Nossos resultados acumulados (de 31 de outubro de 2023 até 09 de abril de 2025) apresentaram retração nos perfis arrojado e agressivo, enquanto as estratégias conservadora e moderada demonstraram resiliência, mesmo diante da intensa volatilidade. O forte peso de commodities no Ibovespa continua afetando o desempenho dos ativos de risco, especialmente aqueles mais expostos à demanda chinesa. Ainda assim, reiteramos a solidez da estratégia Az Quest Top Long Biased, que atua com foco em distorções de preços e continua sendo menos impactada em momentos de estresse, como o atual.
Para a semana que se inicia em 14 de abril, no Brasil, os destaques de divulgação concentram-se no Boletim Focus e na inflação medida pelo IGP-10. Os agentes econômicos seguem atentos ao possível avanço na reforma do Imposto de Renda, ao passo que o ambiente deve continuar sob influência de fatores externos. No ambiente internacional, as atenções devem permanecer voltadas ao noticiário em relação à guerra tarifária e na decisão de política monetária do Banco Central Europeu, enquanto o resultado dos indicadores econômicos deve, mais uma vez, ficar em segundo plano.
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