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Vamos lá!

Quem está endividado sempre tende a recorrer ao limite da conta-corrente para pagar as contas e comprar o que é necessário no dia a dia. Mas entrar no cheque especial pode não ser uma boa ideia.

Existem casos em que fazer uso desse recurso é positivo, mas é preciso saber exatamente quando vale a pena. Neste post, vamos explicar quais são as vantagens do cheque especial e o que você precisa analisar antes de usar o limite. Vamos lá?

O que é o cheque especial?

É uma modalidade de crédito na qual o banco disponibiliza um valor na sua conta-corrente que pode ser usado a qualquer momento e sem a necessidade de liberação por parte da instituição financeira.

A princípio, qualquer pessoa pode ter acesso ao limite da conta-corrente. Muitas vezes, isso é oferecido pelo próprio banco, mas o usuário também pode requerer o serviço. Os fatores que envolvem a aprovação de acesso ao cheque especial são, entre outros:

  • não ter restrições financeiras;
  • ter uma boa movimentação bancária ou comprovar renda;
  • ter um bom histórico bancário.

O valor a ser oferecido como limite varia de acordo com a sua conta e suas características financeiras. Para saber isso, você pode consultar o seu extrato ou entrar em contato com um atendente do banco.

A vantagem desse recurso é poder usá-lo a qualquer momento e, no caso de uma compra ou do pagamento de uma conta, a transação é autorizada mesmo que o dinheiro total não esteja disponível como saldo positivo.

Mas também há problemas, como veremos a seguir. 

Vale a pena entrar no cheque especial?

O cheque especial é utilizado sempre que, depois de contratado, não tiver mais valor disponível na sua conta-corrente. O saldo fica, portanto, negativo. 

Por exemplo: digamos que você tem na sua conta R$ 91,00 e faz uma compra de R$ 100,00. Seu limite é de R$ 150,00. A sua conta, nesse caso, fica negativa em R$ 9,00, porque faltou esse dinheiro no seu saldo para que a compra fosse efetivada. Ao mesmo tempo, seu limite disponível passa a ser de R$ 141,00, porque R$ 9,00 já foram utilizados.

Isso ocorre para diversos tipos de transações, como compras em estabelecimentos comerciais, pagamento de contas, saque, cobertura do pagamento de um cheque, entre outras.

Tudo parece ótimo, mas agora é preciso entrar nos motivos que fazem o cheque especial ser um perigo à sua saúde financeira. No momento em que você começa a utilizá-lo, passam a incidir os juros cobrados pelo banco mais o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Os juros cobrados variam conforme a instituição financeira, mas em média ficam na faixa de 15% ao mês. Ou seja, em 1 mês usando R$ 100,00 do cheque especial, você vai pagar R$ 15,00 de juros.

A esse valor, é acrescido o próprio valor contratado (nesse caso, R$ 100,00) e o percentual do IOF, que é determinado pelo governo federal, mas fica na faixa de 0,38%. O IOF nesse caso fica em R$ 0,38. Da dívida inicial, portanto, serão pagos R$ 115,38 para quitar a dívida com o acréscimo de 0,0082% por dia sobre o saldo devedor.
 
Além disso, existem duas modalidades de cheque especial — e uma é mais cara que a outra. Veja:

Cheque especial autorizado

É contratado por você, e um valor máximo de endividamento é definido previamente com o banco. É o exemplo que mostramos anteriormente (do limite de R$ 150,00), e você não pode gastar mais do que isso. Se tentar, a transação não é autorizada.

Cheque especial não autorizado

Ocorre em situações em que você gasta além do permitido, mas não concordou com isso previamente. Ou seja, o banco aceitou um cheque especial e sua conta ficou negativa por ter ultrapassado o limite máximo. Essa modalidade é ainda mais cara porque os juros são mais altos.

Em alguns bancos, esse crédito é chamado de adiantamento de depositante, e pode ser cobrada uma taxa fixa, já que o valor total da conta foi ultrapassado.

Por essas características, o uso do cheque especial nem sempre é interessante. O que geralmente acontece é que, no mês seguinte, a pessoa não consegue cobrir totalmente a dívida e acaba voltando a entrar no limite, o que se torna um círculo vicioso ruim para as finanças.

É importante ressaltar que a data de pagamento do cheque especial depende do banco e está especificada no seu extrato. Se o saldo em conta-corrente não cobrir o valor no dia do pagamento, o banco ainda insere uma taxa de 2% sobre o montante total.

É por isso que só vale a pena usar o cheque especial em situações de emergência e nas quais não se tem tempo para avaliar uma segunda opção mais barata, como a contratação de um empréstimo.

O que considerar na hora de usar o limite?

Como dissemos, o cheque especial só vale a pena em situações de imprevisto. Por exemplo: o pagamento de uma conta inesperada, cujos juros sejam mais altos que o do limite; uma doença repentina, que requer cuidados médicos, entre outras.

Veja, então, o que você deve considerar antes de usar o cheque especial:

Avalie seu orçamento

O ideal é sempre gastar apenas o que se ganha. Se você está precisando de dinheiro, deve conferir no seu orçamento o que está ocasionando isso. Verifique gastos que podem ser reduzidos e monte uma estratégia para evitar usar o limite.

Substitua a dívida

Se você contratou o cheque especial e está há meses utilizando o recurso, substitua a dívida. Tente renegociar diretamente com o banco e pesquise taxas de juros mais baixas. Assim, você paga menos e se livra do endividamento antes do tempo.

Cancele, se necessário

O cheque especial é um extra na sua conta. Mas você não precisa tê-lo contratado. Se não tiver controle, vá até a agência e cancele. Quando precisar de dinheiro rápido, tente encontrar empréstimos que ofereçam juros menores. 

Em resumo, o limite na conta-corrente é uma facilidade no caso de imprevistos, mas pode se tornar um vilão para a saúde financeira. Existem outras opções no mercado que oferecem juros menores e condições melhores de pagamento.

Agora você já sabe que nem sempre vale a pena entrar no cheque especial. Para evitar isso, leia o post que traz 7 dicas para a organização financeira de casa. Há ideias bem interessantes para ajudá-lo a economizar!

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