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Vamos lá!

Em dezembro de 2016, o Governo Federal anunciou uma nova condição para o saque das contas inativas do FGTS. A medida visa injetar na economia cerca de R$ 34 bilhões e ajudar trabalhadores a quitar dívidas e retomar parte do consumo, ajudando a reerguer o Brasil economicamente.

Porém, geralmente o FGTS é sacado em outras situações e, nesse caso, pode fazer a diferença no orçamento de qualquer família. Por isso, deve ser utilizado com cautela e na hora certa.

Pensando nisso, separamos algumas dicas e opções de como usar o dinheiro das contas inativas. Quer saber mais? Continue a leitura do artigo!

O que é o FGTS?

Resumindo, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é um benefício que todo trabalhador brasileiro tem, desde que possua contrato de trabalho formal e que se enquadre nas leis reguladas pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Todo mês devem ser depositados 8% do valor total do salário do empregado em uma conta na Caixa Econômica. A quantia final é do funcionário e pode ser usada em algumas situações que serão citadas abaixo.

Serve, basicamente, para garantir os direitos trabalhistas e evitar situações em que o trabalhador fique sem alternativas e passe por dificuldades, como em casos de demissão sem justa causa.

O trabalhador pode ter várias contas em seu nome, cada uma vinculada a um contrato de serviço. O saldo em cada conta rende anualmente 3% acrescido da TR (Taxa Referencial).

Quando o FGTS pode ser usado?

De acordo com o site oficial do FGTS, são 16 situações em que o saldo pode ser resgatado, entre elas:

  • demissão sem justa causa;
  • término do contrato por tempo determinado;
  • rescisão do contrato por encerramento das atividades do empregador;
  • aposentadoria;
  • para compra da casa própria;
  • casos de necessidade urgente e grave;
  • suspensão do trabalho avulso;
  • falecimento do trabalhador;
  • quando o trabalhador está há mais de três anos fora do regime do FGTS;
  • quando o titular completar ou tiver mais que 70 anos.

Outros casos e mais detalhes podem ser consultados no site do FGTS.

Nova medida anunciada pelo Governo

No final de 2016, o Governo anunciou que poderá ser sacado pelos trabalhadores todo o saldo disponível nas contas inativas datadas até 31 de dezembro de 2015. Segundo o Governo, os trabalhadores que terão acesso às contas inativas somam mais de 10,1 milhões de pessoas.

O impacto positivo previsto na economia é baixo. Entretanto, para as famílias será uma boa ajuda, se o dinheiro for usado da maneira correta. Não há restrição para o valor do saque nem indicação de aplicação para o dinheiro.

O calendário propõe que o recurso das contas seja solicitado do dia 10 de março até o dia 14 de julho de 2017, e o saque é por ordem do mês de aniversário dos trabalhadores.

6 formas de usar o saldo das contas inativas

1. Monte uma reserva

A ideia de ter dinheiro em conta faz com que muitas pessoas gastem mais do que podem e desperdicem a oportunidade de ter mais tranquilidade e estabilidade financeira. Caso você não tenha dívidas, é interessante que parte do dinheiro seja guardada para eventuais dificuldades, como desemprego e despesas inesperadas.

Uma das opções é deixar o dinheiro aplicado em operações com liquidez alta, que permitem saques diários e facilitam qualquer operação de emergência. O ideal é que o fundo cubra no mínimo três meses de despesas mensais.

2. Quite dívidas

Essa é a aposta do Governo. É esperado que as pessoas quitem suas dívidas — rotativo do cartão de crédito, cheque especial e financiamentos, por exemplo. Essa é uma excelente opção, que evita maior endividamento e limpa o nome do trabalhador, considerando principalmente empréstimos com juros muito altos.

Comece mapeando qual é a real situação, avalie como você pode resolvê-la — quais gastos você pode reduzir, o que você tem que pode ser vendido, por exemplo —, tente negociar se a dívida for muito alta, e quite de uma vez.

3. Procure um investimento

Em tempos difíceis, os investimentos se tornam muito atrativos para quem tem dinheiro em mãos. Nesse cenário, cada vez mais brasileiros buscam aplicações financeiras para conseguir uma renda extra e aproveitar reservas.

Existem muitos investimentos no mercado, para todos os tipos de perfil. O interessante é que o dinheiro seja resgatado e aplicado, mesmo que seja em modalidades como a Poupança, que apesar de renderem muito pouco em relação à inflação, rendem mais que o fundo do FGTS — em 2016, o rendimento da Poupança foi de 8,3% contra a inflação de 6,29% e o rendimento do FGTS de 3% mais TR.

Entretanto, é melhor buscar investimentos mais vantajosos, como os CDBs, que são seguros e têm boa rentabilidade, ou Renda Fixa, como LCA e LCI, modalidades isentas do Imposto de Renda, também seguras e muito rentáveis. O importante é procurar uma instituição financeira de confiança, que apresente as melhores opções de investimento seguindo o seu perfil e que ofereça suporte para qualquer situação.

4. Invista em você

O dinheiro extra pode significar uma chance de você aperfeiçoar a sua carreira, gerando outras oportunidades e crescimento profissional. Você pode investir em cursos de especialização e atualização, treinamentos, cursos de idiomas, entre outros.

5. Compre um imóvel

Uma das 16 situações em que o trabalhador pode resgatar o FGTS normalmente é na aquisição de casa própria. O saldo pode ser usado para comprar ou construir parcial ou totalmente um imóvel próprio, para quitar as prestações de um contrato de financiamento no Sistema Financeiro de Habitação e pagar até 80% do valor das prestações no SFH.

No caso das contas inativas, o valor estará todo a sua disposição, portanto, você pode utilizá-lo com esse propósito a fim de ampliar a possibilidade de compra.

6. Complemento da aposentadoria

Pensar no momento da aposentadoria também é muito importante. O saldo do FGTS fica disponível integralmente para o aposentado e pode servir como complemento de renda por um bom tempo, mas deve ser utilizado com cautela e organização, além de poder ser aplicado.

O saldo das contas inativas foi liberado em uma época de dificuldades financeiras e pode trazer um alívio para as famílias brasileiras, mas deve ser utilizado com muita sabedoria. Gostou do conteúdo? Aproveite e leia também sobre a importância de economizar em família.

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